quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A culpa é de quem?

Continua a polêmica sobre o desmatamento na Amazônia. Desde a semana passada, quando foram divulgados os dados preliminares do DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que apontam a possibilidade de 7.000 km2 desmatados nos últimos cinco meses de 2007, governos, ambientalistas, pecuaristas e intelectuais têm se manifestado sobre o tema.
Segundo o Presidente Lula, estão fazendo tempestade num copo d’água. Não estaríamos passando por um novo surto de desmatamento, e a culpa não é do agronegócio, nem dos trabalhadores rurais sem-terra assentados. O Presidente ainda desafiou as Organizações Não-Governamentais que culpam o agronegócio, afirmando que tem dados que provam que a agropecuária em nosso país não necessita de mais desmatamento para produzir.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou ontem em visita ao Mato Grosso, para conferir in loco o estado considerado campeão de desmatamento, “não estou aqui para dizer que o culpado é beltrano ou fulano, mas vejam depois quem será multado por essas atividades”. Na Comissão Interministerial que sobrevoou a região do município de Marcelândia, considerado o que sofreu maior impacto no ano passado, estavam presentes, além da ministra Marina, os chefes das pastas do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel e da Justiça, Tarso Genro, o ministro interino da Defesa, Enzo Martins, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Silas Ribeiro e o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, além de autoridades do Inpe, Ibama, Casa Civil, Polícia Federal e Incra.
O Governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), um dos maiores produtores de soja do país, não concorda com os números divulgados e já solicitou à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, a retratação e revisão dos índices, que atribuem ao Estado a responsabilidade por 53,7% do desmatamento na Amazônia.
No artigo “There is a way to save the rainforests” (Há um caminho para salvar as florestas tropicais), publicado hoje no jornal britânico
The Independent, o colunista Johann Hari apresenta algumas saídas para frear a destruição da Amazônia. Afirmando que a culpa é dos Estados Unidos e da União Européia, por consumir produtos provenientes de áreas desmatadas, Hari propõe que seja criado uma espécie de “Plano Marshall” para a Amazônia. Os países desenvolvidos devem financiar a preservação e conservação das florestas nos países em desenvolvimento, propondo inclusive que o governo britânico deixe de repassar fundos para o Banco Mundial até que a instituição transforme radicalmente sua política ambiental.
Na verdade, todo mundo quer “tirar o seu da reta” e arranjar outro culpado. Independente de ser um “nódulo” ou um “câncer maligno”, a questão da destruição da floresta amazônica deve ser encarada com responsabilidade pelo conjunto da sociedade. Medidas duras devem ser tomadas pelos governos, produtores rurais, empresários e terceiro setor, para que a lógica do lucro a qualquer custo não coloque em risco o meio ambiente.
Como afirma Aldo Arantes, em
artigo publicado neste blog, “Desenvolvimento sim, mas com a garantia dos interesses nacionais e a preservação ambiental”.

A Estrada vai além do que se vê!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Governo divulga medidas para conter desmatamento na Amazônia

O Ministério do Meio Ambiente divulgou na semana passada a lista dos 36 municípios que mais desmataram a floresta amazônica em 2007, segundo dados do sistema DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). 52,7% dessas cidades ficam no estado do Mato Grosso.
Após reunião com ministros já divulgada neste blog, o presidente Lula apresentou algumas medidas para coibir a devastação deste bioma. Desde já, fica proibida qualquer nova autorização de desmatamento nessas localidades, seja por agente público federal ou estadual. Os donos de propriedades rurais dessas localidades estarão obrigados a fazer um cadastramento georeferenciado (promovido pelo INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a demonstrar que possuem a reserva legal e a área de preservação permanente. A Instrução Normativa que estabelecerá as regras para este recadastramento será publicada até o dia 15 de fevereiro, segundo afirmou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
Além disso, todos os desmatamentos que forem autuados pelo Ibama a partir de janeiro deste ano serão automaticamente embargados. Essas áreas serão georeferenciadas e monitoradas permanentemente. Caso seja identificado que o proprietário descumpriu o embargo, isto é, produziu na área embargada, o nome da propriedade será incluída em uma lista a ser publicada no Diário Oficial. Empresários que comprarem produtos destes estabelecimentos serão co-responzabilizados pelo desmatamento e também serão penalizados.
Na reunião emergencial com alguns ministros, o presidente Lula definiu outras providências que o governo irá adotar de imediato. Entre elas uma visita às regiões mais problemáticas e o envio de cerca de 800 agentes da Polícia Federal para ações móveis no bioma, a partir do próximo dia 21 de fevereiro. Além disso, o efetivo permanente já existente nos postos regionais será acrescido em 25%.Outras medidas incluem a criação de unidades de conservação ao longo da BR-139 (que liga Porto Velho a Manaus), o bloqueio de financiamentos concedidos pelos bancos oficiais para atividades que geram desmatamento e o monitoramento mensal com aeronaves de áreas embargadas em municípios críticos.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, “é entendimento do governo que é necessário aumentar a fiscalização, inibir cadastros rurais e inviabilizar o acesso ao crédito daqueles que não estiverem respeitando a floresta".
O presidente também declarou que irá reunir-se com governadores e prefeitos desses 36 municípios para discutir formas de ampliar o combate aos crimes ambientais.


Com informações de http://www.mma.gov.br/ e http://www.incra.gov.br/


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terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Etanol - solução ou problema?

Na semana passada o ex-Presidente da UNE (1961-1962) e ex- Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás, Aldo Arantes publicou um artigo abordando uma das maiores discussões do momento: a matriz energética. Hoje transcrevemos na íntegra o artigo, originalmente publicado no Portal Vermelho:

O aquecimento global e os elevados preços do petróleo colocaram na ordem do dia a implementação de políticas visando a alteração da matriz energética, deixando de utilizar as fontes energéticas de materiais fósseis para usar fontes de energia renovável, energia limpa em particular a energia provinda da biomassa, o etanol e o biodiesel.

Por Aldo Arantes*

Somente os Estados Unidos pretendem reduzir o consumo de combustíveis fósseis em 20% até 2017. Isto significa que neste ano poderá haver, por parte deste país, uma demanda de etanol de 132 bilhões de litros por ano, mais de três vezes a atual produção mundial de etanol.

O Brasil destaca-se no cenário mundial como um país onde 45% de sua matriz energética é constituída de energia limpa. Os países ricos consomem apenas 6% de energia limpa, utilizando em larga escala o petróleo, gás e carvão, fontes energéticas altamente poluidoras.

Nosso país enfrenta a questão da mudança da matriz energética com uma enorme vantagem comparativa. Tem muita terra disponível para a produção agrícola, muita água e muito sol. Tem um acúmulo no terreno da produção e do desenvolvimento científico em relação à produção do álcool combustível. Coloca-se, portanto, em condições de se tornar uma potência mundial na produção do etanol. Não podemos perder esta oportunidade.

Todavia, como tudo na vida, esta questão traz à tona aspectos positivos e negativos. Torna-se necessário aproveitar os aspectos positivos e tomar medidas enérgicas contra os aspectos negativos que esta solução acarreta, particularmente em relação ao etanol.

Dentre os aspectos positivos pode-se destacar o papel que a ampliação da produção de etanol terá no crescimento da riqueza nacional, com a ampliação do Produto Interno Bruto. Um país como o nosso necessita crescer de forma mais acelerada para resolver seus problemas sociais. O Projeto Nacional de Desenvolvimento do governo Lula, visando acelerar o ritmo do crescimento da economia nacional, terá na produção de etanol um fator importante na concretização deste objetivo. Daí as declarações reiteradas do Presidente e de autoridades do governo sobre a importância do assunto.

Com o interesse que inúmeros países têm manifestado em relação ao etanol ele será uma importante fonte para o aumento de nossas exportações, elevando o nosso superávit comercial.

Por outro lado a produção de etanol contribuirá com a preservação do meio ambiente ao combater o efeito estufa que tem provocado o aquecimento global, substituindo a energia não renovável e poluidora por uma energia renovável e limpa.

O crescimento deste setor da economia será também um importante fator na geração de novos empregos em nosso país.

A crítica ao etanol feita de forma geral não leva em conta as diferenças entre o etanol da cana-de-açúcar e o do milho. Em primeiro lugar há que destacar que o milho é um componente importante da alimentação humana e animal, diferentemente da cana-de-açúcar. Por outro lado, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento o etanol de cana-de-açúcar, produzido pelo Brasil, emite até 70% menos gases de efeito estufa que os combustíveis fósseis. Já o etanol produzido a partir do milho reduz as emissões em apenas 13%. A mesma fonte indica que o etanol da cana-de-açúcar pode ser produzido pela metade do custo unitário do etanol de milho produzido pelos Estados Unidos. Em função deste conjunto de fatores favoráveis ao etanol de cana-de-açúcar os Estados Unidos e a União Européia impuseram uma taxa de importação do produto brasileiro como forma de limitar o seu mercado consumidor.

Dentre os aspectos negativos destacam-se a possibilidade de que o etanol desloque a produção de alimentos e agrida o meio ambiente, agravando os problemas da fome e da degradação ambiental.

A resposta a esta questão está em saber se o Brasil tem terra suficiente para a produção de etanol sem prejudicar a produção de alimentos e o meio ambiente.

O Brasil tem 300 milhões de hectares de áreas agricultáveis. Desse total 220 milhões são destinados à pecuária (73%), sendo grande parte de pecuária extensiva. A produção de soja, milho, cana e todas as culturas alimentares ocupam 60 milhões de hectares. Segundo o INCRA 157 milhões de hectares de terras (52% da área agricultável) são consideradas improdutivas ou de baixa produtividade.

Segundo a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com a produção do etanol se elevando para 30 bilhões de litros (a última safra foi de 17 bilhões) a área adicional a ser incorporada ao processo produtivo será de 3 milhões de hectares. Há, portanto, disponibilidade de terras para o plantio da cana para produção do etanol.

O problema que se coloca é que a lógica do sistema capitalista determina que um ramo mais lucrativo da atividade econômica tende a assumir o lugar de outro com menor lucratividade. Neste sentido há o risco efetivo de que, em certas regiões, a cana possa substituir a produção de alimentos. Por isto mesmo, um governo democrático tem que agir no sentido de controlar a lógica do sistema capitalista intervindo no sentido de assegurar um desenvolvimento mais equilibrado, em função do interesse social e da preservação ambiental. Para isto torna-se essencial a realização de um zoneamento ecológico-econômico que delimite as áreas de plantio de produtos alimentícios, de cana e as áreas de preservação ambiental. Se as autoridades permitirem que predomine a lógica do mercado, cujo objetivo é o lucro máximo, o risco para a produção de alimentos e o meio ambiente é real.

Outra questão negativa diz respeito às condições dos trabalhadores nos canaviais, fato que já ocorre e que as autoridades deverão tomar medidas firmes para coibir os abusos praticados na produção da cana-de-açúcar.

Problema a ser levado em consideração e que exige medidas governamentais é o avanço de empresas estrangeiras na compra de terras no país visando a produção de etanol. Com este objetivo, inúmeros grupos multinacionais estão comprando usinas e grandes extensões de terras. O magainvestitor George Soros tornou-se sócio da Adecoagro que comprou a Usina de Monte Alegre, em Minas Gerais e está construindo uma nova usina no Mato Grosso do Sul. A empresa Infinity Bio-Energy já é dona de quatro usinas no Brasil. A Cargill adquiriu o controle da Cevasa no interior de São Paulo.O grupo Pacific Ethanol que tem como sócio Bill Gates, dono da Microsoft, contratou a consultoria KPMG para coordenar sua expansão no Brasil. O grupo francês Louis Dreyfus controla a usina Luciânia em Minas Gerais, além da Crisciumal em São Carlos, no interior paulista.

O australiano Robert Newel comprou 11.350 hectares de terras no município de Rosário, na Bahia. O multimilionário fundo de pensão da Califórnia, Calpers, é proprietário de 23 mil hectares de terras no Paraná e Santa Catarina. Inúmeros outros exemplos poderiam ser citados. O fato é que poderosos grupos multinacionais estão comprando terras e usinas visando a produção do etanol da cana-de-açúcar. Torna-se indispensável uma medida enérgica do governo brasileiro no sentido de cercear esta verdadeira invasão estrangeira em terras brasileiras. Na Assembléia Nacional Constituinte discutiu-se muito a necessidade de se estabelecer um limite para a aquisição de terras por estrangeiros no país.

O Brasil não pode perder esta oportunidade de se tornar um grande fornecedor de energia renovável para inúmeros países do mundo. Por outro lado não podemos aceitar um desenvolvimento a qualquer preço. Para aproveitarmos esta oportunidade em função dos interesses do País e do nosso povo torna-se necessário que sejam tomadas medidas visando combater os efeitos negativos já citados que a produção do etanol, em larga escala, pode causar. Para isto torna-se importante que os movimentos sociais se unam visando pressionar o governo federal para adotar as medidas necessárias a um desenvolvimento efetivamente sustentável.

Em alguns anos a disputa pela produção do etanol estará colocada em novo patamar com a produção do etanol celulósico, elaborado com o bagaço da cana, a palha do milho e partes de plantas como folhas e caules. Neste sentido o Brasil necessita investir na pesquisa tecnológica para não perder sua vantagem comparativa na produção do etanol.

Desenvolvimento sim, mas com a garantia dos interesses nacionais e a preservação ambiental.


*Secretário do Meio Ambiente do PCdoB e do Instituto Maurício Grabois

A Estrada vai além do que se vê!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

A Favor do Tempo

Sérgio Seddi, Jason Veronez e Gustavo Voz


Hoje é aniversário de um grande amigo meu de infância: Jalyson Júnior, hoje conhecido como Jason Veronez, baterista goiano, são-paulino (imperfeições dos amigos são aturadas) e fanático pelo KISS. Em sua homenagem, hoje postamos a letra de um sucesso de sua banda, o LIGA JOE. Parabéns Cabeça!!!

Contra o Tempo (Jason Veronez e Sérgio Seddi - meus melhores amigos de infância)

Eu sempre trilhei meu caminho
Fui dono do meu destino
Agora vem você dizer o que fazer



Eu sempre corri meus riscos
Ninguém tem nada com isso
Agora vem você dizer o que fazer



Pra jogar
Na vida sempre joguei
E assumir as vezes que errei
Sem medo de me machucar



Hum... Tentei
Achar uma razão pra mim
Pode crê fui até o fim
Mais nada consegui encontrar



Vou mudar o mundo inteiro
Vou fazer tudo primeiro
Vou correndo contra o tempo

Pra conferir mais Liga Joe e conhecer o som da banda: http://www.ligajoe.com.br/


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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Meu coração é Vermelho

Desde o surgimento do Portal Vermelho, este se tornou uma grande referência para aqueles que lutam por um Brasil mais justo, como o próprio lema do Vermelho diz: “O Portal da esquerda bem informada”. E informação é o que não falta, política nacional e internacional, economia, movimentos sociais, democratização da mídia e cultura são alguns dos temas abordados e constantemente atualizados no Portal.
Altamiro Borges, Gílson Reis, José Reinaldo de Carvalho, Elias Jabbour, Luciano Rezende, Ronaldo Carmona, entre outros, são colunistas que abrilhantam ainda mais esse excelente espaço virtual para o debate de idéias.
O Vermelho tem figurado sempre entre os dez melhores sites de Política do prêmio iBest (considerado o Oscar da internet) , alcançando o primeiro lugar deste mesmo prêmio em 2004. E agora começa mais uma disputa pelo mais cobiçado prêmio da internet brasileira, e o Vermelho está disputando mais uma vez na categoria “Política”. Pra quem já conhece não preciso nem falar, pra quem ainda não conhece vale a pena visitar e dar uma força votando no mais combativo Portal da Internet Brasileira.

Como votar
Para votar no iBest, o internauta precisa antes se cadastrar. Após fazer o cadastro, o iBest enviará para o e-mail da pessoa uma mensagem de confirmação do cadastro e, ao confirmar, o internauta então receberá uma nova mensagem com a senha que o habilita para a votação.
A Votação Popular escolherá, no período de 03/01/2008 a 09/05/2008, em fase única, os melhores sites dentre cada CATEGORIA. Cada internauta poderá votar em quantos sites quiser dentro da categoria, porém apenas uma única vez em cada candidato.
Além de votar, é importante que a moçada utilize o e-mail, os sites de relacionamento e os meios que puderem para pedir aos conhecidos que também votem no Vermelho.

Mais informações em: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=31537

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Até quando?


Dados preliminares do DETER (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apresentados ontem pela Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, demonstram que nos últimos cinco meses do ano passado foram desmatados 3.235 quilômetros quadrados na Amazônia.
Os dados apresentados têm como base o sistema DETER que, para ser mais rápido, registra apenas parte do que é desmatado. Levando em conta os dados históricos, estima-se que a área cortada possa chegar a 7.000 km2 entre agosto e dezembro de 2007.
A Ministra Marina Silva participou hoje de manhã de uma reunião com o Presidente Lula, onde seriam discutidas medidas para frear a ação predatória que continua ocorrendo em nossa floresta. "Mas o governo não quer pagar para ver. Vamos fazer frente ao processo, tomar a dianteira e mostrar que é possível a governança mesmo em anos atípicos", afirmou Marina.
Entre as medidas propostas está o aumento da fiscalização nessa região, principalmente nos estados campeões de desmatamento neste último período: Mato Grosso, Pará e Rondônia.
O avanço do capital continua gerando sérios riscos para nossos biomas, e aqui no Cerrado a situação não é diferente. É preciso que pautemos a responsabilidade socioambiental na III Conferência Nacional de Meio Ambiente, que ocorrerá em Brasília de 8 a 11 de maio deste ano, com o tema Mudanças Climáticas. Maiores informações na página: http://www.mma.gov.br/cnma/conferencia
Estaremos lá para conferir.
A Estrada vai além do que se vê!

A bola está rolando...



Agora sim, tenho meu espaço na blogosfera!!!
Mais uma ferramenta pra interagir com a moçada!!!
Pra começar, um cadin de Clube da Esquina procês...

Clube da Esquina II

( Milton Nascimento- Lô Borges - Marcio Borges)

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem se lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, asso, asso
Asso, asso, asso, asso, asso, asso
Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos
Calmos, calmos, calmos...
E lá se vai mais um dia...

E basta contar compasso
E basta contar consigo
Que a chama não tem pavio
De tudo se faz canção
E o coração na curva
De um rio, rio, rio, rio, rio
E lá se vai...
Mais um dia...

E o rio de asfalto e gente
Entorna pelas ladeiras
Entope o meio-fio
Esquina mais de um milhão
Quero ver então a gente, gente
Gente, gente, gente, gente, gente
E lá se vai...


A música tema do blog inaugura este espaço para discussão de temas relacionados a juventude, meio ambiente, educação, esporte, cultura e o que mais der na telha da moçada.

A Estrada vai além do que se vê!