segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Líder histórica do MST ingressa no PCdoB

Diolinda com a filha Sofia e um quadro do companheiro José Rainha

Um grupo de trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Teodoro Sampaio, interior de São Paulo, liderado por Diolinda Alves de Souza, decidiu filiar-se ao PCdoB. O partido “sempre mereceu nosso carinho e nosso respeito”, declarou. Segundo Sérgio Panteão, que integra a Comissão Provisória do PCdoB na região, a decisão se deu com o objetivo de fortalecer a luta dos trabalhadores. “Estamos mais afinados com as posições do PCdoB quanto ao papel do governo Lula e sua relação com o nosso movimento”, disse.

Panteão, responsável pela organização de 15 assentamentos na região do Pontal do Paranapanema esteve nesta sexta-feira (25) na sede do Comitê Estadual do PCdoB para protocolar a ficha de filiação dos membros da comissão provisória, que será presidida por Diolinda Alves de Souza. O núcleo da comissão também será integrado por Carlos Roberto da Silva.

Diolinda, líder histórica do MST, afirmou ao Vermelho, por telefone, que espera, assim, contribuir para o processo de organização política dos trabalhadores de toda a região e não apenas de Teodoro Sampaio. O PCdoB, disse, “sempre mereceu nosso carinho e nosso respeito. É um partido que sempre esteve próximo de nossas lutas, que tem uma história semelhante à nossa”.

O lançamento da Comissão em Teodoro deverá ser no dia 17 de outubro, com a participação do ministro Orlando Silva além do outros dirigentes do PCdoB e personalidades.

Diolinda Alves de Souza, nascida em Nanuque, Minhas Gerais, é filha de bóias frias e foi criada no norte do Espírito Santo, onde conheceu José Rainha, que veio a ser seu companheiro em 1993.

Já em São Paulo, na região do Pontal, uniu-se ao MST e transformou-se numa de suas principais lideranças na região. Esteve presa três vezes (1995, 1997 e 2003) sob acusação de formação de bando e de quadrilha, por ser dirigente do Movimento. Da última vez ficou detida 48 dias, provocando grande comoção em todo o movimento social, que se mobilizou em seu apoio e exigindo a soltura de todos os dirigentes do MST.


De São Paulo,Olívia Rangel para o Portal Vermelho


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