sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Movimento dos Sem-Mídia marca protesto à frente da 'Folha'

A organização não-governamental Movimento dos Sem-Mídia (MSM), fundada em 2007 e presidida por Eduardo Guimarães, vai organizar um ato contra a Folha de S. Paulo no dia 7 de março, sábado, às 10 horas. A manifestação vai ocorrer em frente à sede do jornal, na rua Barão de Limeira, em protesto contra o uso do termo “ditabranda” pela Folha.

Em editorial publicado no último dia 17, o jornal da família Frias desqualificou a Revolução Bolivariana de Hugo Chávez, em favor do regime militar no Brasil. Segundo o texto, “as chamadas ‘ditabrandas’ — caso do Brasil entre 1964 e 1985 — partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça”.

A vergonhosa defesa da ditadura provocou uma enxurrada de cartas e e-mails de protesto ao jornal — que não só reiterou sua posição como também qualificou como também classificou como “cínica e mentirosa” a indignação dos professores Fábio Konder Comparato e Maria Benevides.

O ato à frente da Folha foi comunicado por Eduardo Guimarães no blog Cidadania.com. “É uma iniciativa que não pretende nem precisa reunir uma grande multidão para protestar contra essa perniciosa revisão histórica de um fato que, a meu juízo, deveria equiparar-se ao Holocausto nazista”, registrou Guimarães. “Entre o número dos que confirmaram que participarão do ato e dos acompanhantes que pretendem levar consigo, já temos perto de 40 pessoas.”

Segundo o Cidadania.com, entre as adesões ao protesto já constam o Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, além de professores da USP e da Unicamp.




Vale a pena conferir também o artigo do Osvaldo Bertolino: A “ditabranda” da Folha vista com lupa


A Estrada vai além do que se vê!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

29


Uma homenagem ao amigo que conheço há mais tempo: meu irmão Rodrigo, aniversariante do dia!


Muitas felicidades, paz e sucesso!


A Estrada vai além do que se vê!

I have to go now

E o carnaval acabou. Pra uma boa parte do povo brasileiro 2009 começou hoje, pro restante só segunda-feira que vem.

O “Sapucaia na Folia” foi um sucesso!

Muita música, diversão e criatividade foram a marca desses dias na “ilha de Lost”. Personagens, que apareciam e desapareciam a todo instante, deixavam sua marca na chácara entranhada na serra mais famosa de nossa cidade.

É impossível listar todos os que passaram por lá, mas o “elenco fixo” foi: Bárbara, Lu, Débora, Kinha, Jenifer, Maria Tereza, Roberta, Bill, Carlin “Cachaça”, Danniel Brown, Daniel Risada, o “Bloco da EP”, além deste que vos fala. Sem esquecer da participação mediúnica de Marçal.

Um grande abraço a tod@s e um agradecimento muito especial à Débora Guedes e Bárbara Junqueira que me fizeram o convite.

Fiquem com alguns flashes da festa e até o ano que vem!


A Estrada vai além do que se vê!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Reinado de momo


Deus me fez assim filho desse chão
Sou povo, sou raça... miscigenação
Mangueira viaja nos brasis dessa nação
O branco aqui chegou
No paraíso se encantou
Ao ver tanta beleza no lugar
Quanta riqueza pra explorar
Índio valente guerreiro
Não se deixou escravizar, lutou...
E um laço de união surgiu
O negro mesmo entregue a própria sorte
Trabalhou com braço forte
Na construção do meu Brasil


É sangue, é suor, religião
Mistura de raças num só coração
Um elo de amor à minha bandeira
Canta a Estação Primeira


Cada lágrima que já rolou
Fertilizou a esperança
Da nossa gente, valeu a pena
De Norte a Sul desse país
Tantos brasis, sagrado celeiro
Crioulo, caboclo, retrato mestiço,
De fato, sou brasileiro!
Sertanejo, caipira, matuto... sonhador
Abraço o meu irmão
Pra reviver a nossa história
Deixar guardado na memória... o seu valor


Sou a cara do povo... Mangueira
Eterna paixão
A voz do samba é verde e rosa
E nem cabe explicação


Um folga para curtir o carnaval.


Voltamos na quinta-feira da semana que vem.


Boa folia a tod@s!


A Estrada vai além do que se vê!

A barriga da Globo quase compromete o Brasil

O Brasil viveu momentos intensos de angústia alimentados por uma imprensa irresponsável, que nos levou ao ridículo

Por Rui Martins*

A moça brasileira tinha seus problemas e provavelmente se autoflagelou. É triste.

Mais triste é o quadro da nossa imprensa irresponsável que mobilizou o país, levou o ministro das relações exteriores Celso Amorim a criticar um país amigo e Lula a quase criar um caso diplomático. É hora de denunciar a nossa grande imprensa sem deontologia, sem investigação, que afirma e desafirma sem qualquer cuidado e sem checar as notícias.

A agressão racista contra Paula Oliveira não foi um noticiario iniciado em Zurique, local da suposta agressão. Estourou no Brasil, detonada por um pai – e isso é muito compreensível – preocupado com sua filha distante. E a maior rede de televisão do Brasil, a Globo, vista por mais de uma centena de milhões de brasileiros, não teve dúvidas em transformar o caso na grande manchete do dia, fazendo com que outros milhões de brasileiros, no Exterior, já acuados pela Diretiva do Retorno, se solidarizassem e imaginassem passeatas e manifestações.

Essa é a maior barriga da história do nosso jornalismo, que revela o descalabro a que chegamos em termos de informação ou desinformação. Equivale ao conto do vigário do Madoff, ou das subprimes do mercado imobiliário americano. Só que o Madoff está preso, mesmo sendo prisão domiciliar e vivemos uma crise econômica, em consequência dos desmandos dos bancos americanos. Mas o que vai acontecer com a televisão Globo e todos quantos foram atrás ? Nada, vai ficar por isso mesmo.

Como um órgão de imprensa de tanta penetração pode se permitir divulgar com estardalhaço um noticiário de muitos minutos, reproduzido online, repicado por jornais, rádios e copiado por outras televisões sem primeiro checar no local? Que jornalismo é esse que se faz sem qualquer investigação, sem se ouvir as partes envolvidas? Sem deslocar antes um reporter para Zurique e entrevistar também o policial responsável pela ocorrência? Sem ouvir a própria envolvida, fiando-se apenas no relato de um pai desesperado? Sem pedir a opinião de um especialista em ferimentos e escoriações?

Quem vai pagar o dano moral causado a essa jovem, que sem querer se tornou primeira página nos jornais? Quem vai desfazer o ridículo a que se submeteu o nosso ministro Celso Amorim, que, baseado num noticiário de foca em jornalismo, sem ouvir acusação e acusado, ofendeu um país amigo exigindo que prestasse contas em Brasília por um noticiário tipo cheque sem fundo? Quem assume o fato de quase levar nosso presidente a ficar vermelho de vergonha por se basear em noticiário sem crédito, com o mesmo valor de uma ação do banco Lehmann?

E mais – o dano sofrido pela Suíça, em termos de imagem, justamente quando seu povo tinha justamente votado em favor dos imigrantes , quem vai reparar?

Essa barriga da Globo, secundada pela grande imprensa, é prova do que se vem dizendo há algum tempo – não há credibilidade nessa mídia. Publica-se, transmite-se qualquer coisa, e quanto mais sensacionalista melhor. Não há responsabilidde no caso de erros, de noticiário mentiroso, vale tudo, o papel aceita tudo, a televisão transmite qualquer coisa, desde que dê Ibope – e existe melhor coisa que nacionalismo ofendido? É o que os franceses chamam de "presse de boulevard", mentirosa, tendenciosa, com a opinião ao sabor das publicidades. Sem jornalismo investigadivo, sem confirmar as fontes, sem ouvir as opiniões divergentes.

Vão pedir a cabeça do redador-chefe? Não, assim que se recuperarem da barriga, da irresponsabilidade cometida, da vergonha diante dos colegas, vão jogar tudo em cima da pobre jovem, que deve ter seus problemas e que a nós não compete saber, isso é vida privada, não é Big Brother.

É essa mesma imprensa marrom, que induz nossos dirigentes ao erro, que também publica qualquer coisa contra o quer chamam de “assassino desalmado” Cesare Battisti. A irresponsabilidade da imprensa é o pior inimigo da liberdade de imprensa, porque pode provocar reações legislativas limitando os descalabros cometidos.

Escrever num jornal, falar numa rádio ou numa televisão e mesmo manter um blog constitui uma responsbilidade social. Não se pode valer dessa posição para se difundir boatos, nem inverdades, nem ouvir-dizer, é preciso ir checar, levantar o fato, mencionar ou desfazer as dúvidas e suspeitas existentes. É também preciso se garantir o direito de ser mencionada a versão da parte acusada para evitar a notícia tendenciosa.

A barriga da Globo vai ficar na história do nosso jornalismo, será sempre lembrada nos cursos de comunicação, tornou-se antológica, e nela estão entalhadas, por autoflagelação, as palvras que a norteiam – sensacionalismo, irresponsabilidade e abuso do seu poder.

Existem, sim, problemas contra nossos emigrantes em diveros países, principalmente depois da criação da Diretiva do Retorno pelo italiano Silvio Berlusconi. Diariamente brasileiros são presos e mandados de volta, na Espanha, mas isso não mobiliza a nossa imprensa, não dá Ibope.


*Rui Martins é ex-correspondente do Estadão e da CBN, após exílio na França. É autor de O Dinheiro Sujo da Corrupção, sobre a Suíça e Maluf. Vive em Berna, na Suíça, colabora com vários jornais.



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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Cultura Viva

Ministério da Cultura - edital para pontos de cultura de Minas

O Ministério da Cultura lançou em dezembro de 2008 o edital Pontos de Cultura de Minas Gerais, com o objetivo de apoiar, por meio de repasse de recursos financeiros do Programa Mais Cultura - Pontos de Cultura, projetos de instituições da sociedade civil sem fins lucrativos, de caráter cultural, ou com histórico de atividades culturais; instituições que atuem na produção artístico-cultural há pelo menos dois anos, contribuindo para a inclusão social, a construção da cidadania, seja através da geração de emprego e renda, seja por meio de ações de fortalecimento das identidades culturais.

O edital que foi prorrogado até março de 2009, propõe a criação de 100 pontos de cultura em todo o Estado. O projeto deverá atender: estudantes da rede pública de ensino; crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade social; população de baixa renda, moradores em áreas com precária oferta de serviços públicos e de cultura, tanto nos grandes centros urbanos, como nos pequenos municípios; e portadores de deficiências.

A instituição que desejar participar desta seleção deverá enviar sua proposta no período de 12 de janeiro a 20 de março de 2009 à Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais.

Para mais informações, confira o edital no site do Ministério: http://www.cultura.gov.br/site/2008/12/22/edital-pontos-de-cultura-de-minas-gerais/

Com informações do Caderno Vermelho Minas

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Pau na maquina e fé no pequi

O Grito Rock, maior festival integrado da América do Sul, é realizado pela primeira vez em Montes Claros e vem sendo uma opção a mais para quem não está afim de carnaval.

Nos dias 27 e 28 de Fevereiro, doze bandas entre locais, estaduais e nacionais apresentarão ao público muito rock em seus diversos estilos.

Bandas de hardcore, metal, punk, alternativo, instrumental, experimental entre outros estilos poderão ser vistos no Grito Rock Montes Claros que acontecerá no Ginásio Ana Lopes (ginásio do Parque Municipal), a partir das 19 horas.

Com realização do Coletivo Retomada e Circuito Fora do Eixo, o Grito Rock Montes Claros vem pra ficar e fincar a idéia de que a música independente vem conquistando cada vez mais seu espaço, apoio e adeptos.

O Grito Rock Montes Claros é uma ótima oportunidade de conhecer novos estilos, novas idéias e novas manifestações musicais.

Saiba mais sobre o Grito Rock América do Sul: www.foradoeixo.org.br/gritorock

Para saber mais sobre o Grito Rock Montes Claros visite: http://www.retomadamoc.blogspot.com/

Programação:

Dia 27/02 - sexta
Tetrex (Montes Claros – MG) http://bandasdegaragem.uol.com.br/hotsite/index.php?id_banda=13008

N3cr (Várzea Grande – MT) www.myspace.com/n3cr


O Garfo ( Fortaleza – CE) www.myspace.com/ogarfo

Soprones (Montes Claros – MG) www.myspace.com/soprones

Snorks (Cuiabá – MT) www.myspace.com/snorksmt


Dia 28/02 - sábado
Manolos Funk (Vespasiano – MG) www.myspace.com/manolosfunk

Metal Carnage (Uberlândia – MG) www.myspace.com/metalcarnagethrash

Aura (Divinópolis – MG) www.myspace.com/auraindie

Umeazero (Montes Claros – MG) www.myspace.com/umeazero

4 (Sabará – MG) www.myspace.com/4instrumental

Kidzilda (São Simão – SP) www.myspace.com/kidzilda




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Estudantes em movimento

Parte da nova diretoria do DCE

Diálogo com a direção da Unimontes destacado na posse do DCE

“A construção da universidade pública se faz com o diálogo”. A afirmação foi feita pelo reitor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), professor Paulo César Gonçalves de Almeida, ao participar da solenidade de posse da nova diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE), na última quinta-feira (12). O acadêmico Daniel Dias da Silva assumiu a presidência da entidade estudantil, em substituição ao acadêmico Diego de Macedo Fróes.

Reiterando a manifestação de orgulho pelo fato de já ter sido diretor do DCE, o professor Paulo César de Almeida aproveitou para renovar a disposição de preservar o diálogo a reitoria e o Diretório. “Eventuais divergências não podem ser obstáculo para sentarmos à mesma mesa e buscarmos soluções para questões de interesse comum. A história dessa universidade se constrói com a união e a soma de esforços”, ressaltou o reitor.

O novo presidente do DCE, Daniel Dias da Silva, disse que sua meta é contar com a participação de todos os universitários na busca pelos direitos da categoria. “Uma das nossas propostas é manter boas relações com o Poder Público Estadual e Municipal”, acrescentou.

Ao se despedir da direção da entidade, o ex-presidente do DCE, Diego de Macedo Fróes, também enfatizou o bom relacionamento com a direção da universidade. A questão foi ressaltada, ainda, pelo representante da União Nacional dos Estudantes (UNE), Danniel Coelho, que elogiou o professor Paulo César de Almeida “por manter sempre as portas abertas para receber os estudantes”.

Além dos integrantes da diretoria do DCE, participaram da solenidade a presidente da Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), professora Marise Fagundes Silva; e o secretário-adjunto de Juventude da Prefeitura de Montes Claros, Igor Gustavo Dias, entre outros convidados, acadêmicos e professores.

Da Assessoria de Comunicação da Unimontes

Em breve entrevista com o presidente do DCE, Daniel Dias


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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Voo


E Piti saiu de sua gaiolinha e foi voar pra longe.


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O cabedal

Existem textos que te atingem e seduzem imediatamente. Esse eu achei no ótimo Blog "Já matei por menos" da talentosa Juliana Cunha.

Deliciem-se.


Sendo filha de bibliotecária, eu jamais abro um livro em um ângulo superior a 90º. Jamais. Sendo descendente de visigodos, meu chefe dobra os livros inteiramente, até que a brochura ceda como uma civilização em queda. Como uma pobre Grécia diante dos romanos: frágil e superior. O irmão dele chega a dilacerar livros para que fiquem mais fáceis de serem transportados. Dói em minha alma de filha de bibliotecária e trabalho para manter os meus livros longe de suas mãos imundas e os livros deles sob a tutela calorosa de minha estante. A justificativa comum dos destroçadores de livros é que, mesmo dobrado, amassadinho e com manchinhas de Nescau, o livro continua podendo ser lido. Ok. Digamos que a sua filha depois de arranhada continue servindo para os propósitos básicos. Mas está arranhada. Digamos que a sua 2.55 com o couro manchado continue guardando seus pertences. Mas está manchada.

Eu não transporto livros sem proteção. Deixá-los soltos na mochila amassa as bordas, então, sempre coloco em saquinhos, de preferência de pano, daqueles que embalam sapatos. Na minha casa há vários livros que parecem ter acabado de sair da livraria. São os livros que somente eu li, sem emprestar a ninguém e sem comprar em sebos. Livrarias também merecem restrições. Eu nunca peço um livro ao vendedor. Eu quero que ele aponte onde estão todos os exemplares daquele livro, porque eu evidentemente preciso escolher o que estiver com menos sinais de transporte e de terem sido folheados por ostrogodos. Se o vendedor me der o mínimo de espaço, peço para ir ao estoque. Eu gosto de livros. Definitivamente não é uma relação apenas com o conteúdo. Gosto tanto de livros que mal tenho tempo para lê-los. Minha mãe também ama livros, mas ela não é fisicamente apegadas a eles. Ela e suas amigas bibliotecárias, incluindo a minha madrinha, acham que sou egoísta por manter meia dúzia de exemplares comigo. Quando era mais nova conseguiram até me convencer a doar os livros que já tinha lido, o que me fez chegar a essa idade com pouquíssimos livros. Para meu total desgosto, tenho pouco mais de cem volumes.

Quando era adolescente, tinha muito pouco dinheiro em meu poder (R$ 50 mensais) e minha mãe não via grande sentido em me dar livros se eu podia pegar emprestado da biblioteca. Era sempre difícil convencê-la de que eu queria um livro específico que não tinha na biblioteca, um lançamento. “Mas você por acaso leu todos os livros da biblioteca? Por que precisa comprar esse? Daqui a um tempo ele também estará na biblioteca e você vai ler”. Realmente não era pão-durismo ou pobreza excessiva (embora também fosse pobreza, afinal, acorda aí, bibliotecárias são pobres), ela simplesmente achava um consumismo e um imediatismo bestas. Além disso, a biblioteca tinha os clássicos e pra que diabos uma adolescente precisaria ler um lançamento antes de ler Macbeth? Desta forma, com uns onze anos, comecei a aplicar um golpe nas livrarias que perdurou até os dezessete anos. Todo mês eu comprava um livro de até R$ 30, lia e trocava por outro livro, depois por outro, depois por outro. Até que acabava o mês e o prazo para troca. Então, chegava outra mesada e eu fazia a mesma coisa. A nota fiscal funcionava como um cartão da biblioteca com validade de um mês. Cartão de uma biblioteca com todos os lançamentos. Confesso com algum embaraço que guardava a nota fiscal em um porta-documentos, como se de fato fosse um cartão. Paralelamente a isso havia o velho golpe de ler livros inteiros no sofá da livraria, mas esse a humanidade inteira aplica. E tinha também o golpe burro, o golpe em mim mesma, que é quando queria muito desesperadamente um livro e, então, vendia três ou quatro em um sebo para conseguir comprá-lo. Em geral essa burrice era cometida por causa de séries ou porque eu ficava paralisada em um único autor. Foi assim com As Brumas de Avalon, A Bicicleta Azul, Senhor dos Anéis e os demais do Tolkien, com os livros de Milan Kundera, Jostein Gaarder, John Fante e absolutamente foi assim com Harry Potter. Lançamento de Harry Potter envolvia Juliana louca em casa clamando por dinheiro para comprar na pré-venda, clamando por autorização para ir até a livraria quando o shopping ainda não estava aberto e lendo no carro com a lanterna de emergência que depois foi solicitada para seu uso natural (problemas mecânicos) durante uma viagem de São João e que, evidentemente, já não tinha pilhas.

Mas nem tudo é pesar nessa vida de filha/afilhada de bibliotecárias. Quando Rowling lançou "Quadribol através dos séculos", minha madrinha Hozana trabalhava em uma escola na Pituba e fez etiquetas com a mesma ameaça que Irma Pince, bibliotecária de Hogwarts, faz na primeira página do livro: "Se você remover folhas, rasgar, picar, vincar, dobrar, deformar, desfigurar, sujar, manchar, jogar, deixar cair ou de qualquer outra maneira danificar, maltratar ou demonstrar falta de respeito com este livro, sofrerá as piores consequências que eu puder lhe infligir". Hoje Hozana é chefe da biblioteca de São Lázaro, na UFBa, e volta e meia me salva a pele arrumando algum livro.

O livro que mais amo aqui em casa chama-se “Manual prático de bruxaria – Em onze lições”, de Malcolm Bird. Hoje ele é vendido a R$ 15 reais no Sebo do Messias, mas há treze anos atrás, quando eu o encontrei em uma dessas feiras de livros que as escolas organizavam (e onde as editoras davam golpes baixos nos pais), era caríssimo e tive que fazer muito beicinho para arrancá-lo dos meus pais. Hoje o Manual Prático fica na prateleira de cima da estante, com os livros caros e os presentes significativos, mas, por mim, bem que podia ficar em uma redoma de vidro blindado.

Blog novo: Mesma postagem no outro blog.

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Sabedoria


Mais uma surrupiada do Blog do Diniz Sena:

As melhores frases de Homer Simpson

"A culpa é minha, eu coloco ela em quem eu quiser."

"Não costumo ser um homem religioso, mas se tu estás lá em cima, me salva, Super-homem!"

"Você pode ter todo o dinheiro do mundo, mas há algo que jamais poderá comprar: um dinossauro."

"Eu sei que eu não tenho sido um bom cristão, geralmente quando você está no seu blá blá blá, eu estou desenhando ou despindo mentalmente as paroquianas, mas me empresta U$40,000?"

"Ele já sabe como gosto do meu drinque: com muito álcool!"

"Álcool: a causa e solução de todos os problemas."

"Cala a boca, pensamento, ou te enfio uma faca."

"Marge: Podemos ter outro bebê?
Homer: Não!! Ainda não perdi o peso que ganhei com o último!"

"Deus, se quiseres que eu coma as oferendas não se manifeste de nenhuma maneira... Tua vontade será feita."

"Se alguma coisa está difícil de ser feita, é porque não é para ser feita"

"A tentativa é o primeiro passo para o fracasso."

"Existem três frases curtas que levarão sua vida adiante: 'Não diga que fui eu!', 'Oh, boa idéia, chefe’ e ‘Já estava assim quando cheguei.’"

"As respostas para todos os problemas da vida não estão no fundo de uma garrafa, estão na TV!"

"Por favor, não me coma! Eu tenho mulher e filhos. Coma eles!"

"Homer: Certo, cérebro, eu não gosto de você e nem você de mim, então faça tudo certo, pelo menos uma vez, para que eu possa continuar te matando com cerveja, certo?
Cérebro: "Negócio fechado!"

"Eu não estava mentindo! Estava escrevendo ficção com a boca."

"Estamos indo para o sol? Mas o sol é o lugar mais quente da terra!"

"Crianças, vocês tentaram e falharam humilhantemente. A lição que vocês podem tirar disso é: não tentem jamais".


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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Venceremos


Ver a cara de choro do Hermano Henning dando a notícia no Jornal da Globo de ontem não tem preço.

Update: A imagem acima foi "surrupiada" do Blog do Diniz Sena.


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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Festa

Daniel Dias e Diego de Macedo na transmissão de cargo ocorrida na última segunda-feira

Ainda em ritmo de férias, passo por aqui pra deixar um convite pra galera.

Hoje vai rolar a Festa da Posse da nova diretoria do DCE da Unimontes. A partir das 20 horas, em frente à sede da entidade, no Campus Universitário Darcy Ribeiro, teremos shows com Marcelo de Paula e de Matheus Nani & O Profeta, além de vinho a vontade pra moçada se divertir.

Quem quiser bater um papo legal apareça!

Volto em definitivo na semana que vem.

Saudações!


A Estrada vai além do que se vê!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Hiato 2


Mais um tempinho descansando. Em breve, voltamos de vez pra encarar 2009.


A Estrada vai além do que se vê!