sexta-feira, 6 de junho de 2008

Coteminas ameaça demitir. Trabalhadores ocupam sindicato


Além de bloquear os cartões de acesso à empresa, diretores da Coteminas tentam fazer operários assinar documento de demissão voluntária. Revoltados com atitude inerte do sindicato da categoria, grevistas “ocupam” sede da entidade.

Os trabalhadores do Grupo Coteminas de Montes Claros – que protestam contra os cortes dos benefícios e sobre as demissões provenientes das manifestações e paralisação das atividades do setor de tecelagem – foram surpreendidos com uma série de represálias por parte da direção da empresa.


Mesmo após insistentes tentativas de se reunirem com a direção para negociar, muitos operários tiveram os cartões de acesso ao interior das fábricas bloqueados. Outra denúncia é sobre a ação de funcionários da direção do Grupo Coteminas.


Desde segunda-feira (2), aproveitando do pouco conhecimento jurídico dos trabalhadores, eles forçam os empregados a assinar documento de demissão voluntária. Eles coagem os funcionários dizendo que a demissão será efetivada, de uma forma ou de outra. Se assinarem o documento “pelo menos receberiam o valor de dois salários mínimos”. Caso não assinem “seriam demitidos por justa causa e não receberiam nada por isso”.


Segundo o líder de oposição sindical, Lourival Soares Ribeiro, na sexta-feira (30), após a paralisação do setor de tecelagem em razão dos cortes de benefícios, tentaram dialogar com os diretores, entretanto, quando resolveram voltar às atividades, foram impedidos de entrar na empresa.


Lourival diz que essa manobra do Grupo Coteminas tem como finalidade forçar demissão de justa causa, impedindo que os trabalhadores comprovem o “ponto”. Isso reforçaria a argumentação da empresa de que os trabalhadores não compareceram ao trabalho e assim facilitaria a alegação de demissões por justa causa.

Ocupação
Revoltados com a atitude injusta da empresa e a inércia do sindicato da categoria, cerca de 50 trabalhadores ocuparam na manhã desta quinta-feira (5) a sede da entidade exigindo uma postura mais firme e que atenda às reivindicações da categoria, e não dos diretores da empresa. A ocupação foi feita sem agressões ou qualquer danificação do patrimônio, e ocorreu às 10 da manhã.


Lourival leu um documento (veja abaixo) no qual cobra do sindicato postura mais combativa contra as injustiças que estão sendo feitas com os trabalhadores do Grupo Coteminas. O documento foi protocolado após insistentes tentativas com as lideranças do atual sindicato.
Até o fechamento desta matéria os trabalhadores ainda não tinham um posicionamento definitivo e formalizado sobre as suas reivindicações e mantinham a decisão de ocupar o prédio.


Em pronunciamento na reunião ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros na última terça-feira (3), o vereador Lipa Xavier (PCdoB) ressaltou os problemas e injustiças que vinham sofrendo os trabalhadores. Lipa esteve presente na porta da fábrica desde sexta-feira (30) prestando todo apoio à causa e sensibilizado com as lamentáveis injustiças que os operários estão sofrendo.

Manifesto
A “CHAPA 2” vem informar que o Grupo Coteminas vem infringindo os direitos trabalhistas, cortando os benefícios e impedindo os trabalhadores de entrarem na empresa e principalmente de não permitir que os grevistas se manifestem a favor do que é de direito dos trabalhadores.
É muito importante que saibam que a empresa não aceitou nenhuma das dez reivindicações apresentadas pela comissão dos grevistas. Noventa e três trabalhadores estão sendo “alvo” da empresa em uma ação judicial que está sendo movida pelo Grupo Coteminas.
A empresa está forçando os trabalhadores a assinarem documentos de demissão voluntária. Isto é uma afronta à liberdade de expressão e à luta pelos seus direitos.
A greve é um direito de todos os trabalhadores do Brasil, é assegurado pela justiça, e nenhum trabalhador pode ser demitido dessa forma.
A “CHAPA 2” solicita que os trabalhadores não assinem a demissão voluntária, pois já entrou com a denúncia contra o Grupo Coteminas na justiça movendo uma ação contra a empresa.
Vários dos grevistas que foram ameaçados de demissão já assinaram um documento junto à justiça para que possam recorrer ao Ministério Público.
Você trabalhador! Não se sinta sozinho, pois, a luta é de todos.
Entrem juntos nessa ação coletiva contra o Grupo Coteminas, pois, o sindicato até o momento não se manifestou a favor dos trabalhadores, somente a favor dos interesses econômicos da empresa e seus grandiosos lucros.
Somente nós trabalhadores sabemos o quanto faz falta um salário digno e justo.
Somente nós sabemos o quanto vale o nosso suor do dia-a-dia.
Não deixem que falsas promessas os enganem, vamos nos unir para que os trabalhadores do Grupo Coteminas tenham seus benefícios e direitos respeitados.
Somente um pai e uma mãe sabem o quanto farão falta as duas cestas básicas que estão cortando. A empresa informou que somente nesse mês os trabalhadores irão receber o alimento.
Nossa greve é justa e merece o apoio de todos. Quem se calar vai estar concordando com o abuso da empresa e mais uma vez estará trabalhando sem o valor merecido.
Na última quinta-feira (5) os trabalhadores ocuparam a sede do sindicato da categoria cobrando postura mais séria do sindicato com as injustiças cometidas pelo Grupo Coteminas. Mais de 40 trabalhadores se mobilizaram e fizeram com que os representantes do sindicato tomassem providências para amparar e lutar pelos trabalhadores.


Reportagem de Rodrigo de Paula



A Estrada vai além do que se vê!

4 comentários:

Anônimo disse...

a coteminas depos que passou ser adiministrada por josue filho de jose de alencar virou um licho desfazendo do ser humano seus colaborador jose de alencar que defende tanto um braeil sem fome deveria prestar atencao do que vem acontecendo em suas enpresa pois o maior patrimonio da enpresa e os colaborador

Anônimo disse...

EFEITO CHINA

EFEITO CHINA




EDITORIAL - EDGAR ANTUNES PEREIRA





Um salário mínimo na China é de sessenta e cinco dólares mês, o equivalente a

cento e seis reais, e a jornada de trabalho é de 60 horas semanais.

Só para efeito de comparação, no Brasil, os trabalhadores têm jornada de 44

horas semanais; na França 35 horas e os chineses, além da maior jornada, pelo

menos uma vez ao mês, trabalham todos os dias da semana, sem direito a

descanso.

O comunismo chinês está mais para o capitalista selvagem, que remonta à

época da revolução industrial (século XVIII), ao adotar condições de trabalho

desumanas, desregradas, sem limites. Daí o sucesso dos produtos chineses no

mundo, mão-de-obra de qualidade, farta e barata, e trabalho desumano.

Por essas razões, hoje, como acontece em todos os países do mundo, inclusive

Brasil, é mais lucrativo comprar da China que produzir internamente. A brasileira

Hering, tradicional indústria têxtil, prefere importar de lá seus produtos a

manter-se ativa.

Montes Claros é um importante pólo têxtil, onde a Coteminas, maior empresa do

setor no país, aqui tem cinco importantes plantas que garantem emprego a mais

de 3.000 pessoas, sofre, como todo o setor, forte e brutal concorrência de

países orientais, que produzem nas mesmas condições de trabalho dos

chineses.

Não bastasse o efeito China, sindicatos estrangeiros, como dos metalúrgicos,

professores, CUT, entre outros e partidos políticos superados pelo tempo e

fracasso de suas ideologias, como o PCdoB de Lipa, mais por questões

eleitoreiras que reivindicações de direitos do trabalhador, as eleições estão aí,

mobilizaram, para mostrar serviço, meia dúzia de gatos pingados a tumultuar a

atividade normal da empresa.

O interessante dessa história é que o sindicato da classe em Montes Claros, o

SINDTEXTIL, ficou de fora, uma questão de bom senso.

O momento da escolha do protesto, já que a fábrica aceitara as reivindicações

de manter benefícios, no mínimo, inoportuno. Ainda mais, se se levar em conta

a média salarial paga pela empresa e as condições de trabalho oferecidas, que

incluem escola, auxílio alimentação, transporte, auxílio farmácia e participação

nos lucros, o equivalente a décimo quarto salário.

O norte de Minas é uma região pobre, carente, que precisa trazer investimentos

para geração de emprego e renda, e movimentos como esse, sem alicerces

solidificados em reivindicações justas, são despropositais e tendem, como

aconteceu, ao fracasso e à exposição da cidade como politicamente

despreparada.

Os pseudo líderes se vão atrás de novas greves, para manter a falsa e

impatriótica atmosfera de conflitos trabalhistas inexistentes. Perde o

trabalhador, por questões de disciplina e manutenção da ordem, o seu emprego.

Ao que parece, a exemplo do sucedido na Coteminas, os sindicatos e partidos de uma

esquerda falida, desacreditada e burra, continuam a atuar com o mesmo fanatismo e

propósito de antanho.

A China moderna se espelha no capitalismo para mudar o cenário de atraso em que está

mergulhada e que começa romper com a abertura de mercado ao mundo “proibido” do

capital.

Mas, véspera de eleição é assim mesmo. Os sindicatos transformam-se em partidos

políticos, com seus principais líderes eleitos para a Câmara Federal, Assembléias

Estaduais e Câmara de Vereadores, vale o jargão: o poder a qualquer custo, mesmo que

acima da ética, probidade e prejuízo ao emprego do trabalhador.

Agora, quem arcará com a manutenção dos duzentos operários despedidos?

O senhor Vereador?!

Anônimo disse...

unidade campina grande 12h nao aguentamos mais

Anônimo disse...

os colaboradores da cotemninas de campina gramde estao revoutado com a deretori da enpresa com o senhor marcos pousa.que nao esta fazendo uma boa adimistraçao agradeso pela tençao.