quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Famoso por prender Dantas, Protógenes se filia ao PCdoB

por Osvaldo Bertolino*

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) recebe nesta quarta-feira um nome que teve amplo destaque no noticiário nacional.

À filiação, deve se seguir a candidatura a algum cargo eletivo nas eleições de 2010.

Protógenes Queiroz chegou a manter conversas com Psol, PDT, PV e PT antes de decidir-se pelo PCdoB.

Ele atende a imprensa no início da tarde no Hotel São Paulo Inn, no centro de São Paulo.

O baiano Protógenes ganhou destaque na mídia durante investigações contra crimes de colarinho branco.

Dividiu as apurações do caso Corinthians/MSI com a Promotoria de São Paulo.

Os envolvidos em acusações de evasão de divisas e lavagem de dinheiro e nas fraudes da arbitragem do futebol Brasileiro, em 2005, foram investigados por ele e pelos promotores Roberto Porto e José Reinaldo Guimarães Carneiro, do Grupo Especial do Ministério Público, o Gaeco.

Seu nome ganhou definitivamente as manchetes com a Operação Satiagraha, em 2008.

Foi afastado do caso pela cúpula da Polícia Federal e é alvo de inquérito para apurar sua conduta durante as investigações.

Durante a operação, Protógenes coordenou a prisão do banqueiro Daniel Dantas, do mega-investidor Naji Nahas e do também ex-prefeito Celso Pitta.

Por estes feitos, sua candidatura deve levantar bandeiras anti-corrupção.

O delegado ainda foi o responsável pela prisão do contrabandista Law Kim Chong.

Protógenes foi afastado temporariamente do cargo em abril deste ano até a conclusão de um processo disciplinar da corregedoria da PF.

A ação investiga a participação dele em um comício em Poços de Caldas, Minas Gerais, em setembro de 2008.

A decisão de afastar o delegado foi tomada pelo diretor-geral da PF, delegado Luiz Fernando Corrêa, e anunciada em portaria no dia 9 de abril.

Segundo ele, os servidores públicos da ativa não podem se envolver em campanhas políticas.

Em julho de 2008, o delegado já havia sido afastado da Operação Satiagraha depois de surgirem suspeitas de que ele teria “vazado” informações sobre a operação.

Na época, a saída foi justificada pelo fato de o delegado ter iniciado um curso na escola superior da Polícia Federal.

Em novembro, ao retomar suas atividades, foi informado de seu afastamento também da Diretoria de Inteligência da PF.

Depois disso, o delegado afirmou que entraria com um pedido de indenização contra a PF, mas disse que não tinha pressa para mover a ação.


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P.S. Nosso blog tinha essa informação há mais de duas semanas, mas, a pedido da fonte (um grande amigo nosso, grande mesmo), optamos por não divulgar para não prejudicá-lo.


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