sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O grito da juventude

Dia 7 de setembro é o dia da independência. Durante a década de 90 os movimentos sociais, quando estava no auge a ideologia do Estado mínimo que aumentava a dependência externa dos países à grande potência yankee, decidiram que era preciso um novo grito de independência, por um Brasil soberano e justo. Assim surgiu o Grito dos Excluídos, uma mobilização do conjunto dos movimentos sociais.

O Grito dos Excluídos, em sua 15ª edição, traz para as ruas a indignação dos trabalhadores contra a crise econômica e as demissões, por emprego e melhores salários, pela manutenção dos direitos e pela sua ampliação, contra a corrupção e a impunidade, e denuncia a criminalização dos movimentos sociais.

Pela tradição da União da Juventude Socialista (UJS) em participar das mobilizações populares no país, o presidente da entidade, Marcelo Brito “Gavião”, orienta que “é tarefa dos militantes da UJS participarem das mobilizações do Grito dos Excluídos” nos estados. Gavião completa, dizendo que a juventude é a maior atingida pelas mazelas do capitalismo, especialmente neste momento de crise, e convoca o conjunto dos militantes da UJS a saírem às ruas no dia da independência.

Em 2009, a atividade tem como lema “Vida em primeiro lugar: a força da transformação está na organização popular”. Assim, estudantes e trabalhadores e trabalhadoras de todo o país pretendem anunciar, em di­ferentes manifestações populares, os sinais de esperança, através da unidade, da organização e da luta popular, e denunciar todas as formas de injustiça que, em nosso país, causam a des­truição e a precarização da vida do povo e a destruição ambiental em todo o planeta.

O que é o Grito
O Grito dos Excluídos é uma grande manifestação popular para denunciar todas as situações de exclusão e assinalar as possíveis saídas e alternativas. que no dia sete de setembro (no Brasil) e no dia 12 de outubro em toda a América, há 11 anos, mobiliza milhões de pessoas sob o lema “Por Trabajo, Justicia y Vida”.

Antes de tudo, é uma dor secular e sufocada que se levanta do chão. Dor que se transforma em protesto, cria asas e se lança no ar. De ponta a ponta do país ou do continente, o povo solta ao vento o seu clamor, longamente silencioso e silenciado. É um grito que ganha os ares, entra pelas portas e janelas, toma os espaços. Tem como objetivo unificar todos os gritos presos em milhões de gargantas, desinstalar os acomodados, ferir os ouvidos dos responsáveis pela exclusão e conclamar todos à organização e à luta. É o grito dos empobrecidos, dos indefesos, dos pequenos, dos sem vez e sem voz, dos enfraquecidos - numa palavra, o grito dos excluídos. Quer ser uma instância articuladora, animadora e interpeladora dos movimentos sociais; um espaço facilitador das diversas lutas e demandas sociais.


Por Luana Bonone, com Centrac (Centro de Ação Cultural) e MST, para a página da UJS


A Estrada vai além do que se vê!

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