terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Bienal da UNE começa hoje

Governador Sérgio Cabral, prefeito Eduardo Paes, Beth Carvalho e Marcelo D2 abrem Bienal da UNE

O Rio de Janeiro deve receber cerca de dez mil estudantes do Brasil e exterior a partir dessa terça-feira (18) na 7a Bienal da UNE (União Nacional dos Estudantes), o maior festival estudantil da América Latina. A abertura será na Cidade do Samba com a presença do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes. A cantora Beth Carvalho, que também estará presente, será a grande homenageada e madrinha da Bienal, que leva o tema “Brasil no Estandarte, o samba é meu combate”.

A noite será encerrada com shows de Marcelo D2 e baile funk de MC Leonardo e MC Sabrina. Ao homenagear o samba, ritmo essencialmente fluminense, evento espera levar um pouco de alegria ao estado fragilizado pelas enchentes. Doações serão recebidas pela Cruz Vermelha, durante toda Bienal.

Abrindo a série de grandes eventos na cidade do Rio nesta década, a Bienal da UNE terá convidados como o Martinho da Vila, Cacá Diegues, Carlos Lyra, Elza Soares, Rappin Hood, Leci Brandão e Arlindo Cruz. A Bienal inclui atividades culturais, científicas, esportivas, oficinas, atos políticos e shows.

Aterro do Flamengo vira “Cidade do Samba”
Apostando em um festival com formato diferenciado, ligado ao meio ambiente e integrado às belezas naturais do Rio de Janeiro, a Bienal transformará o Aterro do Flamengo em espaço de trocas culturais entre jovens de todo o Brasil e a população carioca. O charmoso jardim a céu aberto de Burle Marx será a “Cidade do Samba” durante os seis dias de festival.

No Aterro, serão montadas modernas e ecológicas tendas para abrigar debates. O coreto do parque se transformará em um grande “Buteco Literário”, conectando literatura, novas tecnologias e rodas de samba. O teatro de arena será espaço para apresentações. Uma “palco-praia” irá apresentar ao público novas tendências da música. Equipamentos esportivos serão remodelados e haverá até mesmo a disputa do “1º campeonato brasileiro de futebol estudantil”.

“Brasil no estandarte, o samba é meu combate”
Em suas edições anteriores, as bienais já pautaram a herança africana na cultura do país, os vínculos do Brasil com a América Latina, a cultura popular e as raízes deformação do Brasil. O samba aparece agora, naturalmente, em meio a tal caminho, sintetizando um pouco de todas essas referências em uma manifestação que se tornou, praticamente, sinônima do nome da nação em sua dimensão complexa, festiva, crítica, criativa e redentora.

tema “Brasil no estandarte, o samba é meu combate” enfrenta a incômoda teoria de que a festa e a felicidade do povo brasileiro sejam inférteis. A Bienal abandona, corajosamente, o medo de que o Brasil termine em um imenso carnaval, sem prazo para a última batida. Juntos, os estudantes mostrarão que ser feliz também é o combate. Leia o manifesto da 7a Bienal da UNE: http://bit.ly/dwngMJ

CUCA da UNE completa 10 anos e estreia espetáculo
Lançado na Bienal de 2001, o Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA da UNE) é uma rede que conecta a produção cultural de universitários de todas as regiões do país. Condecorado em 2005 com a Ordem do Mérito Cultural – principal premiação do Ministério da Cultura – e integrante do Conselho Nacional da Juventude, o CUCA da UNE está interligado por uma rede que gravita em torno do programa “Pontos de Cultura” do MinC. O CUCA celebra seus 10 anos na 7a Bienal com uma programação específica e reunindo “cuqueiros” de todo o Brasil.

Para celebrar os seus 10 anos, o CUCA prepara a estréia do espetáculo-musical “UNE canta o Brasil”. A montagem conta com a participação de artistas de todos os estados e será encenada no histórico terreno da Praia do Flamengo, 132, antiga sede das entidades estudantis incendiada e demolida pela ditadura militar. Revivendo canções, o CUCA fará um passeio diferente pela história do Brasil, com participações de Carlos Lyra, Jorge Mautner e Silvio Tendler.

Saiba mais sobre o CUCA da UNE: http://cucadaune.blogspot.com/
Saiba mais sobre o espetáculo: http://www.cucainterage.blogspot.com/

Da página da Bienal

A Estrada vai além do que se vê!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Nas ruas de hoje, o Brasil de amanhã

UNE divulga a programação do 13º CONEB

Agora é pra valer. Em menos de 5 dias cerca de 3 mil representantes de Centros e Diretórios Acadêmicos farão do Rio de Janeiro a casa do movimento estudantil

A cidade maravilhosa recebe mais um vez o Conselho Nacional de Entidades de Base da União Nacional dos Estudantes (UNE), um dos principais fóruns do movimento estudantil brasileiro. A agenda do 13º CONEB da UNE mudou. As atividades terão início no sábado (15).

O 13º CONEB da UNE é uma atividade integrada à 7ª Bienal da UNE. Educação, Cultura, Comunicação, cidadania, trabalho, política são alguns dos temas previstos no evento. Há também arte e muito samba na programação. Confira e aproveite!


Programação 13º CONEB da UNE


Sábado 15 de janeiro de 2011

12:00 às 14:00 – Recepção dos participantes e abertura do credenciamento

Local: UFRJ campus Fundão

14:00 às 16:00 – Mesa de Abertura

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão

16:00 às 19:00 – Atividades auto gestionadas (encontro de entidades estaduais, federações e executivas de curso, movimentos, frentes de luta e áreas de atuação da UNE)

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão

19:00 às 21:00 – Lanche

Local: UFRJ campus Fundão

Domingo 16 de janeiro de 2011

08:00 às 10:00 - Café da manhã

Local: UFRJ campus Fundão

10:00 às 12:00 – Debates simultâneos

Tema 1: Rumos do desenvolvimento econômico e social brasileiro

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 1

Tema 2: A Juventude no centro do projeto de nação - construindo a 2ª Conferência Nacional de Juventude

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 2

Tema 3: Reforma política e fortalecimento da democracia no Brasil

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 3

Tema 4: Segurança pública e direitos humanos: uma agenda de paz e desenvolvimento social para o Brasil

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 4

Tema 5: Democratização do acesso e da permanência – lançamento do Seminário Nacional de Assistência Estudantil da UNE

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 5

Tema 6: O Pré-Sal e os novos paradigmas econômicos e energéticos

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 6

Tema 7: A Emenda Constitucional 29 e os demais desafios da 14ª Conferência Nacional de Saúde

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 7

12:00 às 14:00 – Almoço

Local: UFRJ campus Fundão

14:00 às 16:00 – Debates simultâneos

Tema 8: Soberania nacional e política externa

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 1

Tema 9: A questão agrária e a sustentabilidade ambiental no Brasil de hoje

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 2

Tema 10: Ô abre alas que as mulheres vão passar – lançamento do Encontro de Mulheres Estudantes da UNE

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 3

Tema 11: Educação no Brasil e a entrada no mundo do trabalho

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 4

Tema 12: Universidade, inovação tecnológica e política industrial

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 5

Tema 13: A erradicação do analfabetismo no Brasil

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 6

Tema 14: PROUNI - diagnóstico e bandeiras de luta

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 7


16:00 às 17:00
– Livre

17:00 às 19:00 – Debates simultâneos

Tema 15: Democratização dos meios de comunicação e marco regulatório da mídia no Brasil

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 1

Tema 16: Políticas afirmativas e a luta contra o racismo

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 2

Tema 17: Integração latino americana pela educação

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 3

Tema 18: Projeto Rondon

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 4

Tema 19: Autonomia e financiamento do ensino superior público

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 5

Tema 20: Valorização dos profissionais em educação no Brasil

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 6

Tema 21: Desafios para a regulamentação do ensino privado

Local: Centro de tecnologia da UFRJ campus Fundão - auditório 7

19:00 às 21:00 – Jantar

Local: UFRJ campus Fundão

21:00 às 22:00 – Livre

22:00 às 02:00 – Show

Convidados: Orquestra Imperial

Segunda-feira 17 de janeiro de 2011

08:00 às 10:00 - Café da manhã

Local: UFRJ campus Fundão


10:00 às 12:00 – Ato de Lançamento da Jornada de lutas UNE e UBES por uma educação a serviço do Brasil: "10% do PIB para educação e 50% do fundo social do pré-sal para educação – pela derrubada do veto e incorporação das emendas ao PNE"

Local: Maracanãzinho

12:00 às 16:00 – Plenária final 13º CONEB

Local: Maracanãzinho

16:00 às 18:00 – Almoço

Local: Maracanãzinho

18:00 às 22:00

– Livre

22:00 às 02:00 – Show

Convidados: Marcelinho da Lua e Baile do Simonal

Inscrições
As inscrições para observadores ainda estão abertas e podem ser feitas através do link: 13º CONEB.


Leia também: CONEB no Blog da Bienal

Do EstudanteNet


A Estrada vai além do que se vê!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O melhor no maior do mundo


R10 é da Nação!
*


A Estrada vai além do que se vê!

A UBES não para!

UBES divulga programação do 1º Encontro Nacional de Grêmios

Fique por dentro de tudo o que vai rolar durante a realização do 1º Encontro Nacional de Grêmios da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), entre os dias 15 e 18 de janeiro, no Rio de Janeiro. Para não perder nenhuma mesa de debate, imprima esse informe e programe-se!

Importante: O local da realização do encontro mudou para o Campus Fundão , no bloco do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Programação
1º Encontro Nacional de Grêmios da UBES

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro/RJ
15 a 18 de janeiro de 2011

Sábado, 15 de janeiro – 14h
* Recepção e Credenciamento das Delegações

Domingo, 16 de janeiro – 10h às 13h
* Debate Central UBES 01: Um Novo Ensino Médio para um Novo Brasil

* Debate Central UBES 02: Financiamento para a Qualidade: 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a Educação!

* Debate UBES 03: O Brasil de Hoje

Domingo, 16 de janeiro - 15 às 19h
* Debate UBES 04: 25 anos da Lei do Grêmio Livre e a Democracia na Escola

* Debate UBES 05: O Ensino Técnico e o Desenvolvimento Nacional

* Debate UBES 06: Ciência, Pesquisa e Extensão no Ensino Médio

* Debate UBES 07: Desafios e Perspectivas do Novo Plano Nacional de Educação

* Debate UBES 08: Ampliação, Acesso e Permanência na Universidade Brasileira

* Debate UBES 09: Um Novo Currículo para um Novo Ensino Médio

* Debate UBES 10: Novos Conceitos Curriculares e a Educação Integral

Segunda-feira, 17 de janeiro – 10h às 13 – Maracanãzinho
* Ato Unificado e Manifestação UNE e UBES

Segunda-feira, 17 de janeiro – 15h
* Atividades Esportivas (futsal e vôlei) e Oficinas UBES

Oficina 1:
* Estatuto, atas e documentos

Oficina 2:
* Construção de blog’s

Oficina 3:
* Cine jornal

Oficina 4
* Prestação de contas e captação de recursos

Terça-feira, 18 de janeiro - 10h às 13h
Encontro UBES 1
* Encontros Nacionais de Área: Mulheres

Encontro UBES 2
* Encontros Nacionais de Área: LGBT

Encontro UBES 3
* Encontros Nacionais de Área: Meio ambiente

Encontro UBES 4
* Encontros Nacionais de Área: Cultura

Encontro UBES 5
* Encontros Nacionais de Área: Combate à criminalização dos movimentos sociais

Encontro UBES 6
* Encontros Nacionais de Área: Passe livre

Encontro UBES 7
* Encontros Nacionais de Área: Encontro do Parlamento juvenil do Mercosul

Encontro UBES 8
* Encontros Nacionais de Área: Políticas públicas de juventude

Encontro UBES 9
* Encontros Nacionais de Área: Esporte

Terça-feira, 18 de janeiro - 15h às 17h
* Leitura do Documento Final e Encerramento do 1º Encontro Nacional de Grêmios da UBES

* Atividade de Encerramento


1º Encontro Nacional de Grêmios da UBES
Data: de 15 a 18 de janeiro
End.: Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco, 255, Centro de Ciências da Saúde, Campus do Fundão da UFRJ – Rio de Janeiro/RJ

Do EstudanteNet


A Estrada vai além do que se vê!

A Bienal está de volta e o Rio de Janeiro continua lindo


Muitos dizem que não há no mundo cidade mais encantadora. Paris, Roma, Madrid, Atenas, Jerusalém, Cairo, Dubai e Nova York guardam suas belezas, suas tradições, suas culturas e suas civilizações. Já a Cidade Maravilhosa, coração do Brasil, 2ª maior cidade do país e 3ª maior da América do Sul guarda, como diz o verso da marchinha, encantos mil.

Com o charme do sol de Ipanema, do mar de Copacabana, da Lagoa Rodrigo de Freitas ou da Mata Atlântica, apresenta-se São Sebastião do Rio de Janeiro ou, para quem quiser, somente Rio de Janeiro ou Rio, sede da 7ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do 13º Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB). Acolhe as praias mais famosas do Brasil – e talvez do mundo – abriga florestas, encanta com o Pão de Açúcar e é abraçada pelo Cristo Redentor que, do alto do Corcovado, abençoa a todos sempre de braços abertos.

A cidade, que recebe mais de cinco milhões de visitantes por ano em seu turismo doméstico, abrigará cerca de 10 mil estudantes de outros estados, entre os dias 14 e 23 de janeiro, participando do Coneb e da Bienal. Uma prévia da década de grandes eventos para o Rio de Janeiro, incluindo a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

O encontro com as formas e cores, sons, jeitos e expressões dos jovens brasileiros não é inédito para o Rio. A UNE e a Cidade maravilhosa têm relação de longa data. Em 2001 e 2007, a Bienal foi realizada na capital fluminense e a integração dos estudantes com a cidade foi intensa, ocupando espaços como a tradicional região da Lapa e expandindo-se, a partir do projeto Lado C, para o intercâmbio com comunidades e favelas cariocas de notada produção cultural.

A história da UNE com o Rio de Janeiro, no entanto, data de 1937, quando a entidade foi criada e teve capítulo importante em 1942, quando o presidente Getúlio Vargas concedeu aos estudantes a sede nacional de sua entidade no endereço da Praia do Flamengo, 132. A sede foi invadida e incendiada pela ditadura militar, nos primeiros momentos do golpe de 1964. Posteriormente, o prédio foi demolido e o terreno desapropriado durante as décadas seguintes. Porém os estudantes reocuparam o espaço em uma grande manifestação durante a Bienal de 2007. Atualmente, a UNE prepara ali construção de seu novo prédio, com projeto já desenhado por Oscar Niemeyer.

A 7ª Bienal e o Rio

A edição 2011 da Bienal se reafirmará como atividade inovadora e ímpar na história do movimento estudantil, dando ênfase à inter-relação e ao compartilhamento de conhecimento sobre a juventude e estimulando o debate sobre o samba, um dos mais recentes Patrimônios Culturais do Brasil.

As matrizes desse gênero de música, dança e jeitinho bem cariocas estão no pé do sambista, na mão do pandeirista, no som do cavaco, em cima dos morros e na Marquês de Sapucaí. Sendo assim, se o assunto é samba, nenhum lugar melhor do que o Rio para acolher os milhares de estudantes, interessados também nos debates que vão além do histórico musical desse estilo. Os cenários escolhidos para essa edição são alguns dos mais bonitos cartões postais da cidade do Rio de Janeiro: O Aterro do Flamengo e a Lapa.

O primeiro se encontra no coração do Rio. Próximo ao Centro da cidade, às praias da Zona Sul e ao Aeroporto Santos Dumont, a região dispõe de uma das áreas mais bonitas da cidade com vista ao Pão de Açúcar, Corcovado e Baía de Guanabara. Numa área estimada em 1.200.000 metros quadrados, o Parque Aterro do Flamengo já foi sede de importantes eventos como a ECO 92 e a versão descentralizada do Fórum Social Mundial.

Já a Lapa, que se tornou ao longo dos anos o reduto da velha boêmia da cidade do Rio, agrega variadas manifestações musicais sem ofuscar gêneros e artistas. Palco para o lirismo das letras do samba, os acordes do som do nordeste e a modernidade da música eletrônica e do Rock, todos convivem em perfeita harmonia nos bares espalhados pelas ruas Mem de Sá, Riachuelo e Lavradio. Todo esse cenário contribuirá para os debates desses dois eventos da UNE que prometem esquentar ainda mais a cidade dos quarenta e tantos graus.

Sobre o Rio de Janeiro

A diversidade deslumbrante do Rio não está somente na formação geonatural de seu “mar e floresta”. O cartão postal do país, lembrado por essas atrações e pelo melhor carnaval do mundo é também um dos mais belos centros urbanos já vistos, configurando a região como metrópole continental, um dos principais centros econômicos e culturais do país.

Fundada em 1565, o Rio foi abençoado pelo nome do mais místico rei de Portugal: D. Sebastião. Os portugueses habitaram este povoado, que foi sede do governo português durante todo o período colonial e a capital brasileira de 1822 a 1960, palco de quase todos importantes momentos políticos, sociais e culturais brasileiros até então.

Em um país de civilização jovem como o Brasil, uma cidade de quatrocentos e quarenta e cinco anos representa um patrimônio que deve ser zelado pelos brasileiros. Por circunstâncias várias, o Rio sempre foi uma região aberta a todos. E é aí que reside a sua principal característica: a alma carioca da cidade, conhecida pelo humor e pela espontaneidade. Ser carioca é um estado de espírito, não uma denominação.

Do Leme ao Pontal, as cores e formas da nossa cultura trazem o peso da cidade maravilhosa. Tom Jobim e Vinícius de Moraes, por exemplo, se serviram dos cenários do Rio para desenhar a bossa nova, um dos gêneros musicais brasileiros consagrados mundialmente e uma referência para várias gerações de artistas. João Cabral, na Praia do Flamengo, Manuel Bandeira, na Glória, e Carlos Drummond de Andrade, em Copacabana fizeram versos e prosas declarando amor e paixão, além de reverência pela capital fluminense. Pancetti e Sylvio Pinto, com suas marinhas, retrataram o litoral da cidade, do cais do porto a Grumari, em um contorno quase feminino de suas praias e morros.

Falar do Rio de Janeiro é falar de multiplicidade. Uma cidade que revive o passado e se reflete no presente com a mesma doçura e ilusão, através de prédios antigos, da Lapa com cara de amores perdidos, de gente comum, artistas renomados, de samba no pé e de copos gelados. Escadarias de azulejos coloridos e poliglotas, conjuntos de pessoas encantadas de todo o mundo, morro e asfalto fazem parte do ecletismo singular e fenomenal que só o Rio sabe bancar.

Confira alguns dados da cidade:

Área: 43.696,1 km2.

Relevo: planície litorânea com morros, lagos, várzeas e dunas e planalto a oeste.

Ponto mais elevado: pico das Agulhas Negras, na serra do Itatiaia (2.789 m).

Rios principais: Paraíba do Sul, Macaé, Muriaé, Piraí, Grande.

Vegetação: mangue no litoral e mata Atlântica, floresta tropical.

Clima: tropical atlântico.

Municípios mais populosos: Rio de Janeiro (6.136.652), São Gonçalo (973.372), Duque de Caxias (855.010), Nova Iguaçu (844.583), Belford Roxo (489.002), Niterói (476.669), São João de Meriti (466.996), Campos dos Goytacazes (429.667), Petrópolis (310.216), Volta Redonda (258.145) – 2006.

Hora local: a mesma de Brasília.

Habitante: fluminense. Apesar de carioca ser o gentílico da cidade do Rio, ultimamente o termo tem sido muito usado para designar também quem é natural do Estado do Rio.

Bandeira: estrela Beta do Cruzeiro do Sul (ß = Mimosa).

O Rio de Janeiro é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Situa-se na porção leste da região Sudeste, tendo como limites os estados de Minas Gerais (norte e noroeste), Espírito Santo (nordeste) e São Paulo (sudoeste), como também o Oceano Atlântico (leste e sul). Ocupando uma área um pouco maior que a Dinamarca, muitas cidades destacam-se devido à forte vocação turística: Angra dos Reis, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Nova Friburgo, Penedo (distrito de Itatiaia), Paraty, Petrópolis, Rio das Ostras, Saquarema, Teresópolis, Sumidouro, entre tantas outras.

Patricia Blumberg, para a página da 7ª Bienal da UNE

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Juventude e desenvolvimento: uma nova agenda para um novo tempo

Danilo Moreira*

Nos últimos oito anos experimentamos um momento especial na história do Brasil. Sob a liderança de um presidente com trajetória fortemente ligada aos movimentos sociais, uma série de temas, antes vinculados exclusivamente à luta destes movimentos, passaram a fazer parte da agenda do Estado Brasileiro.

Por meio da criação de Secretarias Especiais, aprovação de leis, implementação de programas governamentais, instalação e fortalecimento de conselhos e realização de conferências, temas como direitos humanos, diversidade sexual, juventude, pessoas com deficiência, igualdade racial e mulheres tornaram-se objeto de políticas públicas, demonstrando que era possível avançar na democratização do Estado, incorporando as demandas por direitos de parcelas significativas da sociedade brasileira.

De uma maneira geral as políticas públicas voltadas para estes segmentos priorizaram ações voltadas ao enfrentamento de situações de extrema vulnerabilidade social a que estavam submetidos estes grupos. Violência contra a mulher, acessibilidade, cotas raciais, combate a homofobia e inclusão social de jovens, só para citar alguns temas, felizmente ganharam destaque no debate público e nas ações de governo.

Tais prioridades são compreensíveis e tornam-se ainda necessárias se considerarmos o abismo social existente no Brasil em 2003 e que ¾ mesmo com grandes avanços nos último anos ¾ ainda é uma realidade. Não é mera coincidência que uma das prioridades do Presidente Lula em 2003 foi o combate à fome e um dos principais compromissos da presidente eleita, é a erradicação da miséria; dois estágios diferentes da luta contra as desigualdades sociais.

Talvez tenha sido a combinação entre inclusão e mobilidade social o fator determinante para que a maioria da população brasileira apostasse na continuidade do projeto iniciado por Lula, elegendo Dilma Rousseff para a Presidência da República. Em oito anos, 24 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 36 milhões ascenderam a classe média. Tal situação está inserida em um ambiente economicamente favorável, de fortalecimento da democracia e de surgimento de oportunidades que permitem o país planejar o seu futuro.

Afinal de contas, a economia em crescimento, um inegável processo de distribuição de renda, as riquezas que podemos extrair com petróleo na camada pré-sal, as possibilidades de melhorias do espaço urbano que poderão ficar como legado da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o ambiente de liberdades democráticas e participação popular não são a projeção de um futuro idealizado, são elementos da nossa realidade e fruto de uma ação consciente das forças políticas que lideraram o Brasil nos último oito anos e que conquistaram nas urnas o direito de seguir liderando nos próximos quatro anos.

E é exatamente no contexto de um novo ciclo político que se desenvolverá a partir de 2011, que devemos analisar a necessidade da afirmação de um novo paradigma para as políticas públicas de juventude. É indispensável a continuidade de ações que visem o enfrentamento de situações de vulnerabilidade social, da mesma maneira que é oportuno um enfoque diferenciado quando pensarmos em políticas para este segmento populacional.

Se no governo Lula iniciativas como o Projovem, Prouni, Pronasci e extensão do benefício do bolsa família para jovens adolescentes foram a expressão de uma política pública fortemente voltada para a inclusão social, no próximo governo, esta visão, que prioriza ações para o desenvolvimento da juventude deve ser ampliada e complementada.

Segundo dados do IBGE e projeções do IPEA, temos hoje a maior população jovem da nossa história em termo absolutos. Algo em torno de 50 milhões de brasileiros e brasileiras entre 15 e 29 anos. Por outro lado temos, neste momento histórico, um número proporcionalmente reduzido de crianças e idosos, em relação a população em idade ativa, o que proporciona uma baixa taxa de dependência econômica. Os especialistas chamam esta situação especial de bônus demográfico.

Ocorre que a partir de 2030 esta tendência se inverterá pois, fruto das decrescentes taxas de natalidade e do aumento da expectativa de vida, teremos cada vez menos pessoas em idade ativa e cada vez mais dependentes especialmente idosos. Ou seja, os próximos 20 anos serão cruciais se quisermos aproveitar este bônus demográfico e explorar cada vez mais o nosso potencial de crescimento.

Por isso que cada ação voltada pra formação educacional e científica, de inclusão econômica e cidadã da juventude hoje, não está simplesmente relacionada aos direitos individuais de uma parcela da população. Tal investimento está umbilicalmente ligado com o desenvolvimento do país. Por isso, mais do que nunca, temos que desenvolver programas em grande escala, sem descuidar da qualidade e de mecanismos de avaliação que incluam os próprios jovens participantes destas políticas e programas.

Podemos aproveitar a força simbólica das políticas públicas de juventude para impulsionar o debate sobre qual modelo de desenvolvimento queremos para o nosso país. Para quem e para que dever ser revertido os frutos deste desenvolvimento, quais formas e métodos de fazer política para viabilizar a construção deste projeto e, acima de tudo, como estas questões podem adquirir um significado para ação coletiva, cotidiana e transformadora para milhões e milhões de jovens brasileiros.

Temos diante nós uma grande oportunidade para afirmar um novo paradigma que aposte na capacidade e no potencial da juventude. Que ao aproveitar este bonus demográfico, integre as políticas públicas para este segmento, com uma estratégia de crescimento econômico ambientalmente sustentável, nos marcos da sociedade do conhecimento, de promoção da justiça social, de valorização da cultura, da extrema necessidade de uma reforma e renovação da política, enfim, que aposte firmemente em uma política de juventude para o desenvolvimento.

*Danilo Moreira é historiador, Secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude e foi presidente do Conselho Nacional de Juventude – Conjuve.


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