segunda-feira, 30 de março de 2009

O povo brasileiro

Clique na imagem para ampliar


Essa foi surrupiada do Urublog do grande Arthur Muhlenberg. Genial!



A Estrada vai além do que se vê!

A origem da dança


Recebi esse texto do amigo americano (torcedor do América de BH), Odilon Guimarães e publico para deguste dos leitores do blog. Não sabemos se a história e verídica, mas é bem legal.


Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.

Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.

Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.

O que fazer agora?

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor.

No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.

Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.

Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente.

Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.

Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE' .

Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar.

E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.


(História contada no Museu do Homem do Nordeste ).


A Estrada vai além do que se vê!

Raposa do Sol


Por José Saramago


Lá de longe em longe o dia amanhece diferente. Que o digam os índios da reserva indígena da Raposa do Sol no Estado de Roraima, ao norte do Brasil, a quem o Supremo Tribunal Federal acaba de reconhecer e confirmar definitivamente o seu direito à plena posse e ao uso pleno dos mil quilómetros quadrados de superfície da reserva. A sentença não deixa qualquer margem a dúvidas: os não índios devem sair imediatamente da Raposa do Sol, assim como as empresas arrozeiras que durante anos invadiram o território e nele se instalaram abusivamente. Já em 2005 o presidente Lula havia decidido a entrega da reserva aos indígenas e a saída das empresas arrozeiras, mas as autoridades do Estado de Roraima, favoráveis aos arrozeiros, recorreram ao Supremo Tribunal por considerarem inconstitucional o decreto presidencial. Quatro anos depois o Supremo decide a questão e põe uma definitiva pedra sobre o assunto. Nem tudo, porém, são rosas neste idílico quadro. Afinal, a luta de classes, tão discutida em épocas relativamente recentes e que parecia haver sido condenada ao caixote do lixo da História, existe mesmo. Com esta visão unilateral que temos, nós, os europeus, dos problemas sociais da América Latino, tendemos a ver unanimidades onde elas não existem nem existiram nunca. Na Raposa do Sol, os índios endinheirados, que também lá os há, fizeram causa comum com os não índios e com as empresas arrozeiras. A festa foi dos outros, dos pobres.

Cá para baixo, na Cidade Maravilhosa, a do samba e do carnaval, a situação não está melhor. A ideia, agora, é rodear as favelas com um muro de cimento armado de três metros de altura. Tivemos o muro de Berlim, temos os muros da Palestina, agora os do Rio. Entretanto, o crime organizado campeia por toda a parte, as cumplicidades verticais e horizontais penetram nos aparelhos de Estado e na sociedade em geral. A corrupção parece imbatível. Que fazer?


Surrupiado d' O Caderno de Saramago


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sexta-feira, 27 de março de 2009

Samba, suor e cachaça no fim de semana

Monarco da Portela é uma das atrações deste fim de semana em Montes Claros

Fim de semana no final do mês é osso! Quebradeira geral. Apesar disso vamos às dicas pra quem quer se divertir um bocado.

De hoje até domingão vão rolar os shows da
Conexão Vivo na Praça de Esportes em Montes Claros com entrada franca (obaaaaaa!). Vários shows legais, com destaque para os artistas da região e para as ilustres presenças de Telo Borges, Maurício Tizumba, do pernambucano Otto e do sambista Monarco da Portela, com mais cinqüenta anos de samba. Esse é imperdível, confiram a programação:


Linkado na Conexão Vivo, o Coletivo Plug realiza a Festa Conectado, que já rolou ontem no Empório Canadá e continua hoje no Taberna Roots com show da banda Sofia. O couvert artístico é de apenas R$ 3. A festa conta também com as parcerias do Circuito Fora do Eixo, do Espaço Cubo e do Diretório Central dos Estudantes da Unimontes (DCE Unimontes). Para maiores informações clique na imagem abaixo.
Outra dica legal é a Calourada de Ciências Sociais, que vai rolar amanhã na República Sagarana (Rua Santo Antônio nº 511 – Todos os Santos). A festa conta com o patrocínio do DCE Unimontes, Centro Acadêmico de Ciências Sociais, Departamento de Política e Ciências Sociais, Datamontes e Clube do Açaí. Homens pagam R$ 10 e mulheres, R$ 8, com direito a cerveja, clight e refrigerante à vontade.

Além disso tem a reunião do elenco fixo de Lost numa sucursal da ilha.

Bom fim de semana e aproveitem sem moderação.


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quinta-feira, 26 de março de 2009

Montes Claros receberá encontro sobre Plano Decenal de Educação

O segundo encontro regional do Fórum Técnico Plano Decenal de Educação em Minas Gerais: Desafios da Política Estadual será no próximo dia 31 de março, em Montes Claros, Norte do Estado. O Fórum está sendo realizado pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em parceria com o governo estadual e entidades e movimentos sociais ligados à educação. Os participantes de Montes Claros terão a chance de apresentar sugestões e debater o Projeto de Lei 2.215/08, que estabelece o Plano Decenal de Educação, com objetivos, metas e ações para a política educacional do Estado nos próximos dez anos.

O evento, no Centro Cultural Dr. Hermes de Paula (Praça Dr. João Chaves, 32, Centro), começará às 8 horas, com o credenciamento (não é necessário fazer inscrição prévia). Às 8h30, acontecerá a abertura, que deverá contar com a presença do presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP); do prefeito municipal de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite; do presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, Athos Mameluque Mota; da superintendente regional de Ensino de Montes Claros, Maria Salete de Souza Nether; da representante do Conselho Municipal de Educação de Montes Claros, Geralda Aquino de Oliveira; além de representantes dos professores, dos estudantes e dos pais.

Às 9h30, tem início as palestras e quatro convidados irão falar sobre o Plano Decenal de Educação. São eles: o coordenador do Plano Decenal de Educação e representante da Secretaria de Estado da Educação (SEE), Luís Aureliano Gama de Andrade; a representante da Comissão Organizadora do Plano Decenal de Educação e da SEE, Maria de Lourdes Melo Prais; o reitor da Universidade Estadual de Montes Claros, Paulo César Gonçalves de Almeida; e o presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, Gilson Luis Reis.

Os quatro grupos de trabalho iniciarão as suas atividades às 10h30, discutindo, cada um, temas das 11 áreas do Plano Decenal, assim distribuídos: Grupo 1: "Educação infantil/ensino fundamental/ensino médio"; Grupo 2: "Ensino Superior/Educação Tecnológica e Formação Profissional e Valorização dos Profissionais de Educação"; Grupo 3: "Educação Especial/Educação de Jovens e Adultos/Educação Indígena, Educação do Campo e Quilombola" e Grupo 4: "Financiamento e Gestão/Diálogo entre as Redes de Ensino e sua Interação".

No encontro de Governador Valadares, os participantes, reunidos nos grupos de trabalho, poderão apresentar até dez propostas de modificação para cada um dos onze temas do Plano Decenal de Educação, que serão posteriormente discutidas na etapa final do fórum técnico, que acontece no Plenário da ALMG, em Belo Horizonte, entre os dias 13 e 15 de maio. Também serão eleitos 12 representantes da região para participar da etapa final do fórum técnico.Às 15 horas, será realizada a plenária final, com apresentação do relatório dos grupos de trabalho e eleição dos 12 representantes da região para a etapa final do Fórum.

Entenda o Projeto - O PL 2.215/08 está tramitando na ALMG e será transformado na lei que vai estabelecer a política educacional do Estado para os próximos dez anos. O projeto atende à Lei Federal 10.172, de 2001, que determina aos estados, Distrito Federal e municípios a elaboração de planos decenais de educação, com base no Plano Nacional de Educação. Em Minas, a proposta abrange onze áreas, cada uma delas com objetivos, metas e ações estratégicas definidas.

O Plano Decenal de Educação de Minas Gerais está estruturado nas seguintes áreas: educação infantil; educação fundamental; ensino médio; educação superior; educação de jovens e adultos; educação especial; educação tecnológica e formação profissional; educação indígena, educação do campo e quilombolas; formação e valorização dos profissionais da educação; financiamento e gestão; e diálogos entre as redes de ensino e sua interação.

Uma das metas que se repete em todos os temas é a que visa à melhoria do desempenho dos alunos, a fim de que a universalização da oferta seja acompanhada da qualidade do ensino. A implementação das metas dependerá ainda de disponibilidade orçamentária e financeira. Para a maioria dos níveis de educação, o governo planeja definir, em dois anos, os padrões de atendimento da educação, abrangendo os aspectos relacionados à infra-estrutura física, ao mobiliário e equipamento, aos recursos didáticos, ao número de alunos por turma, à gestão escolar e aos recursos humanos indispensáveis à oferta de uma educação de qualidade.

Outra ação estratégica prevê, também em dois anos, a definição das habilidades e competências a serem adquiridas pelos alunos, bem como as metas a serem alcançadas pelos professores, a cada ano escolar, de modo a garantir o progresso dos alunos. Há também a previsão de um sistema de premiação para os professores em função dos bons resultados.

Fórum técnico - O Fórum Técnico Plano Decenal de Educação em Minas Gerais: Desafios da Política Estadual está sendo realizado pela Assembleia em parceira com o governo estadual e com mais de 20 entidades ligadas à educação, envolvendo governo estadual, a Secretaria de Estado de Educação, gestores municipais, estudantes, professores, pais, conselhos de educação, representantes da educação indígena, quilombola e do campo, entre outros.

A Assembleia, juntamente com o governo estadual e com entidades e movimentos sociais, está ainda realizando encontros em Araçuaí (25/3), Governador Valadares (3/4) e Paracatu (7/4). As entidades e movimentos sociais que apoiam o Parlamento na realização do evento coordenarão encontros também em Divinópolis (15/4), Juiz de Fora (17/4), Varginha (22/4) e Uberlândia (24/4).

Além da possibilidade de participação nos encontros do interior e na etapa final em Belo Horizonte, a população também poderá enviar suas sugestões de modificação do Plano Decenal de Educação pela internet, até o dia 12 de abril, através da Consulta Pública que a ALMG está promovendo. Para participar da Consulta Pública é necessário acessar a página principal da Assembleia na internet (www.almg.gov.br) e clicar no banner Consulta Pública - Plano Decenal de Educação.


Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa - www.almg.gov.br

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quarta-feira, 25 de março de 2009

87 anos de luta em defesa do Brasil


Parabéns ao glorioso Partido Comunista do Brasil pelos seus 87 anos de história.


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A crise e um novo projeto para o Brasil

Este é o tema do debate que reunirá o deputado federal Ciro Gomes (PSB), o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo e o presidente estadual do PT, Reginaldo Lopes. O evento será na quinta-feira, dia 26, às 19 horas, na Assembléia Legislativa e é uma iniciativa dos partidos do Bloco de Esquerda para procurar saídas ao grave momento que passa e economia mundial.

Várias iniciativas têm sido tomadas para fomentar o debate econômico nos últimos dias. Neste final de semana, Renato Rabelo debateu com o economista e presidente do IPEA, Marcio Pochmann o tema em uma atividade organizada em São Paulo pelo Vermelho e a Revista Fórum. Ali, o dirigente comunista se deteve em especial na questão das alternativas diante da crise. ''A crise não é um processo neutro, com saídas técnicas. Os donos do processo procuram transmitir essa ideia. Na realidade, o processo de crise que vivemos provoca uma luta política acirrada, encarniçada'', opinou.

''Quem paga a crise? E quem ganha com a crise? Solução da crise a favor de quem e contra quem? Na lógica do capitalismo, a maioria paga e uma minoria se salva. Isso é reflexo de uma luta de classes, que se expressa no plano mundial e nacional. Isso requer luta, dura e crescente, para que a maioria não pague pela crise'', sublinhou Renato em São Paulo.

Ciro Gomes
O deputado Ciro Gomes também tem percorrido o país debatendo alternativas para enfrentar a crise. No dia 03 de março ele fez uma palestra em seminário realizado pela Liderança do PSB na Câmara, com apoio dos demais partidos que compõem o Bloco de Esquerda - PCdoB, PMN e PRB.

Naquela atividade, Ciro analisou que a crise financeira iniciada nos Estados Unidos se deu por conta da desregulamentação do mercado que começou a transformar dívida em ativo. Um consumidor sem dinheiro queria comprar uma casa e o mercado de olho nesse cliente em potencial começou a emitir hipotecas ruins que passaram, em seguida, a ser negociadas com valores superestimados. ''Segurança 100% e o máximo de rentabilidade é o que busca o investidor especulativo e o que foi obtido com essas hipotecas emitidas'', analisou Ciro na ocasião.

Para Ciro, ''o sistema financeiro americano está quebrado''. A declaração de falência da seguradora AIG e o fato de o governo dos Estados Unidos ser hoje o principal acionista de instituições bancárias são exemplos incontestáveis de que sua economia está em ruínas.

A crise e um novo projeto para o Brasil
Auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais
Rua Rodrigues Caldas, 30
Santo Agostinho
Belo Horizonte
Dia 26 de março (quinta-feira)
19 horas



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Convocado o Congresso da UNE

57º Coneg termina com forte expectativa para o Congresso da UNE

Lideranças estudantis apostam na realização do maior congresso da entidade em julho

O 57º Coneg (Conselho Nacional de Entidades Gerais) terminou suas atividades neste domingo (22). Na plenária final as lideranças estudantis citaram a força dos movimentos e a importância da unidade. Os estudantes aprovaram resoluções e moções que dão inicio a Jornada de Lutas 2009, que acontecerá em o todo País entre os dias 30 de março a 3 de abril, além da preparação para o 51º Congresso da UNE.

Segundo Lúcia Stumpf, presidente da UNE, "essa foi uma gestão vitoriosa e fazer o maior Congresso da UNE, está em nossas mãos. O objetivo é que 2 milhões de estudantes votem em urna para eleger a nova diretoria da UNE". Lúcia ainda citou as diversas ações promovidas por esta gestão ao longo dos dois anos, tal como o resgate da memória dos estudantes de 1968, a recolocação da UNE na vitrine no protagonismo do movimento estudantil, a reconquista da sede histórica da entidade, o sucesso da caravana da UNE, etc.

André Tokarski, diretor de assuntos jurídicos da UNE, também fez questão de frisar as vitórias da entidade, "essa é uma galera vitoriosa, a mesma que aprovou o projeto de reforma universitária no CONEB e vamos sair do Congresso com uma nova UNE, cada vez mais forte e cada vez mais representativa. Precisamos colocar novos estudantes nas salas de aula para dizer que queremos uma universidade nova", ressaltou André.

O presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes) de São Paulo, Augusto Chagas, propôs o desafio de aumentar essa representatividade "O desafio agora é nos próximos meses chamar mais estudantes para construir juntos esta luta".

Confira aqui as moções aprovadas no 57º Coneg. As resoluções serão publicadas em breve no EstudanteNet.



Leiam também:


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terça-feira, 24 de março de 2009

Mesa de Buteco com Daniel Dias

Nas eleições do DCE Unimontes ocorrida em novembro do ano passado, a chapa “DCE com a Nossa Cara – Estudantes em Movimento’ foi eleita com 62 % dos votos. Empossada no último dia 9 de fevereiro, a gestão já começa a mostrar trabalho. Para apresentar as propostas e ideias da nova diretoria, o Mesa de Buteco traz um bate papo com o presidente do DCE Unimontes, Daniel Dias, acadêmico de Ciências Sociais.

Ramon: Qual o plano de trabalho da nova diretoria do DCE?

Daniel: A diretoria do DCE tem uma série de atividades para desenvolver no ano de 2009. É um grande desafio e todos os diretores e acadêmicos comprometidos com o movimento estudantil o abraçam com todo o carinho. De início, estamos planejando a gestão, elaborando o calendário para este ano, arrumando o DCE para ficar com a nossa cara. Internamente estamos organizando o campeonato de futebol, a programação cultural e preparando um grande seminário de educação. Por fim, um grande esforço está sendo feito no sentido dar o pontapé inicial rumo ao projeto do Restaurante Universitário (RU).


Ramon: Quais são as principais reivindicações dos acadêmicos da Unimontes?

Daniel: A Unimontes é muito eclética, tanto em sua oferta de cursos quanto em sua comunidade acadêmica. Isto faz com que várias demandas dos estudantes cheguem até o DCE. Podemos dividir as demandas em estruturais, pedagógicas e curriculares. Entre as estruturais, além do RU, há uma grande procura por alojamento para quem vem de fora. Há também as demandas por laboratórios e um acervo melhor na biblioteca, além das acomodações das salas de aulas, muitas vezes sem o devido conforto que o estudante necessita.

No quesito pedagógico, os acadêmicos reivindicam um maior dinamismo nas aulas, e há reclamações localizadas em relação a alguns professores, principalmente na didática aplicada às aulas.

Em relação às reivindicações curriculares, há uma demanda crescente em relação à flexibilização da grade curricular: os estudantes não querem a grade no sentido de se estar preso a algo, e sim no sentido de organização e possibilidade de vivência entre os vários campos do conhecimento existentes na universidade. Seria interessante, por exemplo, poder cursar uma disciplina de Teatro, mesmo sendo matriculado no curso de Direito. Há, também, certa insegurança, em relação às fusões de curso, como no caso do antigo Normal Superior, transformado em Pedagogia.


Ramon:Algumas pessoas da comunidade acadêmica dizem que o movimento estudantil hoje é menos mobilizado do que antes, qual a sua opinião sobre isso?

Daniel: Essa é uma questão que particularmente me incomoda há algum tempo. E vejo nisso um paradoxo: se por um lado há uma menor mobilização, em termos numéricos, é de se notar que em conquistas estamos caminhando bem. Principalmente agora, em que temos no comando do país um Presidente de cunho popular e que respeita os movimentos sociais, sobretudo o estudantil.

Ademais, não podemos comparar a juventude de hoje com aquela dos anos 60,70 ou 80. Eles lutavam, em primeiro lugar, pela liberdade de expressão e de imprensa. E devemos essa liberdade aos muitos camaradas do movimento estudantil dessas décadas, massacrados, torturados, mortos e exilados. Eles tinham um ideal. No entanto, hoje em dia, não vejo essa desmobilização tão grande assim. As pessoas podem não votar e não ir às assembleias, no entanto estão muito mais informados sobre cada ação que diz respeito a eles. Como exemplo disso, cito o último Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB) e a 6ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foram mais de seis mil acadêmicos de todo o Brasil nos dois eventos, em Salvador- BA. Da Unimontes foram 46 acadêmicos. Se isso não é mobilização, o que vai ser?

Agora, temos que ver a quem interessa disseminar a idéia de desmobilização. Há muitos interesses. Colocar para o estudante que ele próprio é desorganizado, é jogar um balde de água fria em seus objetivos. Eu acredito na juventude, sobretudo na juventude engajada no movimento estudantil.


Ramon: Para finalizar qual será a marca da gestão DCE com a Nossa Cara?

Daniel: Acredito que a principal marca da nossa gestão, além da democracia de ouvir os estudantes e incorporar suas reivindicações, será a movimentação cultural. Estamos fazendo uma excelente programação cultural, com shows às sextas-feiras em frente ao DCE, apresentações teatrais, entre outros. Se tudo der certo, no segundo semestre pretendemos fazer um grande festival de cultura e arte universitária, nos moldes do antigo FUCAP, onde as bandas independentes e os grupos universitários terão espaço para se apresentar. Temos potencial, e iremos oportunizá-lo. Como disse antes, é um grande desafio. Mas eu acredito em tempos melhores. Acredito que dias melhores virão!


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O legado de uma geração

PEC e Plano Nacional de Juventude: o legado de uma geração

por Danilo Moreira*


Encontram-se em fase final de tramitação no Congresso Nacional, duas importantes matérias que, se aprovadas, contribuirão decisivamente para o desenvolvimento do país e para melhoria da qualidade de vida de 50 milhões de brasileiros e brasileiras situados na faixa etária de 15 a 29 anos.

Estamos falando da Proposta de Emenda Constitucional (PEC42/2008), que insere no capítulo dos Direitos e Garantias Fundamentais, o termo juventude na Constituição Federal. Ao reconhecer esta parcela da população, como segmento prioritário para a elaboração de políticas públicas, como já fora feito com idosos, crianças e adolescentes, avançaremos no sentido de superarmos o binômio juventude-problema para um patamar onde a juventude seja compreendida como um grupo de sujeitos detentores de direitos.

O texto da PEC da Juventude, como ficou conhecida, indica ainda necessidade de aprovação de uma segunda matéria, um Projeto de Lei (PL) estabelecendo o Plano Nacional de Juventude. Tal plano aponta uma série de metas que deverão ser cumpridas pela União, em parceria com Estados, Municípios e organizações juvenis nos próximos 10 anos. Formado por diversas ações articuladas nas áreas de cultura, saúde, esporte, cidadania, trabalho, inclusão digital, educação, etc.

O PL 4530/2004, que trata do Plano Nacional de Juventude, já foi aprovado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados e aguarda apenas a votação em plenário. Como o relatório foi aprovado em dezembro 2006, o Conselho Nacional de Juventude – Conjuve, está propondo sua atualização e votação ainda este ano. Para tanto necessitaremos de um esforço concentrado de parlamentares, governo federal, lideranças dos movimentos juvenis e da sociedade civil, visando a negociação de uma nova versão.

O que para muitos pode parecer uma questão organizativa e sem resultado no curtíssimo prazo, na verdade representa uma visão estratégica sem precedentes sobre este importante segmento populacional, por vezes tratado numa perspectiva de futuro, mas nunca construído como uma realidade do presente, ou até mesmo encarado de maneira imediatista e reativa aos “problemas da juventude”.

A cristalização deste tema em nossa Carta Magna, a atualização e aprovação de um Plano Nacional, estabelecendo metas para as Políticas Públicas de Juventude nos próximos 10 anos, são a melhor expressão da luta desta geração por mais direitos e, em última instância, pela efetiva democratização do Estado.

O mais importante, porém, é que para a concretização desta vitória o caminho escolhido não ficou restrito à articulação em gabinetes governamentais e parlamentares, sempre muito receptivos, diga-se de passagem. Todas as vezes que estes foram procurados, foi sempre em nome de uma ampla mobilização social dos próprios movimentos juvenis e com forte envolvimento dos mais diversos setores da sociedade civil organizada. Basta constatar os resultados da 1ª Conferência Nacional de Juventude, realizada em 2008, envolvendo mais de 400 mil participantes, e que indicou a necessidade da PEC e do Plano Nacional de Juventude ente suas mais fortes prioridades.

Caminhamos para os dois últimos anos do governo Lula, que teve como mérito o ineditismo na criação de uma Política Nacional de Juventude. Não devemos, porém, nos contentar com este avanço e muito menos deixar que esta iniciativa fique circunscrita ao período de um governo, sem garantias de continuidade após 2010. Por isso, é que precisamos extrapolar os limites da luta entre ‘governo’ e ‘oposição’ e colocar este tema na agenda do projeto de país que queremos, podemos e estamos construindo como legado a esta e às próximas gerações. É chegado o momento de alçar definitivamente política de juventude à condição de política de Estado. O Brasil precisa, a juventude quer.

*Danilo Moreira é Secretário-Adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, presidiu o Conselho Nacional de Juventude - Conjuve, em 2008 e foi Coordenador da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude.


Publicado no Portal Vermelho


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DCE participa de aula inaugural em Francisco Sá

Na última quarta-feira (18 de março), o presidente do Diretório Central dos Estudantes da Unimontes (DCE Unimontes), Daniel Dias esteve na cidade de Francisco Sá palestrando na aula inaugural do cursinho pré-vestibular gratuito da Escola Estadual Tiburtino Pena. Daniel discorreu sobre o acesso à universidade, com enfoque especial na Unimontes. Foram apresentadas as diversas modalidades de seleção como o Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior (PAES), o sistema de reserva de vagas e o Vestibular Tradicional. Daniel também apresentou as possibilidades de financiamento para aqueles que forem estudar no ensino privado como o Programa de Financiamento Estudantil (FIES) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). “É muito importante que o DCE saia da Unimontes para interagir com estudantes secundaristas que têm como objetivo estudar em uma universidade pública”, afirmou Daniel.

A cinqüentenária Escola passa por sua primeira reforma estrutural desde a inauguração, pouco depois de ser homenageada por seus resultados na Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa (OBLP). Segundo a diretora Rosane Silveira, “o esforço coletivo da comunidade escolar nos possibilita colher importantes frutos como o resultado na OBLP, a melhoria das instalçaoes escolares e a continuidade do cursinho pré-vestibular gratuito, que entra em seu segundo ano de existência”. No ano passado a escola preparou mais de cem alunos para os vestibulares, com vários deles aprovados na Unimontes, a expectativa para este ano é de é de um número ainda maior de aprovados.
Ramon Fonseca, assessor de comunicação do DCE, Rosane Silveira, diretora da E. E. Tiburtino Pena e Daniel Dias, presidente do DCE.

Fruto da parceria entre o DCE, da E.E. Tiburtino Pena e da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), a aula inaugural representou o pontapé inicial de mais uma mobilização estudantil. “A parceria com os estudantes universitários ajuda no fortalecimento da UCMG. Nosso próximo passo é lançar a campanha de criação e fortalecimento de grêmios estudantis em todo o norte de Minas”, ressaltou Lucas Alves, vice-regional Norte da UCMG.
Fotos: Arquivo DCE Unimontes

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segunda-feira, 23 de março de 2009

Polícia agride estudantes em Campina Grande


Estudantes foram agredidos pela Polícia Militar da Paraíba quando encerravam um protesto contra o aumento de passagens nos ônibus em Campina Grande. A atividade no Terminal de Integração era mais uma da série de manifestações pacíficas contrárias ao aumento exorbitante da passagem que passou de R$1,55 para R$ 1,70.

Além de protestar contra o reajuste, os manifestantes exigiam melhoria do serviço oferecido. Durante a semana ocuparam o Gabinete do Prefeito e a Câmara de Vereadores além de realizarem passeatas pelo centro da cidade. Sem nenhum incidente o grupo de centenas de alunos das redes pública e particular e da região exercitou o seu direito democrático de livre expressão e foi apoiado pela população, que penalizada com o aumento engrossava o coro: ASSALTO GIGANTE NO BOLSO DO ESTUDANTE.

Quando o protesto já se encerrava entrou em cena a tropa de choque e viaturas da ROTAM -- essas equipes não deveriam estar contendo a violência latente em Campina?! -- Com brutalidade iniciaram a revista em pessoas que ainda estavam no local. A confusão começou quando uma estudante se recusou a ser revistada por um homem e exigiu a revista por uma policial feminina. Alegando que conhecia seus direitos Samara Silva, diretora da entidade estadual que representa os estudantes secundaristas rcebeu voz de prisão.

Indignados com o abuso de autoridade a reação foi geral. Aos gritos de protesto seguiram-se agressões, prisões irregulares e o despreparo por parte daqueles que deveriam defender e proteger nossos jovens e adolescentes. Testemunhas afirmam que até mesmo uma estudante do curso de Psicologia, que ao terminar o protesto apenas observava a movimentação foi levada a delegacia.

Conversei por telefone com alguns organizadores dos protestos e a sensação de humilhação era consenso na fala de todos. Outro consenso era a continuidade do movimento. Na terça-feira, 24, outra manifestação foi convocada. Dessa vez, após a intervenção policial e a tentativa do Sindicato dos Empresários de transpostes Públicos de culpar os estudantes pelo aumento -- eles alegam que a passagem é cara para compensar as despesas geradas pela meia-passagem estudantil -- o movimento espera colocar mais de três mil pessoas na rua. Se pudesse, eu também estaria lá!

Clique aqui para ver matéria da TV Paraíba que fez matéria a respeito do incidente.

Do Blog da querida Aninha Santos


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Eita nóis

Acabo de ganhar o selo ao lado do meu querido amigo do Norte, Diniz Sena.

É uma honra ser lembrado por esse espaço de debates e devaneios.

De acordo com a regra, tenho que dar o mesmo selo para mais quinze blogs, então lá vai o cardápio:
















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sexta-feira, 20 de março de 2009

Comissão dá parecer contrário a emendas sobre festas raves


Por Sheila Cristina - Jornalista

Após intenso debate entre os parlamentares Sargento Rodrigues (PDT) e Carlin Moura (PCdoB), a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social aprovou, nesta quarta-feira (18/3/09), parecer de 1º turno pela rejeição dos substitutivos nºs 3 e 4 e da emenda nº 3, que foram apresentadas em Plenário ao Projeto de Lei 1.874/07. De autoria do deputado Sargento Rodrigues, o PL regulamenta a realização de festas raves, bailes funk e similares no Estado.

O projeto estabelece uma série de regras e requisitos para a promoção destes eventos. Na mesma reunião, foi aprovado parecer de 2º turno ao PL 2.556/08, da deputada Gláucia Brandão (PPS), que obriga a instalação de brinquedos adaptados para crianças portadoras de deficiência nos locais que especifica.

Originalmente, o PL 1.874/07 propunha a proibição das raves, definidas como "tipo de festa que acontece em galpões, sítios ou terrenos sem construções, com música eletrônica e de longa duração, geralmente acima de doze horas". Após exame das comissões parlamentares, o projeto foi modificado por meio do substitutivo nº 2, da Comissão de Cultura, que não proíbe, mas regulamenta as raves e bailes funk.

O substitutivo nº 2 exige que os organizadores dos eventos devem solicitar autorização da Secretaria de Defesa Social, com uma antecedência mínima de 30 dias, apresentando estimativa de público e horário de funcionamento, entre outros pontos. Outras exigências são a oferta de um sanitário para cada 50 participantes, detectores de metal, atendimento médico, distribuição de material contra o uso de drogas. Emenda da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária exige a existência de um bebedouro para cada 50 participantes.

A proposta retornou à Comissão do Trabalho, em 1º turno, por ter recebido propostas de alterações em Plenário: o substitutivo nº 3, do deputado Antônio Carlos Arantes (PSC); o substitutivo nº 4, do deputado Carlin Moura; e a emenda nº 3, do deputado Chico Uejo (PSB). O relatório aprovado nesta quarta-feira pela comissão, de autoria da deputada Rosângela Reis (PV), recomenda a rejeição das três propostas recebidas em Plenário.

A relatora considerou que o substitutivo nº 3 contêm praticamente as mesmas exigências inseridas no substitutivo nº 2 da Comissão de Cultura, diferindo apenas na exigência de anuência da delegacia policial. Já o substitutivo nº 4, para a deputada Rosângela Reis, apresenta comandos e terminologia muito genéricos, o que poderia gerar mais de uma interpretação quando da aplicação da lei. Sobre a emenda no 3, a relatora também considerou-a desnecessária por conter dispositivos já presentes na legislação em vigor. A emenda determina que os eventos respeitem as normas pertinentes à matéria estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, legislação federal e código de posturas do município onde os eventos serão realizados.

Carlin Moura solicitou alteração no parecer
Antes da aprovação do parecer de autoria de Rosângela Reis, o deputado Carlin Moura solicitou à relatora a inclusão de quatro modificações, propostas no substitutivo nº 4, de sua autoria. Rosângela Reis não atendeu o pedido e recomendou ao parlamentar que apresente suas propostas na forma de emendas, quando o projeto for examinado pela comissão em 2º turno.

Os itens defendidos por Carlin foram:
- A substituição dos termos "festas raves e bailes funk" por "eventos temporários de longa duração", por considerar que a especificação definida no projeto é uma discriminação contra uma forma de manifestação cultural;
- Substituir a Secretaria de Estado de Defesa Social pelo Corpo de Bombeiros Militar, como o órgão responsável pela autorização dos eventos;
- Redução do prazo para comunicação prévia de realização dos eventos, de 30 para 10 dias. O deputado argumenta que o prazo proposto é muito longo e poderia inviabilizar os eventos;
- Modificação do artigo 5º do substitutivo nº 2, de forma que os detectores de metal só sejam obrigatórios para públicos superiores a 5 mil pessoas.

Para Carlin Moura, estas modificações evitariam que a proposta inviabilizasse a realização das festas raves ou bailes funk. "O objetivo da lei não é inviabilizar os eventos, mas regulamentá-las e garantir sua segurança", afirmou o deputado. As propostas de Carlin foram criticadas pelo autor do projeto, deputado Sargento Rodrigues, para quem elas teriam o efeito de adiar desnecessariamente o retorno do projeto ao Plenário da Assembleia. "Essas propostas podem ser examinadas em 2º turno", afirmou.

Ambos deputados defenderam pontos de vista opostos sobre o PL 1.874/07. Rodrigues disse estar convicto que as festas raves são ambiente propício à venda e consumo de drogas - especialmente o ecstasy - e que o projeto deve ter o efeito de coibir esta prática. Já Carlin Moura disse que não há elemento técnico que comprove a associação entre este tipo de festas e as drogas. "Se elas existem lá, também estão nas escolas, nas praças, campos de futebol", argumentou o parlamentar.

A deputada Rosângela Reis disse que, como mãe, reconhece o perigo representado pelas festas especificadas no projeto. "Sou mãe e sei que não dormimos enquanto nossos filhos não chegam em casa. Quanto às raves, queira Deus que meus filhos não cheguem nem perto", afirmou a deputada.

Da Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual Carlin Moura (PCdoB)


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quinta-feira, 19 de março de 2009

José Sanfelice lança livro sobre a resistência da UNE em 64


Capa do livro de José Sanfelice


Chega às estantes das livrarias brasileiras o livro Movimento Estudantil: a UNE na resistência ao golpe de 1964, do filósofo e professor doutor em educação José Luís Sanfelice. A obra mostra os momentos de reação dos estudantes, de radicalização e de confrontação com o autoritarismo instituído.

De um lado, predomina ao longo das páginas do estudo a resistência teórica e prática ao Golpe de Estado de 1964. De outro, estabelecem-se os contornos da consciência social dos estudantes, presentes na UNE.

Como alerta o autor no Prefácio desta edição, sempre é preciso situar o texto e o seu autor no contexto em que se deu a produção da obra. Explica que o livro resultou de sua Tese de Doutorado e, com ela, não quis "fazer qualquer acerto de contas com quem quer que fosse", mas "compreender um pouco melhor a dimensão e o sentido daqueles turbulentos anos vividos [...], com anuência ou resistência, em plena ditadura do Movimento de 64".

Sem negar o mirante teórico-metodológico e as fontes primárias e bibliográficas de que se valeu, a preocupação central de Sanfelice foi a de "dar Voz à UNE", ressaltando sua produção teórica como sujeito coletivo, sem preocupação com sujeitos particulares ou fatos isolados, "a não ser muito acidentalmente".

Para além de mais um livro dentre outros, a iniciativa em publicá-lo novamente decorre do entendimento de que ele se tornou uma referência obrigatória a pesquisadores, professores e militantes que querem entender, melhor e mais contextualizadamente, a produção teórica da UNE e os embates nos quais esta emblemática instituição esteve envolvida.

Já não se trata de mais um dentre tantos livros publicados sobre o tema. Por isso a importância, na produção historiográfica sobre o movimento estudantil, tornou-se um importante documento sobre a UNE e sobre o movimento estudantil de 1968.

Serviço
O que? Livro Movimento Estudantil: a UNE na resistência ao golpe de 1964
Quem escreve? José Luís Sanfelice
Quanto? R$ 28,00

Do Portal Vermelho

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Essa crise não é nossa. Queremos mais conquistas para a Educação


57º Coneg: estudantes definem mobilizações da UNE para os próximos meses


Os estudantes convocarão o 51º Congresso da entidade, a Jornada de Lutas 2009 e a participação da juventude na Conferência Nacional de Educação.


Os participantes desta edição do Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), que terá início neste sábado (21) e se estende até domingo (22), na UNIP Vergueiro, em São Paulo, definirão três importantes ações desta gestão que se encerra em julho deste ano.


Os cerca de 500 estudantes vindos de todo o país convocarão o 51º Congresso da entidade, que elege a nova diretoria e presidência, a mobilização para a Jornada de Lutas 2009 e debaterão a participação da juventude na Conferência Nacional de Educação, que acontecerá em 2010.


Podem participar do fórum as entidades representativas de Instituições de Ensino Superior (IES) de todos os Estados e do Distrito Federal (DCE’s, UEE’s e entidades municipais) e também, das Executivas e Federações Nacionais de Curso, devidamente credenciadas.


Para tanto o/a delegado/a, o/a representante da Entidade Geral deverá apresentar no dia e local de recolhimento do Credenciamento: Ata oficial, fornecida pela UNE, para indicação do/a delegado/a e seu/sua suplente, com o quorum mínimo de 50% (cinqüenta por cento) mais 1 (um) dos/as diretores da Entidade que constarem registrados/as na Ata de Posse. Caso tenha havido substituição de membros da diretoria da entidade, será necessário apresentar a Ata de Alteração da Diretoria e o Estatuto da Entidade.


Além de uma cópia da ata de eleição e da ata de posse da diretoria da Entidade Geral, com prazo de mandato em dia. Para entidades que não comprovarem o tempo de duração do mandato, será considerado o prazo máximo de um ano a contar da data da posse da atual gestão e uma cópia do comprovante de matrícula 2009/1 do/a delegado/a e suplente.


Para as UEE’s e entidades municipais o valor é de R$ 350,00. Executivas, Federações e Coordenações de Curso e entidades que representem mais de 20 mil estudantes pagam R$ 200,00. Já entidade que representem de 10 mil a 19.999 alunos o preço é de R$ 150,00. Entidades que respondam por 1 a 9.999 estudantes terão que desembolsar R$ 100,00. Observadores pagam R$ 80,00. Quem tiver a carteirinha da UNE 2008 paga metade (R$ 40,00).


A inscrição garante credencial que dá acesso às atividades e ao alojamento que ficará no hotel Fórmula 1, na Avenida Nove de Julho. A alimentação não está inclusa.


Jornada de Lutas 2009

A edição deste ano da Jornada de Lutas acontecerá em o todo País entre os dias 30 de março a 3 de abril. O tema da tradicional série de manifestações convocadas pela UNE em defesa da educação é: "Essa crise não é nossa. Queremos mais conquistas para a Educação".


Sob este mote, estudantes sairão às ruas nas principais capitais do país por mais investimento em Educação, por uma nova legislação para a meia-entrada, sem restrições de direitos; pela manutenção da qualidade de ensino nas instituições particulares de ensino superior, em defesa da intervenção do Estado para evitar abusos nos reajustes de mensalidade, pelo fim do vestibular e a aprovação do Projeto de Lei de Reserva de Vagas nas universidades públicas.


Conferência Nacional de Educação

Com um painel que vai discutir a construção do Sistema Nacional de Educação, o MEC lança em abril a 1ª Conferência Nacional de Educação (Conae). O tema central será Construindo um Sistema Nacional Articulado de Educação: Plano Nacional de Educação, suas Diretrizes e Estratégias de Ação.


O encontro tem uma agenda de trabalho para os 12 meses de 2009. No primeiro semestre, as conferências preparatórias ocorrerão nos municípios; no segundo semestre, nos 26 estados e no Distrito Federal. A conferência nacional será realizada de 23 a 27 de abril de 2010, em Brasília e reunirá desde os setores públicos e privados da educação infantil até a pós-graduação, para um amplo debate.


A UNE e a UBES fazem parte de todas as Comissões desta primeira fase. A Conferência terá um painel de abertura, 52 colóquios onde os cerca de 2 mil delegados terão voz e voto. Para as entidades parceiras, a Comissão aprovou a inclusão de mesas de debates, e para os convidados de entidades internacionais a possibilidade de inscrever e apresentar trabalhos.




Em tempo: O Diretório Central do Estudantes da Unimontes (DCE Unimontes) será representado por seus diretores Rodrigo Costa e Danielle Gonçalves. Ambos participarão também do Conselho Estadual de Entidades Gerais (CEEG) da União Estadual dos Estudantes (UEE - MG) que vai rolar amanhã em Belo Horizonte. Em breve vocês vão conferir aqui mais novidades do movimento estudantil mineiro e nacional.

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terça-feira, 17 de março de 2009

PLUG se renova e reforça parcerias


Por Rodrigo de Paula Plug Cooperativa de Cultura


Contribuindo também na rede independente do Circuito Fora do Eixo, o coletivo Plug, de Montes Claros(MG) está em nova fase, ampliou seu corpo de trabalho, agregou parcerias e apoios da Secretaria Municipal de Cultura de Montes Claros, assim como da Secretaria Adjunta da Juventude, além do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Estadual de Montes Claros (DCE Unimontes).

Na última quinta-feira 12, foi realizada a primeira reunião formal dos novos membros do coletivo. Foi ressaltada a importância da coletividade interna nos trabalhos, valores como respeito, voz e voto nas definições. Também foi enfocada a importância de trabalhar os registros legais da entidade, além das discussões e deliberações de todo o coletivo. Um dos assuntos tratados a fundo foi a questão das ações e responsabilidades nos entendimentos sobre como funciona o Circuito Fora do Eixo e os compromissos que temos que firmar em prol da cena e do CFE.

Dentre as ações que foram previamente enfocadas em relação à contribuição ao CFE e os demais coletivos, foi levantada a idéia de solicitar aos que fazem parte da rede que enviem álbuns e demais produtos autorais das iniciativas para formar a banca de distribuição da Plug.

Para todos que tenham interesse em colaborar com o conjunto de obras autorais para que sejam expostas na banca durante as ações em Montes Claros ou em ações de outras localidades que a Plug venha a trocar tecnologias, disponibilizamos o seguinte endereço de envio:

Rua: Daniel Costa nº36, Bairro: Jardim São Luiz – CEP: 39401-053 – Endereçada a Rodrigo Fernandes de Paula. Telefone para contatos (38) 3084-3782 – email: plugcooperativa@gmail.com.




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Mais imagens da Unicalourada

Fotos: Arquivo DCE Unimontes e Luisim Caldeira (Bem na Net)



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segunda-feira, 16 de março de 2009

É pra rir mesmo!


Texto que surrupiei do blog Há uma menina, da minha amiga Manuela d'Ávila. Vale a leitura.


Assim eu morro...


De rir!!! A Revista Veja dessa semana me tentou na banca. Um dos meus símbolos preferidos, o mais identificado com minha vida e ideais, aparece estampado na capa: a foice e o martelo, símbolo do comunismo, da luta dos trabalhadores do campo e da cidade. Calmem! Não foi isso que me fez rir. Junto ao símbolo aparece Barack Obama. O título faz menção a uma saudação que uso cotidianamente. Diz: Camarada Obama. Também não foi isso que me fez rir. Abaixo há um pequeno texto explicando porque, mesmo injetando bilhões de dólares na economia, Obama não está conduzindo os EUA ao socialismo. Morri de rir.

Depois, percebi. A crise econômica mundial deve estar deixando a turma da Veja muito pirada. Como tudo o que eles defenderam a vida inteira deu errado, a crise da economia é também a crise ideológica deles. Eles estiveram errados nas últimas duas décadas. Quantas vezes ecreveram que o meu partido era um "dinossauro" por defender a existência do Estado, promotor de políticas sociais e regulador da economia? E se o Brasil não tivesse sendo governado por Lula?

Eles chamaram toda a política de infra-estrutura, essa que eu apóio nas votações do Congresso, de atrasadas, que deveriam ser conduzidas pela iniciativa privada. E se esse recurso não estivesse sendo injetado na economia brasileira?

Bem, queria dar um recado a essa turma: deixem que a esquerda, esses dinoussauros, velhos superados, "bibelôs" (como fui chamada muitas vezes...) cuide da crise que vocês criaram no mundo, aqui no Brasil. Fiquem tranquilos que nós defendemos a união do povo para enfrentá-la. Além disso, podem ficar sossegados: Obama não é camarada. Mas na América Latina, onde a crise está sendo melhor tratada, nós, comunistas, estamos por todos os lados.


Não é de rir essa Veja?


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Unicalourada: um bom exemplo de como receber novos alunos

Daniel Dias, presidente do DCE Unimontes, Maria Cristina Freire, coordenadora de apoio ao estudante e professora Renata Cordeiro
Fotos: Arquivo DCE Unimontes

Por Samuel Fagundes, Repórter d' "O Norte de Minas"*

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) promove a cada semestre sua recepção oficial aos novos alunos com a realização da Unicalourada, que de acordo com Maria Cristina Freire Barbosa, coordenadora de Apoio ao Estudante, tem como objetivo promover uma recepção calorosa, cordial e solidaria aos novos acadêmicos.
Segundo ela, esse tipo de recepção combate o trote. Então por isso promovem a cerimônia oficial de recepção aos calouros, que inclui a apresentação da estrutura da universidade e também de como funciona sua organização política, pedagógica e administrativa. Além dessa apresentação, há também o momento cultural, onde bandas e artistas se apresentam durante três noites (11 a 13 de março) para os calouros, veteranos, professores e amigos.

MOMENTOS
- São dois momentos bastante distintos, um de conhecimento da estrutura da universidade, de como ela funciona, sua organização política, pedagógica e administrativa. O outro momento é essa festa, que tem a função de integrar os calouros com os veteranos. Então estes shows, além de receber os novos alunos, também têm o objetivo de promover um apoio aos alunos que estão se formando, que se responsabilizam por barracas que vendem comidas e bebidas, e o dinheiro arrecadado ajuda na formatura deles – explica Maria Cristina.

A Unicalourada é realizada há seis anos. Como a Unimontes recebe mais de 1000 alunos por ano e como a festa reúne calouros, veteranos e amigos, segundo a coordenadora, provavelmente mais de 10 mil pessoas passaram pela festa desde sua primeira realização.
SELEÇÃO DOS ARTISTAS
Maria Cristina conta que para a seleção das bandas, inicialmente a Coordenadoria de Apoio ao Estudante abre um cadastramento. Após esse processo, os artistas e as bandas são selecionados através de um teste de audição. Normalmente se apresentam duas bandas por dia, sendo uma hora para cada banda.
A coordenadora lembra que os calouros também realizam outra atividade dentro da Unicalourada que é intitulada Cidadão Solidário. Dentro desse tema cada curso planta uma árvore dentro do campus e ficará responsável pela planta. Segundo Maria Cristina, os alunos têm tido uma grande curiosidade em relação a essa planta, eles acompanham o crescimento e todo o desenvolvimento dela.
- Dentro desse tema Cidadão Solidário muita coisa pode ser feita, qualquer ação ou atividade que esteja voltada para contribuir na formação de pessoas melhores e mais preocupadas com o bem coletivo. Um dos objetivos da Unicalourada é desenvolver nos alunos uma cultura no processo de recebimento respeitoso. Cada aluno que chega aqui e é bem recebido e ele vai aprendendo a receber bem ao próximo, porque agora ele é um calouro, mas no semestre que vem passará a ser um veterano que sabe receber bem os novos alunos – afirma a coordenadora.
CONSCIENTIZAÇÃO
Para Ramon Fonseca, assessor de comunicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unimontes, é importante ressaltar que atualmente o país vive um momento em que voltaram a ocorrer trotes violentos e para ele, a entrada de um calouro na universidade deve ser um momento de muita festa e confraternização.
- A Unicalourada cumpre esse papel de receber bem os novos acadêmicos que chegam a Unimontes, nesse rito de passagem e tem também um papel cultural muito importante pelo fato que algumas bandas e artistas têm a oportunidade de se apresentar aqui. Esperamos que para as próximas calouradas pudéssemos aumentar o leque de bandas e artistas que se apresentam. O mais legal é que aqui na Unimontes também está se consolidando o chamado trote solidário, que é a doação de sangue, coleta de alimentos e agasalhos que depois são distribuídos a pessoas que necessitam. Ajudar famílias carentes é muito mais interessante e tem um retorno social muito maior do que os calouros ficarem no sol de quase 40º pedindo esmola no sinal de transito. A universidade tem essa necessidade de dar um retorno social, ela não pode ficar presa nos seus muros – afirma Ramon.
Também publicado no Jornalismo Possilga.


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