sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Weekend warrior

Bom dia moçada. Fim de semana chegando e voltamos com algumas dicas pra encerrar bem o mês de agosto.

O evento mais aguardado do fim de semana é o 1º Motorock, que rola amanhã, a partir do meio dia, na Praça de Esportes. O evento, que unifica o Encontro de Motociclistas e o Agosto Pro-Rock, trará em sua primeira edição os "dinossauros do rock", Made in Brazil. Banda paulistana pioneira do rock brazuca nos anos 70, o Made in Brazil vem a Montes Claros trazer seu vasto repertório construído em muitos (e bota muitos nisso) anos de estrada. Além do Made in Brazil, irão se apresentar diversas bandas aqui da terrinha, entre elas o Capitão Turco, Novos Ares, Sabbothage (Black Sabbath cover), Herdeiros do Trono (Beatles cover), Lordrock's (Pink Floyd cover), Cabal, e os históricos Elthomar Santoro e Wagner Black. O evento é uma promoção do Moto Grupo Lobos do Cerrado e os ingressos estão a venda na San Jorge Jeans, na drogaria Minas Brasil matriz e na Photo Express. Os 300 primeiros a comprarem o ingresso ganham uma camisa do evento.

Estaremos lá pra conferir!

Outra dica que reiteramos é a peça "Deus é amor... mas, também, é humor!" em cartaz no Colégio Marista São José de quinta a domingo.


Bom moçada, por enquanto é só, bom fim de semana e divirtam-se sem moderação!


A Estrada vai além do que se vê!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ministro do STF vota a favor dos povos indígenas

Índios da Raposa Serra do Sol vencem a primeira batalha

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto, relator da ação que solicitava o fim da demarcação de forma contínua da reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, votou a favor dos povos indígenas. Com o pedido de vista feito pelo ministro Menezes Direito, o presidente do STF, Gilmar Mendes, disse que quer concluir o julgamento até o final deste semestre.

As 108 páginas do voto do relator consumiram mais de uma hora de leitura. Ayres Britto fez uma análise minuciosa de todas as contestações feitas nas ações que solicitavam a demarcação em ilhas, o que beneficiaria um grupo de seis arrozeiros que ocupa uma área na reserva onde vivem cerca de 19 mil índios em 1,7 milhão de hectares.

O relator afirmou que a demarcação contínua em nada compromete a integridade do estado, a soberania na faixa de fronteira e as presenças das Forças Armas e da Polícia Federal no local. Concluiu que o fato de o Estado não estar mais presente na região não é culpa dos índios. Enfatizou que é obrigação do poder público estar no local.

“O pedido de vista feito pelo ministro Menezes Direito é uma possibilidade regimental, feita pela dimensão do voto do relator. É perfeitamente compreensível e acreditamos que da sua análise, como ministro competente e estudioso, deverá ter elementos para acompanhar o voto do relator. É o que esperamos”, disse Paulo Guimarães, um dos advogados que defendeu os povos indígenas no julgamento.

Pela manhã, foram feitas as defesas das partes. O advogado Francisco Resek, que representou o Governo de Roraima, disse que a União trata o Estado como seu quintal, como antigo território federal que era. “O Estado possui pouco mais de 10% do seu território, o aluno da escola primária quando vê Roraima no mapa pensa que aquilo é um Estado, não é”, disse.

Com base na Constituição, o advogado-geral da União, José Antonio Toffoli disse que “a terra indígena é propriedade da União, ou seja, propriedade de todos nós”. Segundo ele, é uma mentira a alegação de que a paralisação da produção de arroz naquele local traria problema para a economia do Estado. Falou que mesmo considerando os 10% de território, a área ainda seria maior que o Estado de Sergipe.

Disse que, como já foi demonstrado, os índios produzem “Eles têm a maior criação de gado do Estado, têm capacidade, de uma vez tomando posse daquelas áreas, produzir arroz tanto quanto os particulares”, argumentou Toffoli.

Advogada-índia usa tribuna do STF

Considerado um momento histórico para o país, pela primeira vez uma advogada-índia sobe à tribuna do STF para fazer a defesa do seu povo. Bastante emocionada e nervosa, Joênia Batista de Carvalho, da etnia wapixana, disse que já retiraram deles o município de Normandia e a sede Uiramitã. “Pedaços e pedaços estão tirando e, amanhã, como ficará isso?”.

Ela também é a primeira índia a forma-se em advocacia no Brasil. “Somos cerca de vinte formados no país inteiro, e apenas sete têm carteira da Ordem dos Advogados do Brasil”, lembrou Joênia Batista que sempre legislou a favor dos povos indígenas. Atualmente ela é advogada do Conselho Indigenista de Roraima (CIR).

De Brasília, Iram Alfaia para o Portal Vermelho.


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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Brasil está abandonando a monocultura no esporte

“A participação do Brasil em Pequim foi boa. Estivemos duas vezes mais nas disputas finais (38), levamos a maior delegação da nossa história olímpica (277), batemos o número recorde de participação feminina (132) e houve a pulverização das modalidades (32). Estamos deixando a monocultura do esporte: não somos só o país do futebol”, avaliou o ministro do Esporte, Orlando Silva, durante a abertura do 1º Seminário Nacional da Lei do Incentivo ao Esporte, que contou com a participação de 600 pessoas interessadas em projetos esportivos e para-esportivos.

Existe um volume considerável de recursos — R$ 3 bilhões — que está deixando de ser aplicado no esporte brasileiro porque a maior parte dos projetos não está tecnicamente adequada à Lei de Incentivo ao Esporte. Sancionada em dezembro de 2006, a Lei permite que pessoas físicas e jurídicas deduzam do imposto de renda devido (até 6% e 1%, respectivamente) patrocínios e doações para projetos esportivos.

Alcino Reis Rocha, presidente da Comissão Técnica da Lei 11.438/06, diz que, por haver muitas dúvidas para montar projetos qualificados, o Ministério programou uma série de seminários, sendo o primeiro em Brasília, que começa hoje no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília.

Organizado pelo Ministério do Esporte, o 1º Seminário Nacional da Lei do Incentivo ao Esporte visa capacitar os interessados em captar recursos para investimento em projetos esportivos e para-esportivos. Esse é o primeiro dos vários seminários programados pelo país. Da mesa da solenidade de abertura também participaram o jogador de vôlei Giovane, Celso Babuto, diretor do Bradesco, a empresa privada que mais patrocinou projetos pela Lei de Incentivo, José Samuel Magalhães, gerente da Petrobrás, a empresa de economia mista que mais investiu no esporte utilizando o incentivo, Ana Cristina Cunha, diretora de patrocínio da Secretaria de Comunicação da Presidência da Republica, e Alcino Rocha. Os ex-atletas Rogério Sampaio (medalha de ouro no judô em 1992) e Ana Moser, do vôlei, também estavam na platéia composta por entidades, consultores e federações esportivas de 23 Estados.

Em 2007, foram captados cerca de R$ 55 milhões e, em 2008, R$ 8,4 milhões, ou seja, pouco mais de 20% do volume que poderia ser aplicado no esporte nacional. O seminário foi montado para esclarecer os detalhes da lei que permite acessar os recursos.

Lei de incentivo ao Esporte
Somente poderão apresentar projetos pela lei de incentivo ao esporte pessoas jurídicas, de direito público ou privado, com fins não econômicos e de natureza esportiva. No entanto, pessoas jurídicas que não tiverem natureza esportiva como exige a lei, podem se associar a entidades como federações esportivas para viabilizar o projeto. Serão considerados os projetos destinados à implementação, à prática, ao ensino, ao estudo, à pesquisa e ao desenvolvimento do esporte brasileiro que atendam a pelo menos uma das três manifestações desportivas previstas pela lei: a educacional, de participação e a de rendimento.

Os projetos de cunho educacional devem ter como público beneficiário alunos regularmente matriculados em instituição de ensino de qualquer sistema (mas pelo menos 50% devem ser da rede pública), evitando-se a seletividade e a hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer.

O desporto de participação é caracterizado pela prática voluntária de modalidades esportivas que contribuam para a integração dos praticantes no âmbito social, na promoção da saúde e da educação e na preservação do meio ambiente. Já o desporto de rendimento, praticado segundo as regras nacionais e internacionais, tem a finalidade de obter resultados, integrar pessoas e comunidades do País e estas com as de outras nações.

A capacidade técnico-operacional do proponente, a promoção da inclusão social e a inexistência de outros patrocínios são quesitos importantes na certificação dos projetos.

O que não pode?
Entre as iniciativas que não podem ser beneficiadas pela lei, vale destacar que estão vedadas aquelas que prevêem a remuneração de atletas profissionais em qualquer modalidade esportiva, assim como o pagamento de despesas relativas à manutenção e organização de equipes desportivas ou paradesportivas profissionais de auto-rendimento. Projetos em que haja comprovada capacidade de atrair investimentos independentemente dos incentivos da lei, ou cujo orçamento extrapole o permitido, também não serão aceitos.

Toda avaliação e aprovação dos projetos apresentados caberão a uma Comissão Técnica vinculada ao Ministério do Esporte, composta por seis membros, sendo três representantes governamentais indicados pelo Ministério do Esporte e três representantes do setor desportivo e paradesportivo, indicados pelo Conselho Nacional do Esporte.

O cadastramento de projetos será realizado pelo site do Ministério do Esporte. Só poderão ser apresentados até seis projetos por ano de uma mesma fonte.


Do Portal Vermelho


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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Inscrições para a Bienal da UNE vão até dezembro

Abertas as inscrições para a 6ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE

Evento receberá trabalhos de artes cênicas, música, literatura, ciência e tecnologia, cinema e artes visuais

Já pensou em participar do maior festival de arte estudantil da América Latina? Ter seu trabalho publicado, apresentá-lo para estudantes de todo o Brasil e ainda debater a formação e sentido do povo brasileiro com intelectuais, artistas e estudiosos, tudo isso regado a apresentações artísticas de todos os tipos? Pois então se prepare, porque a partir de hoje estão abertas as inscrições para a 6ª Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE.

O maior festival de arte estudantil da América Latina receberá trabalhos nas seguintes áreas: artes cênicas, música, literatura, ciência e tecnologia, cinema e artes visuais. Esta edição do evento terá a participação não apenas de universitários, mas também de secundaristas e pós-graduandos.

Para participar basta preencher o regulamento e enviá-lo, juntamente com o trabalho que será apresentado e o comprovante de pagamento da taxa de inscrição no valor de R$10,00, para o seguinte endereço: Centro Universitário de Cultura e Arte da Bahia, Av. Reitor Miguel Calmon, s/n. Vale do Canela - PAC (Pavilhão de Aulas do Canela) - CEP 40110-100 - Salvador, Bahia. Para as inscrições feitas por Correio será válida a data de postagem.

A divulgação dos trabalhos selecionados será feita pela internet, no sítio da UNE, a partir do dia 20 de dezembro de 2008, e os materiais enviados para julgamento não serão devolvidos.

O estudante que tiver seu trabalho selecionado para apresentação no evento estará isento do pagamento da taxa de inscrição. No caso de trabalhos coletivos, que forem selecionados, cada integrante deverá pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 10,00.

Para participar das atividades, o valor é de R$ 50,00. Os soteropolitanos pagarão uma taxa de R$ 30,00. Vale lembrar que o custo de alojamento não está incluído neste valor e que todos os inscritos na 6ª Bienal terão acesso às instalações, shows e demais atividades do evento.

Ao enviar seu trabalho para a 6ª Bienal da UNE, escreva no envelope a área escolhida. As inscrições que não contiverem todo o material solicitado no regulamento serão automaticamente eliminadas, portanto leia com atenção!

Não se esqueça de enviar a cópia do depósito bancário do valor da inscrição e o documento disponibilizando o trabalho sob a licença Creative Commons (modelo no site http://creativecommons.org/license/?lang=pt )

Garanta sua participação no maior festival de arte estudantil da América Latina. Inscreva-se e organize desde já sua Caravana rumo a Salvador!

Voltando à Bahia de todos os santos

A 6ª edição da Bienal vai comemorar o 10º aniversário do Festival e também marcará a volta do evento a Salvador, já que em 1999 aconteceu na capital baiana a primeira edição da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE, vinte anos após a UNE ter sido colocada na clandestinidade pela ditadura militar.

Outro fator marcante desta Bienal será a importância da cidade-sede em relação ao tema "Raízes do Brasil – formação e sentido do povo brasileiro", que pretende discutir a formação do povo brasileiro de um ponto de vista contemporâneo.


Da Redação do EstudanteNet.

Confiram também o Lançamento da Caravana da UNE em: http://br.youtube.com/watch?v=87GqJhVI5L8.


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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cidades Invisíveis na Rede Minas


Com a proposta de ampliar a formação dos profissionais do audiovisual e fomentar novos núcleos de produção no estado, por meio da interlocução entre Pontos de Cultura e emissoras afiliadas à Rede Minas de Televisão, será lançado hoje, às 18h, no Museu Inimá de Paula (R. da Bahia, 1201 - Belo Horizonte), o projeto "Cidades Invisíveis". A iniciativa é coordenada pela Rede Minas e as ONG Contato (Belo Horizonte) e Fábrica do Futuro (Cataguases), em parceria com o Ministério da Cultura, por meio do Programa Cultura Viva/Pontão de Cultura Digital. A abertura contará com a presença dos participantes, das entidades e organizações realizadoras e dos secretários do MinC, Célio Turino e Alfredo Manevy.
Inspirado no romance "Cidades Invisíveis" do escritor italiano Ítalo Calvino –no qual o navegador Marco Pólo descreve sua viagem fantástica por cidades imaginárias– o projeto será realizado em nove municípios: Ouro Preto, Divinópolis, Januária, Juiz de Fora, Pirapora, Uberlândia, Viçosa, Pouso Alegre e Araçuaí. Em cada uma dessas localidades, serão desenvolvidos dois argumentos ou pequenos roteiros para a produção de vídeos de curta duração, em alta definição. Os 18 filmes serão veiculados na Rede Minas, em 2009, nos espaços dedicados à interprogramação.


O projeto
O projeto busca atingir pessoas que tenham algum envolvimento com produção audiovisual, ou interesse nesse tipo de formação. Para essa seleção foi feito um mapeamento dos Pontos de Cultura e afiliadas à Rede Minas de Televisão presentes em diversas regiões do estado. Foram selecionados Pontos de Cultura com forte atuação nessas cidades, dando preferência aos que tenham atividades focadas em cultura, juventude e formação artística.
Em linha com os debates sobre o desenvolvimento da TV Pública e da TV Digital, o projeto irá atuar, por um lado, na apropriação e democratização do acesso às novas tecnologias, formando profissionais aptos a produzirem conteúdos; por outro lado, na interiorização da programação da Rede Pública, levando aos espectadores novas experiências e relatos sobre a diversidade cultural em Minas Gerais.
Além de contribuir para a profissionalização, através da formação de pessoas que multiplicarão esse conhecimento dentro das afiliadas e dos Pontos de Cultura, o projeto é uma oportunidade de fortalecer a rede de relacionamentos entre a Rede Minas e suas afiliadas, proporcionando uma troca efetiva de conteúdo audiovisual. A importância do projeto se dá, não apenas pela oportunidade de interação, mas, principalmente, pela possibilidade do nivelamento técnico, geração de conteúdo sobre culturas do interior de Minas e otimização dos processos de produção já focados na TV Digital.


Fórum BH – 26 a 28 de agosto
A primeira residência criativa do projeto, o "Fórum BH", acontecerá de 26 a 28 de agosto, na Associação Médica de Minas Gerais. Estudiosos da área, representantes da TV Brasil, autoridades do poder público federal e estadual, além dos participantes do projeto se reunirão em torno de uma ampla programação de oficinas e debates para discutir de forma coletiva as estratégias de formação, acessibilidade, difusão e produção dos conteúdos audiovisuais em Minas Gerais.


Fórum Cataguases e gravações regionais
Já no período de 14 a 18 de setembro, os participantes passarão por outro ciclo de debates, desta vez na cidade de Cataguases. Esta atividade será focada na discussão sobre os elementos da convergência digital, em especial sobre as questões que envolvem a difusão e a produção de conteúdo para a TV Digital e a relação com as novas mídias (software livre, câmeras digitais e internet). O planejamento das filmagens, a ser executado a partir de outubro com as gravações regionais, também será desenvolvido. Nas gravações regionais uma equipe de produção percorrerá cada uma das cidades e auxiliará os jovens na captação das imagens. Após o trabalho de filmagem, um editor visitará cada município para fazer uma pré-edição do material. A edição final será realizada em Belo Horizonte, com o acompanhamento dos participantes por meio de ferramentas de comunicação à distância.


Pontos de Cultura
Os Pontos de Cultura fazem parte do Programa Cultura Viva, uma das mais bem-sucedidas iniciativas criadas pelo MINC nos últimos anos, como forma de incentivo à produção cultural e social pelo País. São projetos desenvolvidos pela sociedade civil, que firmam convênio com o MINC por meio de seleção em editais públicos e tornam-se responsáveis por articular e impulsionar as ações que já existem em cada comunidade.
Atualmente, existem mais de 650 Pontos de Cultura espalhados pelo país, desenvolvendo projetos artísticos que exploram diferentes meios –incluindo os digitais– valorizando a difusão da cultura, cidadania, geração e distribuição de renda. O Ponto de Cultura não tem um modelo único e é uma iniciativa que visa à democratização e o acesso à produção e difusão de bens culturais. Um aspecto comum a todos é a transversalidade da cultura e a gestão compartilhada entre poder público e comunidade.


Sobre a ONG Contato – Centro de Referência da Juventude
A ONG "Contato - Centro de Referência da Juventude" é uma entidade privada sem fins lucrativos, criada em 2001, em Belo Horizonte, voltada para a realização de projetos e ações que visem à formação e capacitação profissional de jovens através da cultura, assim como sua conscientização política pautada na cidadania e nos direitos humanos. Estão entre as principais atividades do Contato: inclusão digital, formação integral em cinema e audiovisual, música, criação de cooperativas e geração de renda através de uma fábrica própria de vassouras de garrafa pet e uma oficina de cerâmica.


Sobre a ONG Fábrica do Futuro
A ONG "Fábrica do Futuro – Incubadora do Audiovisual e Novas Tecnologias", inaugurada em junho de 2005, em Cataguases, faz parte de um programa local de cultura e desenvolvimento com foco na produção audiovisual, na educação e na qualidade de vida urbana. Integrada a outras importantes iniciativas, a Fábrica tem como metas o estabelecimento de políticas públicas e a indução de uma nova fonte de desenvolvimento local, através da economia da cultura, sobretudo com e para a juventude da região.


Sobre a Rede Minas de Televisão
Há 23 anos no ar, no canal aberto 09 e/ou no canal fechado 20, e presente na maioria dos municípios mineiros, a Rede Minas de Televisão se dedica, principalmente, à diversidade cultural, econômica e social do estado de Minas Gerais. A qualidade de suas produções conferiu à emissora, por dois anos consecutivos, 2006 e 2007, o título de "Veículo do Ano", no prêmio Aberje Nacional. Sua programação, que conta com alguns programas em rede nacional, adota uma atitude de respeito aos costumes locais aliando informação com qualidade.


SERVIÇO
Lançamento do projeto "Cidades Invisíveis" - ONG Contato (BH); Fábrica do Futuro (Cataguases) e Rede Minas de Televisão, em parceria com o Ministério da Cultura
Dia 25 de agosto – segunda-feira
18h – Abertura: "Contextualização da Política Cultural do MINC e da Secretaria de Cultura"
19h - Aula inaugural: "Perspectivas da cultura"
Local: Museu Inimá de Paula (R. da Bahia, 1201 – Centro)
Dias 26 a 28 de agosto – Ciclo de Debates "Fórum BH"
Associação Médica de Minas Gerais (Av. João Pinheiro, 161- Centro)
Informações: (31) 3281.5326 / prodcinevivo@gmail.com

AGENDAMENTO DE ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA:
Fumaça Corp – Vinícius Resende / Artênius Daniel / Rafael Minoro
(31) 3309.6031 / 3309.6071 / 9401.0828 – contato@fumacacorp.com.br




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CUCA mineiro sô!

Grupo de teatro Tá na Rua se apresenta na PUC Minas pela Caravana da UNE

CUCA MG é criado durante a Caravana

Agora já são 13 Centros espalhados e articulados pelo Brasil

Natalia Pimenta, 23 anos, é estudante de cinema da UNA em Belo Horizonte.

Há dois anos, foi convidada para coordenar a parte de cinema do FUCA, Festival Universitário de Cultura e Arte, organizado pelo DCE da Universidade Federal UFMG.

Foi através de sua participação no FUCA, que ela entrou em contato com a atuação do CUCA da UNE – Circuito e Centros Universitários de Cultura e Arte, que acaba de oficializar sua autonomia em relação à União Nacional dos Estudantes, passando de braço interno para instituição parceira.

Desde o início a estudante de cinema se encantou com a proposta dos CUCAs, pois identificou nessa rede cultural articulada nacionalmente não só com os estudantes e com a universidade, mas também com as comunidades e as culturas locais aquiloque sempre sentiu falta em Belo Horizonte.

“Eu já sentia muita necessidade de ter um movimento articulado, que tivesse a sua pr[opria dinâmica de trabalho, assim como sua própria forma estética, para a gente poder expor a nossa produção cultural, principalmente a dos universitários. E quando eu conheci o projeto do CUCA, eu falei pronto, é isso”, explica Natália.

Depois, em 2007, o CUCA lançou o projeto Cine CUCA, que deveria acontecer em todos os estados do Brasil e para isso demandaria um representante local por estado. Foi aí que Natália entrou em contato prático com o CUCA pela primeira vez.

Tiago Alves, então coordenador geral do Circuito ficou sabendo do FUCA e pediu para a organização do festival uma indicação de representante para o Cine CUCA em Belo Horizonte.

“Foi tudo muito rápido, o Tiago me ligou e mandou minha passagem no mesmo dia, e me falou que quando eu chegasse no Rio ele me explicaria os detalhes do evento”, conta.Minas Gerais conseguiu cumprir uma agenda de 18 sessões de cinema comentadas, das 24 propostas de início.

E foi esse ano que Natália apresentou o projeto do CUCA e sua intenção de construir o CUCA MG para DCE da PUC, que recebeu com alegria a proposta.

“Eu marquei uma reunião com a frente cultural do DCE, na Casa do Estudante, que é uma sede histórica que eles tem e que não é utilizada”, contou Natália, completando que a sua idéia é ocupar esse espaço com atividades do recém-criado CUCA.

A semente do CUCA já estava plantada em Minas, faltava apenas formalizar. E foi ontem, no dia 22 de Agosto, aproveitando um momento especial de mobilização e efervescência na Universidade, em função da passagem da Caravana, que o CUCA foi finalmente estabelecido.

O momento da criação se deu durante o Encontro do CUCA com alguns Pontos de Cultura mineiros, que foram chamados para uma troca de idéias e para articular o Fórum Nacional dos Pontos de Cultura que acontecerá em Brasília, no mês de Novembro. A idéia desses encontros é motivar a construção de encontros ou fóruns regionais dos Pontos, no sentido de se organizarem para o Nacional.

Estavam presentes representações de cinco, dos 59 Pontos que existem hoje no estado de Minas. São eles TV Murinho, Eu Sou Angoleiro, Museu Giramundo, Memória Gráfica – Tipografia, Construção de textos e Gravuras e, por fim, o Oficinas Pedagógicas de Prosa, Poesia e Teatro.

Compunham a reunião também Alexandre Santini, coordenador geral do CUCA, Cláudia, representante regional do Ministério da Cultura em Minas, Natália Pimenta, Clarisse, do DCE da PUC e o diretor cultural da União Estadual dos Estudantes de Minas, Ives Lima. Sem contar, e claro, a presença de muitos interessados e alguns curiosos.


Autora: Deborah Piha
Fonte:
Hotsite da Caravana da UNE


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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Pra relaxar...

Bom dia moçada!

Após me extasiar com o concerto “Invierno Porteño” na noite de quarta-feira, voltamos com umas dicas para o fim de semana.

Pra começar, recebemos mensagem da socióloga e atriz, Bia Inácio, anunciando o benfazejo retorno em cartaz da peça “Deus é amor... mas, também, é humor!”, encenada pelo Grupo de Teatro Arte. A comédia, que fez grande sucesso na 7ª Mostra de Teatro de Montes Claros, ocorrida no mês passado, volta para uma temporada de 16 apresentações no Colégio Marista São José. Sempre de quinta a domingo, até o dia 14 de setembro, o espetáculo é uma ótima oportunidade pra prestigiar nossos artistas e dar boas risadas.

Adquira os ingressos antecipados na Livraria Chama Viva ou na portaria do Colégio Marista São José, por apenas cinco reais. Maiores informações pelo fone: 9145-7945 com Cláudio Prates.

Outra dica legal é conferir o Blog do meu amigo palmeirense e vice-presidente do Centro Acadêmico de História da Unimontes, Rodrigo Costa. “Sonhador” é o espaço onde Rodrigão dá asas à sua veia lírica. Vale a pena viajar nas palavras do jovem poeta.

No mais é isso, segunda-feira voltamos com mais novidades.

Divirtam-se sem moderação!

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Governo brasileiro monta agenda de trabalho decente para a juventude

Luiz Dulci, ao lado do Presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Danilo Moreira, anuncia agenda conjunta sobre Trabalho Decente e Juventude
Foto: Wilson Dias/ABr


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinará, nos próximos dias, um decreto criando uma comissão interministerial destinada a definir uma agenda de trabalho decente para a juventude. O anúncio foi feito durante reunião do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve) realizada no Palácio do Planalto, no dia 19 de agosto, que contou com a presença da Diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo.

Os ministros Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, e Carlos Lupi, do Trabalho e Emprego, informaram que a Comissão terá como objetivo principal definir as prioridades para o desenvolvimento de políticas, programas e projetos voltados para o tema, com consulta a organizações de trabalhadores e empregadores.

A OIT deverá prestar assistência técnica ao grupo, cumprindo o estabelecido no Memorando de Entendimento assinado com o governo brasileiro em junho de 2003. “Este é um passo muito importante no objetivo de avançarmos em uma política de inclusão social e garantir direitos para todos os jovens”, disse Laís Abramo.

A Diretora lembrou que a iniciativa poderá se tornar a primeira agenda nacional de trabalho decente para a juventude entre todos os países-membros da OIT que participaram da XVI Reunião Regional Latino-Americana, realizada em Brasília, em maio de 2006, quando o tema do emprego para jovens constou da agenda da reuni. Naquela ocasião, os participantes da Reunião Regional Latino-Americana concordaram com a meta de reduzir pela metade o número de jovens que não estudam e trabalham até 2015.

“A OIT contribui com os atores nacionais para a construção política dessa agenda. Não é uma tarefa fácil mas um passo muito importante neste sentido”, declarou Laís Abramo.

A Comissão será composta por representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, do Conselho Nacional de Juventude; dos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE); Educação (MEC); Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS); Desenvolvimento Agrário (MDA); do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda); da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Segundo o ministro Luiz Dulci, o grupo deve apresentar propostas concretas que serão executadas pelo governo federal e serão disponibilizadas aos governos estaduais e municipais. O ministro lembrou que essa é uma proposta anterior à realização da Conferência Nacional de Juventude, mas que vem atender às demandas apresentadas no encontro pelos jovens, que apontaram o trabalho decente como uma das prioridades da juventude brasileira.



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Estudantes ocupam as ruas de BH

Estudantes de Belo Horizonte vão às ruas em defesa do meio-passe

Os manifestantes decretaram o dia 21 de agosto como o "Dia Municipal de Pular a Roleta"


Nesta quinta-feira (21), cerca de três mil estudantes saíram às ruas da capital mineira, a única do País onde não existe nenhuma política de transporte para estudantes, em defesa do meio-passe. Em março deste ano, mais de 25 mil estudantes já haviam se manifestado em defesa do beneficio e marcaram a volta dos "caras pintadas" no Estado.

Os estudantes se reuniram na Praça Afonso Arinos, cenários de grandes mobilizações, e, em ato simbólico, decretaram o dia 21 de agosto como o "Dia Municipal de Pular a Roleta", dando início à grande jornada de lutas em defesa do meio-passe. Para Fagner "Tatu", vice-presidente da UNE em MG, "a passeata aconteceu de forma irreverente, com a cara dos estudantes, e com certeza iremos aprovar o meio-passe. Com o abaixo-assinado que lançamos na passeata, vamos colher cerca de 200 mil assinaturas e envolver a sociedade de Belo Horizonte para conquistarmos o benefício".

O terceiro maior gasto da família brasileira é com o transporte e a falta do beneficio é responsável por 40% da evasão escolar. Com o lançamento da campanha "Meio-passe já, só falta BH!", as entidades estudantis esperam alcançar toda a sociedade de Belo Horizonte.

"Chama a atenção a predominância dos estudantes secundaristas nas atividades, jovens que não se entregam e vêem no movimento estudantil uma forma de serem ouvidos", afirma o presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Flávio Panetone. "É importante a participação de toda a comunidade escolar envolvida no processo, pois o meio-passe trará beneficio para os estudantes e, principalmente, para seus pais, que na maioria das vezes são trabalhadores de baixa-renda e não têm condições de arcar com o valor abusivo das passagens de ônibus", concluiu.

Para a vice-presidente da UBES, Luiza Lafetá, "Em todas as escolas que visitamos existe uma grande vontade por parte dos estudantes de participar do movimento estudantil e isso não é um fato qualquer. Passamos em sala e convidamos a juventude para fazer política e, para o espanto de muitos, a reação foi muito boa. Existe uma carência política na juventude, que muitas vezes não se sente incentivada a tomar partido nas coisas. Acreditamos que com a fundação de grêmios vamos conseguir mudar a cabeça de muitos jovens que antes viam a política como uma força inimiga".

O movimento estudantil realizará passeatas por todas as regiões da cidade e, no final do mês de setembro, realizará uma grande mobilização com cerca de 10 mil estudantes, com a apresentação do abaixo-assinado à Prefeitura.


Péricles Francisco para o EstudanteNet
Fotos: Martielle Naila

Enquanto isso, em Montes Claros, continuamos aguardando a boa vontade da mesa diretora da Câmara Municipal, pra colocar em votação o primeiro projeto de lei de iniciativa popular da história da cidade...


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quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Um tango pra esquecer o futebol


Taí uma bela dica pra essa noite de quarta. Só não convidem o Dunga...


Projeto ‘Estações Musicais’ da Unimontes destaca obra de Astor Piazzolla

A Universidade Estadual de Montes Claros promove, nesta quarta-feira (20), às 20h30, mais um espetáculo no âmbito do projeto ‘Estações Musicais’, com o concerto “Invierno Porteño”, dedicado às composições do argentino Astor Piazzolla. O evento – aberto à comunidade - acontecerá no Automóvel Clube, numa iniciativa do Departamento de Artes, vinculado ao Centro de Ciências Humanas (CCH), com o apoio da reitoria.
O projeto “Estações Musicais” prioriza o resgate de obras históricas clássicas, populares e eruditas, mas busca, também, apresentar à comunidade as atividades desenvolvidas por professores e acadêmicos, além de permitir o intercâmbio com artistas convidados. O Conservatório de Música Lorenzo Fernandez é parceiro da Unimontes na iniciativa, coordenada pela professora Thalita Peres.
Nesta edição – “Invierno Porteño” –, além dos professores e acadêmicos da Unimontes, o concerto contará com a participação de convidados, como o bandeonista Avelino Romero e os dançarinos Narvir Salas e Ana Cláudia Maldonado. A obra de Astor Piazzolla é marcada, principalmente, pelo tango, estilo musical originário da Argentina.
Por sua vez, o elenco musical da Universidade é composto pela professora Thalita Peres (piano), Marcos Alexander (violino), Marcelo Andrade (sax e flauta), Ananias Neto (clarineta), Daniel Aguiar (violão), Pablo Barata (contrabaixo), Patrícia Peres e Cristiane Franco (mezzo-sopranos), Aparecida Soares e Simone Santana (sopranos) e Roberto Mont’Sá (barítono).
“O concerto permite a divulgação das atividades desenvolvidas na Universidade, mas, principalmente, apresenta resultados do trabalho integrado dos cursos de Artes nas áreas de Música, Plásticas e Teatro”, explica a professora a professora Thalita Peres. A direção do projeto é compartilhada pelos professores Fábio Carvalho (direção executiva), Andréa Cardoso (artes e cenário) e Ricardo Malveira (direção cênica).
Esta será a segunda edição do projeto ‘Estações Musicais’. A primeira foi realizada em maio último, quando foram destacadas as obras dos compositores clássicos Verdi e Bizet. Em setembro, haverá a apresentação da Orquestra de Câmara da Unimontes e, em dezembro, o Concerto de Natal, encerrando a primeira temporada do projeto.




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terça-feira, 19 de agosto de 2008

A voz da juventude porto-alegrense

Trajetória notável: Manuela faz 27 anos com propostas fortes

A candidata à Prefeitura de Porto Alegre, Manuela D'Ávila, da coligação Porto Alegre É Mais (PCdoB-PPS-PR-PTdoB-PMN-PSB-PTN), completou 27 anos nesta segunda-feira (18). A trajetória da candidata impressiona. Ela é a mulher mais votada de todas eleições que disputou. Para Berfran Rosado, candidato a vice-prefeito na chapa de Manuela, ''é uma honra conviver com uma pessoa que tem uma intensa experiência política, tendo sido vereadora e agora deputada federal, e ao mesmo tempo inovadora e jovem''.

Manuela iniciou sua trajetória na União da Juventude Socialista (UJS), em 1999. Em 2001, foi diretora da UNE e, em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem e mais votada de Porto Alegre. Na Câmara Municipal, ela presidiu a Comissão de Educação, integrou a Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente e aprovou diversos projetos, como a meia-entrada para jovens e estudantes em espetáculos culturais, esportivos e de lazer.

Apenas dois anos depois, em 2006, com 271.939 votos, Manuela foi eleita a deputada federal mais votada do Brasil. Na Câmara dos Deputados, foi relatora da nova Lei dos Estágios, propôs a lei que garante a transparência da gestão fiscal com gastos públicos e o projeto de lei que aumenta a pena dos crimes cometidos próximos a escolas e hospitais.

''O entusiasmo com que fala das mudanças que empreenderá na capital é contagiante e característico de quem não se conforma com a situação atual. Manuela tem legitimidade para querer mudar a cidade, pois a conhece muito e vive cada recanto de Porto Alegre'', lembra Berfran.

A concorrida festa de aniversário de Manuela já se tornou uma tradição na cidade, reunindo sempre grandes lideranças políticas nacionais e muito apoio popular. Neste ano, a notável comunista comemorará seu aniversário no dia 5 de setembro no Clube Farrapos.

Em entrevista ao Jornal do Comércio, Manuela fala de como foi possível construir a mais ampla aliança da eleição portoalegrense de 2008. Para a candidata, há falsos dilemas nas soluções de antigos problemas da capital. Segundo Manuela, o principal problema de Porto Alegre hoje é a saúde. A comunista diz ainda que sua atividade parlamentar a credencia para assumir o cargo de prefeita.

Veja, abaixo, a íntegra da entrevista:

Qual o principal problema de Porto Alegre?

Manuela D'Ávila - A ineficiência na gestão da saúde. Porto Alegre produz saúde de excelência, tecnologia de ponta. Mas temos 700 mil pessoas que não recebem atendimento preventivo e primário do SUS (Sistema Único de Saúde). O PSF (Programa de Saúde da Família) reduz em 90% o gasto no atendimento de média e de alta complexidade na rede de saúde. Para chegarmos a 300 equipes, que é a meta que deveríamos atingir, segundo o Ministério da Saúde, teríamos um aumento de 3,44% no orçamento da Secretaria da Saúde. E isso resolve de 80% a 90% dos problemas de saúde. Como uma cidade com três faculdades de Medicina, sem contar as de Enfermagem, com tantos hospitais e profissionais famosos não se resolve isso? É um problema grave de gestão, relacionado à administração municipal. E, infelizmente, há oito anos esse era o principal problema, há quatro anos continuava a ser, e hoje continua sendo.

Que outras medidas são necessárias?

Manuela - É urgente a informatização da saúde. Não consigo entender como não informatizamos a nossa rede de postos e hospitalais. Hoje, a população leva meses para conseguir uma consulta. Não é lógico que sobrem 42% das consultas nos hospitais e que as pessoas esperem seis meses para ter um exame. Então, também a informatização, a central de consultas de exames passa pela gestão da saúde. O governo do estado deve R$ 34 milhões à prefeitura neste setor. Por que não fazer um ajuste de contas? Porto Alegre paga todos os meses a dívida de energia elétrica. Por que eles (o estado) não pagam a da saúde?

A senhora fala em ''falsos dilemas'' na cidade. Poderia dar exemplos.

Manuela
- Inauguramos o Trensurb na década de 1980. Nesse período, os prefeitos das administrações do PT diziam que não precisaríamos de trem na cidade. Em 1937, o prefeito Loureiro da Silva dizia que as vias estruturantes que estavam construindo durariam 30 anos. Depois, a partir de 1967, precisaríamos de um trem subterrâneo. Na década de 80, inauguramos o metrô e os corredores de ônibus. Éramos referência. O que vivemos depois disso: precisamos de mais corredores de ônibus ou do metrô dentro da cidade? Não fizemos nada, precisamos dos dois.

Isso também acontece na segurança pública, a discussão repetitiva sobre falsos dilemas?

Manuela
- Quantas vezes se assistiu a o debate, se precisamos incluir mais creches ou de guarda municipal na rua? Precisamos dos dois. De creche para nossas crianças e a guarda municipal nos parques e praças. Então, são falsos dilemas concretos.

E na educação?

Manuela
- Ficamos muito tempo discutindo se o problema era ciclo ou ensino seriado. Há um consenso entre os administradores do país de que ciclo é melhor, porque combate o primeiro problema, que é a evasão escolar. Mas ninguém disse que, porque é ciclo, não precisa ter qualidade. Temos excelentes professores e um índice muito ruim. Por que não discutir como fazer a inclusão digital? Então, falamos de falsos dilemas. A população não pode ser usada para nutrir disputa política. Esse é o principal erro.

Quais suas credenciais para assumir a prefeitura?

Manuela
- A eficiência dos meus mandatos. Como vereadora, apresentei e aprovei inúmeros projetos de lei, a meia-entrada é o maior deles. Fui a parlamentar que mais incluiu emendas ao orçamento, mesmo sendo de oposição ao governo José Fogaça. Em um ano e meio de mandato na Câmara dos Deputados, concluí a votação do meu principal projeto, que altera a lei dos estágios, de 1977. Isso mexe com a vida de milhões de brasileiros. Aprovei esses projetos por consenso porque dialoguei exaustivamente, ouvi deputados, estudantes, empresários e transformei aquilo em um projeto de todos os partidos, melhor do que a minha idéia original. Isso significa eficiência e capacidade de dialogar. Isso me credencia. E credencia a mim e ao meu partido o fato de termos a maior aliança nessa eleição, construída de forma independente.

Sua coligação tem sete partidos. Em um eventual segundo turno, admite buscar o apoio de mais siglas?

Manuela
- Nossa candidatura é a única em que não houve debate sobre loteamento de cargos. Alguns nos ofereceram, para fechar aliança, pagamento de campanha de vereador; outros prometeram cargos na prefeitura e até espaços nos três níveis de governo. Resistimos a isso e construímos uma candidatura independente. Nosso diálogo no segundo turno vai ser o mesmo. Fechamos com o PSB e com o PR sem eles terem o vice. Nem o meu partido terá toda prefeitura, nem criaremos várias subprefeituras dentro das secretarias, como acontece hoje. Dialogaremos para ter as melhores pessoas em cada área.

O que pesou para consolidar essa coligação com o PPS de vice? Muitos não entenderam essa aliança.

Manuela
- Não acho que muita gente questione isso (a aliança com o PPS), só alguns formadores de opinião e partidos que tentaram coligar e não conseguiram. Fizemos uma aliança com base em um programa. Temos uma tradição de partidos que não refletem a sociedade de Porto Alegre, que é democrática. Nossos partidos só falam e não escutam. Construímos uma aliança ouvindo. Podemos discutir a participação do PPS e do PCdoB há vinte anos, não negamos nossa história, mas estamos em 2008 e não em 1994. Temos de olhar para a frente, porque camarão que dorme, a onda leva. Política é olhar para frente e dar soluções para o futuro. A população quer isso. Erros e acertos todos temos. Saber reconhecer erros e superar o passado é meritório, seja na vida privada, seja em uma aliança para administrar Porto Alegre.

E o projeto de criar uma Secretaria de Desenvolvimento?

Manuela
- A Secretaria de Desenvolvimento é para fazer com que Porto Alegre volte a ser endereço de investimentos. A administração de Porto Alegre não garantiu nem sequer a energia elétrica do Cientec, que é um parque tecnológico. Nessa secretaria vamos concentrar os procedimentos. Ali, o cidadão sabe onde começa e onde termina o seu investimento. Queremos consolidar Porto Alegre como a capital tecnológica do Mercosul.

Como será feito isso?

Manuela
- Criaremos o ISS tecnológico, que é a redução para quem tem como meta investir na cidade. Vamos usar a nossa capacidade de recuperar áreas degradadas, como é o 4º Distrito, para atrair empresas de tecnologia, com meta de produtividade e geração de empregos. Temos a proposta do ISS verde, para empresas que adotarem práticas ambientalmente corretas, como o uso de energia solar e o reaproveitamento da água da chuva. Essas empresas terão desconto. Da mesma forma, será usado o IPTU verde. Se o edifício tiver práticas ambientalmente corretas que nos ajudem a cuidar da cidade, também terá redução do seu IPTU.

Uma das maneiras de induzir o desenvolvimento é o Plano Diretor. Qual sua avaliação sobre essa lei?

Manuela
- O Plano Diretor tem dois lados. Um é a normatização, que trata da altura do edifício, se tem sacada ou não. Debatemos mais a normatização e menos a indução do desenvolvimento. Pensamos pouco como recuperar as nossas áreas degradadas, os espaços em que queremos ter os parques tecnológicos, os mecanismos que a prefeitura vai utilizar para garantir a consolidação do pólo de saúde na cidade. A prefeitura foi muito pouco ousada, talvez por não ter um projeto claro de indução de desenvolvimento. Não há uma normatização sobre como trataremos as áreas degradadas. Então, precisamos reencontrar esse equilíbrio, uma cidade justa e funcional, que seja pensada e que consiga prever a demanda de amanhã.

A Câmara Municipal não vai concluir a revisão do Plano Diretor neste ano. A senhora pretende retirar o projeto para fazer alterações?

Manuela
- Acho que sim, não tenho opinião fechada sobre isso.

A prefeitura enviou um projeto reduzindo as alturas de prédios, porque há uma queixa em diversos bairros. A parte do projeto que trata da redução de alturas será mantida?

Manuela
- Cada parte da cidade é uma área. Temos as áreas de interesse cultural, bairros que são tradicionais da cidade, que se organizam a partir da moradia de baixa estatura. Mas existem outras áreas que podem ser urbanizadas, onde a altura pode ser distinta. Inclusive, para descentralizar a cidade, isso precisa ser feito.

Como avalia a situação financeira da prefeitura?

Manuela
- O orçamento de Porto Alegre está bem situado entre as capitais. Mas temos problemas de gestão. Não disputamos investimentos em Brasília. É obrigação do governo federal liberar recursos para os municípios. E os projetos de qualquer partido que administre qualquer cidade recebem recursos. É só ver que São Paulo, administrada pelo principal adversário (José Serra) do presidente, nunca recebeu tantos recursos na vida. Então, Porto Alegre não recebe recursos porque não tínhamos projetos. Não tínhamos projetos para o metrô da cidade. Não temos uma central de projetos na prefeitura. Disputamos muito poucos investimentos do PAC. Ano que vem teremos o PAC da mobilidade urbana, que dialoga com a cidade, que será uma das sedes da Copa de 2014. Qual o esforço feito pela prefeitura para sediarmos a Copa?

Como tirar proveito da Copa de 2014 para implementar o metrô e resolver o problema da circulação?

Manuela
- Temos que disputar o metrô, mas também saber que o metrô sozinho não resolve o problema. Não podemos vender a ilusão para a cidade de que esse metrô, que já vem atrasado, vai resolver o problema que enfrentamos hoje. Ele nos ajuda a resolver parte dos problemas, se estiver integrado com outras formas de transporte. Um metrô que dialogue com um sistema racional de ônibus, que por sua vez, dialogue de maneira inteligente com as ciclovias. Não adianta botar uma ciclovia se não tiver ônibus com suporte para acoplar a bicicleta, porque as pessoas podem não ir ao trabalho de bicicleta, mas podem querer voltar. Então, tem que integrar. O metrô faz parte de um sistema integrado de soluções para o trânsito. Independentemente disso, precisamos de algumas obras. Nossa perimetral foi pensada no segundo mandato de Loureiro da Silva. Temos de pensar em como fazer com que as nossas linhas circulem no Centro, que deve ser um lugar de convívio das pessoas. Não existe mágica, existem soluções integradas e novas para problemas que são antigos. E tenho muita dificuldade de acreditar que quem não resolveu vai resolver agora. Por isso, sou candidata à prefeita.



Visite também a Página da Manu.


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A voz da juventude belo-horizontina


BH tem militante da UJS como candidato a vereador


Fagner Ribeiro, 28 anos, é o nome ideal para ocupar a cadeira da Câmara dos Vereadores em Belo Horizonte (MG), mas o nome pelo qual ele é conhecido pelos militantes da UJS e pelos jovens de diversas frentes de atuação não é formal, mas sim um apelido, Tatu.

E este não é um nome desconhecido entre os jovens não. Tatu é do Vale do Jequitinhonha, terra da produção de artesanato em cerâmica, esculturas em madeira e bordados, em Caraí conquistou uma vaga na UFV e chegou a ser presidente do Diretório Central de Estudantes. Em BH, foi diretor da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), mas é na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que fez história, através do DCE e do Conselho Universitário.

Em 2007 se tornou diretor da União Nacional dos Estudantes, mas já era Presidente da União da Juventude Socialista de Belo Horizonte desde 2006. Participou da reconstrução da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES-BH), de Conferências de Juventude e das passeatas pelo passe estudantil.

"Acredito que um militante da UJS na Câmara dos Vereadores vai levar toda a luta do nosso dia-a-dia como experiência e ao mesmo tempo renovar o ambiente", afirma.

Para ele é muito importante a representação dessa juventude, hoje, no país. Por meio de membros que participaram das Conferências de Juventude foi apresentado um mapa com um perfil detalhado dessa atuação. Além disso, o Brasil pertence ao continente com maior número de jovens da história e colocar um deles em uma cadeira da Câmara dos Vereadores é uma forma de levar a experiência de militantes da entidade, que já possuem a cultura das mobilizações e irreverência, a um cargo que possibilite a uma luta pelos seus direitos, sem intermediários.

"É uma nova geração de lideranças públicas vindas do movimento juvenil, do movimento estudantil. Essa é a primeira vez que a UJS apresenta um nome para representar BH e isso foi discutido de forma muito criteriosa para continuarmos com a rica construção da cidade, mas, além disso, já somos vitoriosos pelo simples fator de agregarmos as mais variadas tribos", diz.

Outro ponto, levantado pelo militante, é a prioridade em fazer com que Jô Moraes seja eleita prefeita da cidade, unindo assim as discussões sobre um novo modelo de desenvolvimento que leve em conta os problemas específicos de BH e o perfil da economia da cidade.

"É muito importante lembrar que a universidade (UFMG) tem um papel muito importante nos nossos projetos. Além disso, as políticas públicas de juventude (PPJ´s) formam o contexto do eixo central de discussão, já que nós temos sérios problemas com a marginalidade e com a falta de planejamento político. Hoje o perfil dos vereadores é de baixo nível, sem elaboração de políticas públicas, somente referendando o que vem do executivo e a prefeitura ainda tem uma atuação tímida, mas nós vamos levar este embate de forma profunda e qualificada", conclui.

Projetos:
- Colocar na Câmara um espaço para o debate de elaboração das PPJ´s;
- No que diz respeito a emprego as pesquisas apontam a dificuldade de o jovem conseguir o primeiro emprego, e isso deverá pautar as ações da Câmara;
- Com relação à cultura a idéia é, baseado no Programa Nacional do Ministério, fazer os Pontos Municipais de Cultura possibilitando o acesso à pessoas distantes e variadas comunidades;
- Elaboração de uma lei municipal de incentivo à ciência, tecnologia e inovação tecnológica;
- Passe Escolar, BH é a terceira capital do país e não tem política do transporte público para facilitar o acesso à escola e a atividades culturais e esportivas;
- Elaboração de uma política para o esporte, com torneios nas regionais e valorizando o esporte radical;
- Crédito Educativo Municipal;
- Política Municipal para apoiar o desenvolvimento do BH-Tec (Parque tecnológico da UFMG), entre outros.


Por Nadini Lopes, para a Página da UJS

Mais informações no Blog BH com a nossa cara

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A Retomada consolida cena indie em Montes Claros

Madame Saatan levantando a galera no lançamento do Coletivo Retomada
Foto: Laisa Bastos

Com um público aproximado de setecentas pessoas, na última quinta-feira (14), “A Retomada” levou a multidão ao delírio com três super shows e produção jamais vista na cena independente de música autoral em Montes Claros.

O evento de lançamento das atividades do Coletivo Retomada, sem sombra de dúvidas, deixou os montesclarenses muito animados com a organização e nova proposta do Retomada para a cena independente de música autoral na cidade. As bandas Furo, Vomer e Madame Saatan do estado do Pará protagonizaram uma noite de muito rock and roll que há tempos não se via por aqui.

A banda Furo, de grande respaldo na cidade de Montes Claros, com mais de oito anos de atividades na cidade e na capital mineira, se destaca pelo vasto setlist autoral e a liberdade sonora que foge do convencional. A banda abriu a noite com nova formação tendo como integrantes: Rafael Carneiro nos vocais e guitarra, Fabrício Timbó na guitarra, Júlio Gonçalves no contrabaixo e o novo baterista Alexandre Zuba.

Na seqüência a banda Vomer, com dois novos guitarristas fez literalmente o “pau quebrar”! De inicio já mandou a top do seu set “Lord of Hell” faixa que titula o seu álbum demo. A Vomer é uma das bandas de maior respaldo e público da cidade de Montes Claros, com mais de dez anos de trabalho, se destaca com o gênero trash metal autoral com muito peso. A formação atual da banda consiste em: Clayton Souza nos vocais, Léo na bateria, Airton Souza no contrabaixo e nas guitarras Geraldo e Thiago.

E para o deleite dos presentes, a banda paraense Madame Saatan entrou em cena detonando tudo com “Devorados”, a primeira faixa do seu álbum. Em segundos foi o bastante para que a beleza, desempenho e notável timbre vocal de Sammliz “encantassem” a todos. Vale também destacar a guitarra de Edinho Guerreiro, o peso do contrabaixo do Ícaro e no “terremoto de peles” conduzido por Ivan Vanzar.

O show de lançamento ocorreu na data de realização das Festas de Agosto da cidade de Montes Claros e, mesmo não fazendo parte do evento oficial realizado pela Prefeitura Municipal, conseguiu mostrar para a população que com organização e espírito coletivo é possível o desenvolvimento e respaldo da cena musical independente na nossa cidade.


Por Rodrigo de Paula

Em breve publicaremos entrevista exclusiva com a vocalista do Madame Saatan, Sammiliz.


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quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Batuque bom

Chegando mais um fim de semana e as possibilidades de se divertir em Montes Claros são várias.
Primeiro, lembramos que hoje vai rolar o lançamento do Coletivo Retomada, a partir das 18 horas na Casa da Juventude (Avenida Cula Mangabeira, 110 – Centro), grande oportunidade pra conferir um rock de primeira com Vomer, Furo e a banda paraense, sensação do último Porão do Rock, Madame Saatan.

Ontem começaram também as Festas de Agosto, tradicional festival folclórico de nossa cidade. Retornando às imediações da Igreja do Rosário, as Festas deste ano contam com apresentações de grupos de congado das cidades de Belo Horizonte, Contagem, Serro, Esmeraldas, Timóteo e Bocaiúva, além dos tradicionais catopês, marujos e caboclinhos de nossa Montes Claros. Na programação cultural temos como destaques:

14/8 (quinta-feira) Reinado de Nossa Senhora do Rosário:
21:00 Jobert Narciso
23:00 Pereira da Viola (com participação especial de Rodrigo Azevedo)

15/8 (sexta-feira) Reinado de São Benedito:
21:00 Maracutaia
23:00 Família Guedes e Convidados – Homenagem a Godofredo Guedes

16/8 (sábado) Império do Divino Espírito Santo:
21:00 Warley Mascarenhas
23:00 Grupo Folclórico Banzé

17/8 (domingo):
21:00 Seu Stylinga
23:00 Ceumar


Além dessas atrações vão rolar também apresentações de grupos culturais das cidades de Itacarambi, Jaíba, Porteirinha, Januária, São Francisco, Matias Cardoso, São Romão, Nova Porteirinha,Catuti e Manga.
Outra dica pro fim de semana são as apresentações do espetáculo de dança contemporânea e neoclássica Último Choro, em homenagem ao centenário de Godofredo Guedes. Coordenado por Adriana Camargo e executado pelo Balé de Câmara de Montes Claros, o evento contará com participação dos músicos Marcelo Andrade (flauta e sax) e Saulo Leone (piano), além das crianças do projeto Tim ArtEducação. Último Choro está em cartaz de hoje até domingo no Centro Cultural Hermes de Paula, sempre às 21 horas.

É isso aí moçada! Vale a pena prestigiar essas atividades.


Divirtam-se sem moderação!


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"Me sinto mais orgulhoso em ser brasileiro por estar ajudando a reparar a sede da UNE e da UBES" - Lula


Na Praia do Flamengo, Rio de Janeiro, a frase do Presidente Lula ecoou até o terreno que terá por direito a reconstrução com ajuda financeira do Governo Federal
Às 14 horas desta terça-feira (12) na Praia do Flamengo, 132, aconteceu um Ato Político em que o Presidente Lula assinou Projeto de Lei que reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro na demolição da sede das entidades estudantis. "Não vou procurar culpados, eu, como representante do Estado Brasileiro vou reparar o erro cometido contra a sede destes jovens em 1964", afirmou Lula.
A abertura se deu com o ex-presidente da UNE (61/62), Aldo Arantes que reafirmou a importância da Presença de Lula na sede como tendo um significado histórico e deixando registrada a marca da democracia do atual governo.
"Foi eu que trouxe o ex-presidente Jango até a sede das entidades, ele havia sido o único a pisar aqui. Lula reconhece a responsabilização do Estado e procura ajudar na reconstrução através do Projeto do Oscar Niemeyer", conta Aldo. Ele afirma também que a destruição da então chamada "Casa da Resistência Democrática", como era conhecida a sede antes de ser destruída, não abalou os idéias dos jovens estudantes e que essa chama permanece viva.
O ex-presidente da UNE também foi o responsável pelo UNEvolante que percorreu o Brasil com atividades culturais e levando consciência política. Aldo presenteou o Ministro Temporão e os familiares de Jango com um retrato do UNEvoltante e disse estar feliz pela iniciativa do lançamento da Caravana da UNE que tocará em três pilares básicos da formação da sociedade, saúde, educação e cultura em 41 universidades do país; totalizando 32 mil km e muitas horas de debates sobre os temas. Depois o atual presidente da UBES, Ismael Cardoso , reforçou a satisfação da conquista da reparação do Estado brasileiro ao movimento estudantil, declarou que "só com a rebeldia conseqüente se constrói um Brasil soberano". Já a presidente da UNE, Lúcia Stumpf afirmou o simbolismo em torno do ato de Lula, pois foi naquele terreno que as lutas dos estudantes começaram.
Lúcia conta que o primeiro lugar a ser atacado e posteriormente incendiado em 1º de Abril de 1964, na gestão do ex-presidente da UNE José Serra, foi a sede das entidades e diz que isso aconteceu por lá ser o maior centro de resistência de onde partiam as irreverentes lutas contra os ideais vendidos pelos EUA. "E em 1º de fevereiro de 2007, na gestão do ex-presidente da UNE, Gustavo Petta e do ex-presidente da UBES, Thiago Franco que nós retomamos a nossa sede. Hoje o Estado Brasileiro reconhece a responsabilidade pela demolição da sede e trata com justiça para que a juventude caminhe na construção de um Brasil justo e democrático", diz Lúcia.
A presidente da UNE afirma também que nesse local será o nascimento de artistas, assim como foi em diversos momentos do passado e que a Caravana da entidade ajudará na promoção de debates e no auxílio da construção das Políticas Públicas de Juventude. "É a UNE e a UBES celebrando a volta para casa".
Para o Ministro da Educação, Fernando Haddad , ex-presidente do Centro Acadêmico 11 de agosto do Largo São Francisco – USP, deve-se investir cada vez mais na expansão das Universidades Federais. "Quando foi lançado o programa de bolsas de estudos nas universidades públicas, em 2003, houve críticas da elite conservadora que afirmava que a presença de estudantes de baixa renda provocaria uma queda no desempenho e no nível das universidades. Os Estudantes somaram forças e fizeram aprovar o maior plano de expansão de vagas gratuitas do país", conta Haddad se referindo ao Prouni e também ao Reuni (Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais do país).
O Ministro da Educação citou grandes feitos como o aumento do piso dos professores, Fundeb, expansão das escolas técnicas e a vitória do Sistema S. "Tudo isso foi conquistado através da luta dos estudantes, hoje uma ferida se cicatriza e deveríamos citar todos os nomes que tombaram essa sede como heróis da resistência democrática", diz.
Para o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão , não existe conquistas democráticas sem a juventude irrequieta, consciente e que luta. "Esse ato é um divisor de águas e mostra o fortalecimento do movimento estudantil e dos brasileiros", afirma. Temporão conta que foram seis meses de muito trabalho na construção da caravana que levará, em meio a tantos outros debates, a questão da defesa da saúde pública. "Isso no ano em que o Sistema Único de Saúde (SUS) completa vinte anos de existência. São muitos pontos importantes que devem ser debatidos com estes jovens, álcool e trânsito, cigarro, doenças sexualmente transmissíveis entre outras, o que significa que só teremos saúde pública de qualidade se levarmos o debate político junto".
O próximo ao expressar a alegria dessa conquista foi o Secretário-geral da Presidência da República, Luiz Dulci . "Em toda a história a juventude estudantil esteve na vanguarda das revoluções. Foi assim no século dezenove, no apoio aos estudantes operários, na luta de Castro Alves e dos estudantes a favor da abolição da escravatura, na briga da neutralidade brasileira versus o nazi-facismo sendo que foram estes jovens estudantes que foram lutar contra a Alemanha durante a guerra, estiveram presentes também na criação da Petrobrás, nas reformas de base e nas Diretas Já. Em todos os grandes episódios da história há uma contribuição da juventude", afirma o Secretário.
Dulci cita a UNE como incentivadora da retomada do Projeto Rondon, em 2005 e que, juntamente com a UBES, articulou muito bem o projeto da reconstrução da sede. "São cerca de 400 parlamentares que devem estar de acordo com a reconstrução. Parabéns Presidente Lula pela iniciativa e este Projeto de Lei, que o presidente assina hoje e encaminha ao Congresso, foi revisado e articulado pela Caixa Econômica Federal, que analisou a viabilidade financeira. Tudo foi feito com transparência", conta.
O atual Governador de São Paulo, José Serra , foi presidente da entidade no ano em que ela foi incendiada e falou sobre ter sido o primeiro ataque no dia do golpe pela importância da atuação da juventude. Para o Governador o prédio foi vítima de um duplo ataque, o primeiro foi o incêndio e o segundo a demolição em 1979 que, de acordo com o Governador, foi executada somente para destruir um símbolo, somente por birra e que hoje se revigora com a reconstrução.
"Foi em cima da UNE que se concentrou o projeto da Petrobrás sob o mote 'O petróleo é nosso', e os jovens estavam com a razão quanto à criação da empresa; o papel da UNE também foi significativo nas décadas de 50 e 60 no processo da renovação da cultura e do movimento artístico no Brasil. Ter o prédio construído novamente é um símbolo e um incentivo à recuperação dos ideais", afirma Serra.
Depois foi a vez do Governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral , falar sobre a importância deste marco histórico para o Estado. "A direção da UNE e da UBES foi feliz ao pensar na reconstrução do prédio, aliás o Presidente Lula sana com muita competência as dívidas com o Rio de Janeiro com relação ao investimento nas favelas e a educação", diz.
Para Cabral a retomada do terreno faz parte da agenda de resgates do Rio que para ele foi o Estado mais violentado no período da ditadura militar. "E foi com muito orgulho que no meu primeiro mês de governo ajudei, a pedido do então Presidente da UNE, Gustavo Petta, a botar para fora os exploradores do terreno que ganhavam dinheiro fazendo do espaço um estacionamento, além da importância das entidades na luta pela primeira lei de gratuidade nos metrôs, ônibus e trens para estudantes de escolas públicas". Depois foi a vez de o Presidente Lula expressar seus sentimentos com relação à iniciativa de reconstrução da sede das entidades e, também de posicionar a visão do Estado Brasileiro nessa empreitada. "O Petta ajudou de forma extraordinária na aprovação do Prouni enquanto algumas pessoas que se diziam de esquerda foram contra o projeto e hoje as avaliações mostram que entre os melhores alunos estão os pobres da periferia, anteriormente acusados de nivelar a educação por baixo", afirma o Presidente.
De acordo com Lula o Prouni fez renascer a esperança dos jovens e disse saber e se solidariza com a Presidente da UNE, Lúcia Stumpf, por saber que com o apoio da UNE ao Reuni a entidade perdeu muitos DCE´s, além disso o Presidente criticou os que apostam no insucesso dos projetos do país.
Posteriormente o Presidente saudou a UBES e afirmou que nunca, nestes seis anos em que esta no governo, houve uma relação de cooptação. "Sempre foi uma relação civilizada e determinada para a construção de um projeto de nação, e é com muito orgulho que ao final do meu governo entregarei às entidades mais 214 Escolas Técnicas, mais 10 novas Universidades Federais, 48 especializações, uma Universidade latino-americana e uma Universidade afro-brasileira, além do reconhecimento dos trabalhos dos quilombolas", conta.
Voltando ao projeto de reconstrução da sede o Presidente Lula afirma que o Estado brasileiro é o culpado pelo que aconteceu à sede das entidades e diz que este Projeto de Lei vai entrar no Congresso e é importante a articulação das entidades para que ele seja aprovado. "O dinheiro já existe, mas para fazermos tudo da maneira correta não podemos entregar a verba diretamente".
Lula desafia os jovens a incentivar o debate para a revisão da Lei do Petróleo, afirma que com as descobertas das novas jazidas o Brasil não será somente exportador, mas também auto-suficiente e construirá refinarias para que a exportação seja do produto final e não da matéria prima. "Não podemos abrir mão, o petróleo é um patrimônio da União e é preciso destinar o dinheiro para resolver questões da educação, e para transformar o Brasil".
"Me sinto mais orgulhoso em ser brasileiro por estar ajudando a reparar a sede da UNE e da UBES, afirma o Presidente.


Presentes:
Danilo Moreira – Presidente do Conselho Nacional de Juventude
Luís Roberto Cury – Secretário Nacional de Juventude
Aldo Arantes – Ex – Presidente da UNE (61/62)
Ismael Cardoso – Presidente da UBES
Lúcia Stumpf – Presidente da UNE
Reginaldo Lopes – Deputado Federal
Chico Lopes – Deputado Federal
Inácio Arruda – Senador
Ideli Salvatti – Senadora
Paulo Duque - Senador
José Serra – Governador do Estado de São Paulo
Luiz Fernando Pezão – Vice-governador do Rio de Janeiro
Edson Santos – Ministro da Igualdade Racial
Wadson Ribeiro – Ex – Presidente da UNE e Ministro Interino dos Esportes
Luis Inácio Lula da Silva – Presidente do Brasil
Sérgio Cabral – Governador do Estado do Rio de Janeiro
Fernando Haddad – Ministro da Educação
José Gomes Temporão – Ministro da Saúde
Luiz Carlos Dulci – Secretário Geral da Presidência da República
Jean Marc Van der Weid - Ex – Presidente da UNE (69/70)
Aldo Rebelo – Ex – Presidente da UNE (80/81)
Wadson Ribeiro – Ex – Presidente da UNE (99/01)
Gustavo Petta – Ex – Presidente da UNE (03/07)
Marcelo Brito (Gavião) - Presidente da UJS


Texto e fotos de Nadini Lopes para a página da UJS


A Estrada vai além do que se vê!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Lula repara injustiça histórica

Presidente Lula anuncia reconstrução da sede da UNE e da UBES

Durante ato no terreno da UNE e da UBES, na Praia do Flamengo, 132, presidente Lula assinou Projeto de Lei que reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro na demolição da sede das entidades e participou também do lançamento da Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura
Nesta terça-feira (12), às 14 horas, o presidente Lula tornou-se o segundo presidente da República a visitar a sede da UNE e da UBES em seus 70 anos de história. O primeiro — e único até então — foi João Goulart, em 1962. Lula esteve no local para assinar uma mensagem que será enviada ao Congresso Nacional, com o Projeto de Lei propondo indenização à. UNE, por ter seu prédio incendiado em 1964, e posteriormente demolido, em 1980.
"A UNE, por tudo o que fez e por tudo o que significou, jamais deveria ter sido destruída, mas sim vangloriada", declarou Lula durante a cerimônia.
A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, afirmou: "Não foi por acaso que a UNE foi atacada em 1964, mas sim por todo o simbolismo de resistência da juventude contra a ditadura militar. O dia de hoje vai entrar para a história. Vamos reconstruir aqui a nova casa do poder jovem."
O governador de São Paulo, José Serra, que era presidente da UNE em 1964, quando a sede da entidade foi incendiada, lembrou que "a UNE foi o principal foco do ataque no primeiro dia do golpe militar de 64. O gesto de Lula, hoje, revigora este símbolo histórico."
Sergio Cabral, governador do Rio de Janeiro, afirmou que "em 2007, apoiamos a reintegração de posse do terreno da UNE. Sem violência, conseguimos garantir a devolução do terreno à entidade."
Ismael Cardoso, presidente da UBES, declarou que "este momento ficará marcado pela reparação do Estado ao movimento estudantil e que só com a rebeldia conseqüente se constrói um Brasil soberano".
Além de Serra, também estiveram presentes os ex-presidentes da UNE Aldo Arantes (61/62), Jean Marc Van der Weid (69/70), Aldo Rebelo (80/81), Wadson Ribeiro (99/01 e atual ministro interino dos Esportes) e Gustavo Petta (03/06).
O evento contou ainda com as presenças dos ministros José Gomes Temporão (Saúde), Fernando Haddad (Educação) e Edson Santos (Igualdade Social); do vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; do secretário-geral da Presidência da República, Luiz Carlos Dulci;; do presidente do Conselho Nacional de Juventude, Danilo Moreira; do secretário nacional de Juventude, Luís Roberto Cury; dos deputados federais Chico Lopes e Reginaldo Lopes; e dos senadores Inácio Arruda, Paulo Duque e Ideli Salvatti. Todos os presentes lembraram da importância do movimento estudantil para a história do País e a forma violenta como as entidades foram colocadas na clandestinidade após o incêndio criminoso de sua sede em 1964.

Praia do Flamengo, 132
O local é berço do movimento estudantil e da resistência à ditadura militar. Abrigou a sede da UNE e da UBES, de 1942 até o fatídico dia 1° de abril de 1964, quando o prédio foi incendiado como primeiro ato da ditadura militar. Em 1980, o que restava do edifício foi demolido por ordem do então presidente João Figueiredo. Catorze anos depois, em 1994, o então presidente Itamar Franco reafirmou a posse do terreno às entidades. Naquele momento, o terreno era ocupado de forma irregular por um posseiro que explorava no local um estacionamento clandestino. Apenas em 1º de fevereiro de 2007, a UNE recuperou a posse do tradicional endereço, quando, durante uma passeata, milhares de estudantes ocuparam o local onde funcionava um estacionamento ilegal e expulsaram de lá o posseiro.
A partir daí iniciou-se uma série de atos pela reconstrução da sede. A campanha Meu Apoio é Concreto, lançada pela UNE e pela UBES, tem o objetivo de angariar fundos para a reconstrução do prédio. O projeto recebeu o apoio de diversos políticos, personalidades de setores como cultura e educação e ex-lideranças estudantis.

Projeto Oscar Niemeyer
No dia 10 de agosto de 2007, data em que a presidente da UNE, Lucia Stumpf, tomou posse, e, em meio às comemorações dos 70 anos da entidade, o arquiteto Oscar Niemeyer presenteou a UNE e a UBES com uma versão atualizada do projeto, para a reconstrução da sede no terreno da Praia do Flamengo. Niemeyer idealizou um prédio com 13 andares, onde também haverá um teatro para abrigar as produções culturais estudantis e um museu de Memória do Movimento Estudantil, entre outros espaços.

Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura
No mesmo dia 12, o ônibus da Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura, uma parceria com o Ministério da Saúde, ligou o motor para dar início ao seu itinerário pelo Brasil. A abertura ocorreu após a cerimônia com o presidente Lula, na Praia do Flamengo.
A expedição, que terá duração de mais de três meses (até 27 de novembro), e percorrerá aproximadamente 32 mil km, visitará 41 universidades públicas e particulares dos 26 Estados, mais o Distrito Federal. Essa será a primeira vez que uma caravana da UNE passará por todos os Estados brasileiros. O ônibus da Caravana da UNE chegará nas instituições e sua equipe realizará um dia de mobilização, com eventos, debates, campanhas, como a de doação de sangue, e por fim, atividades culturais.
Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, "não existe democracia sem juventude. A Caravana vai discutir a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado".
Ao final do ato, toda a estrutura do evento seguiu até o Campus da Praia Vermelha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ponto de partida oficial da Caravana. O grupo de teatro "Tá na Rua" fez uma apresentação encerrando o primeiro dia da Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura.
Amanhã (14), a Caravana seguirá para a Universidade Estácio de Sá, promovendo dois debates e atividades culturais. O primeiro deles acontecerá pela manhã, com o tema "Drogas – Legalizar ou não?".
Dia 18, a Caravana da UNE pegará a estrada em direção ao Espírito Santo.

Da redação do EstudanteNet

Leia e ouça o discurso do Presidente aqui e aqui.

Leia mais sobre a Caravana da UNE aqui.

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