quinta-feira, 27 de março de 2008

5 mil ocuparão as ruas de BH amanhã

Jornada de lutas: UEE e UCMG vão colocar 5 mil nas ruas nesta sexta
Março sempre foi o mês tradicional das grandes mobilizações estudantis, impulsionadas pela Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Educação, série de manifestações promovidas pela UNE e pela UBES em todo o país.
Neste ano, repetindo a grande passeata de 2007, a União Estadual dos Estudantes (UEE-MG) e a União Colegial de Minas Gerais (UCMG) prometem na próxima sexta-feira, dia 28 de março, colocar mais de 5 mil estudantes nas ruas de Belo Horizonte para protestar por mais investimentos na educação.
A concentração começa às 8h, na praça Afonso Arinos. Depois, a marcha passará em frente a porta do Palácio da Liberdade e da Prefeitura, seguindo até a Praça Sete, onde haverá um ato público com outros movimentos sociais.

Bandeiras
As manifestações levantam bandeiras como a democratização do conselho Estadual de Educação, a implantação do passe estudantil (BH é uma das poucas capitais onde não existe política do passe), o fim das taxas abusivas nas Universidades Públicas e privadas, a reforma curricular e a gestão democrática nas escolas de Minas, além de mais investimentos e gratuidade em todas as unidades da UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais).
“Aqui em Minas Gerais precisamos de um projeto de educação que leve em conta a necessidade de uma escola democrática e inovadora e de uma Universidade Pública que cumpra a função de pensar o desenvolvimento de nosso Estado”, afirma o presidente da UEE-MG, Diogo Santos.
Além das manifestações locais, a Jornada também reivindica em todo país a luta pelo fim da Desvinculação das Receitas da União (DRU), a gestão democrática nas escolas, investimento de 10% do PIB na educação, limitação do capital estrangeiro nas universidades, mais qualidade e acesso ao ensino superior, e a derrubada dos vetos de FHC ao plano Nacional de Educação.
O presidente da UCMG, Flávio “Panetone”, acredita que só com a pressão dos estudantes será possível conquistar mudanças concretas no sistema educacional de Minas Gerais. “Vamos levar até os governantes as nossas reivindicações. Mas sabemos que somente com muita pressão e com os estudantes nas ruas é que poderemos mudar o quadro de descaso com a educação que se instalou aqui no nosso estado”, convoca.

Edson Luis, presente!
A Jornada também relembra os 40 anos da morte do estudante secundarista Edson Luis, assassinado no restaurante Calabouço, em março de 1968, pela ditadura militar.
Gabriela Nascimento, do Caderno Vermelho Minas



A Estrada vai além do que se vê!

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