Não Há Motivos Para Comemorar.
por Arthur Muhlenberg
Como torcedores do legitimo Fuderosão, o terror das lideranças, temos caminhões de motivos para tirar onda e extravasar nossa euforia. O Mengão vem doutrinando na reta final do campeonato e fazendo o que os outros não parecem ser capazes de fazer. Isto é, vencendo quando é preciso vencer. Outro motivo? Os cavalos paraguaios, aqui anunciados em primeira mão, confirmaram sua condição de matungos e se dirigem tristemente em direção ao Jockey Club de Assuncion. E isso nos provoca sinceras e profundas gargalhadas.
Gargalhadas iguais a que dei quando soube que a torcidinha do Nauticuzinho repetiu a estúpida estratégia das galinhas mineiras e promoveu mais um antiquando e inútil foguetório no hotel do Mengão. Exatamente como em Belo Horizonte, essa palhaçada foi estimulada pela postura idiota e apequenada dos dirigentes dos clubes da casa. Dirigentes cro-magnon , que insistem em tentar intimidar a Magnética e apelam para todas as más práticas desportivas para tentar impedir que a maior torcida do mundo ocupe seu lugar de direito nos seus estádios mixurucas. Aprendam de uma vez por todas, a Magnética não se intimida com nada e está sempre ao lado do Mengão.
Do jogo de ontem eu nem vou falar, todo mundo viu o que aconteceu. Pior, todo mundo sabia o que ia acontecer. O Flamengo chegou, viu e ganhou. Tudo com extrema facilidade e sem grandes atropelos. O Náutico não tem time pra fazer frente ao Fuderosão e se alguns dos pretendentes ao título tropeçaram diante dele tal fato só comprova que os tais pretendentes ao titulo também não são lá grande coisa.
Mesmo com tantos motivos para a zoação, a esbórnia e a celebração recomendo fortemente que fiquemos ao lado do comandante Andrade. Andrade, que reúne em seu dedo mindinho esquerdo mais conhecimento do Flamengo que redações inteiras lotadas de jornalistas especializados, já deu o papo: Evitem o oba-oba, ainda não ganhamos nada!Sabe tudo esse Andrade, é monstro mesmo. Nessas horas em que meninos são separados dos homens dá uma tremenda tranqüilidade saber que contamos com um cara como o Andrade, que já ganhou tudo no futebol. Ele, melhor que ninguém, sabe que a distância que separa a euforia da deprê profunda é ínfima. É a grande verdade, não ganhamos nada.
Vamos nos dar ao respeito e segurar nossa onda. Somos o Flamengo, caceta! Aqui na Gávea não se comemora títulos de divisões subalternas e muito menos vice-lideranças. Aliás, esse papo de vice não é com a gente mesmo. Deixemos esse assunto pros especialistas. Como ontem, nas comemorações dos nossos incríveis e extraordinários primeiros 114 anos de vida. Na regata final do Campeonato Carioca de remo o Mengão, naturalmente, se sagrou campeão. Adivinha quem foi o vice?
Mengão Sempre
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