Para dirigente do PCdoB, revolução brasileira é socialista
Durante debate realizado no último sábado (30) promovido pelo Espaço Marx nos marcos do Fórum Social Mundial Temático da Bahia, o dirigente do Partido Comunista do Brasil, José Reinaldo Carvalho, afirmou que “a revolução brasileira tem caráter socialista”.
Em mesa coordenada pelo acadêmico Muniz Ferreira, da Universidade Federal da Bahia, e da qual também participaram Jorge Almeida, da Fundação Lauro Campos, do PSOL, e Sandro Santa Bárbara, da Fundação Dinarco Reis (PCB), José Reinaldo discorreu sobre a situação internacional e nacional e deteve-se na explicação do Programa do Partido aprovado no 12º Congresso em novembro último.
O dirigente comunista disse que o “socialismo continua na ordem do dia e com mais razão nos tempos atuais em que o capitalismo atingiu elevado grau de globalização, transnacionalização, concentração e centralização do capital, tornando-se o capitalismo dos grandes monopólios e das potências imperialistas”.
Para ele, em tal situação não há lugar, objetivamente, para “terceiras vias, experiências autárquicas de capitalismo nacional nem de conciliação de interesses entre os trabalhadores e as classes dominantes, os povos e o imperialismo”.
Referindo-se à atual crise econômica e financeira do capitalismo, o dirigente do PCdoB insistiu na opinião do Partido de que “se trata de uma crise sistêmica e estrutural que resultou também numa crise ideológica da burguesia e dos apologistas do capitalismo”. Ou seja, conforme colocou José Reinaldo, “entraram em crise também os paradigmas neoliberais com os quais as classes dominantes tentaram convencer os povos da eternidade do capitalismo”.
Ressalvando sempre que o Brasil vive uma conjuntura política bastante positiva devido aos esforços do governo Lula para aprofundar a democracia, realizar virtuosas políticas sociais e pôr em prática uma política externa objetivamente oposta aos planos hegemônicos do imperialismo, o dirigente do PCdoB fez uma severa crítica “às estruturas e superestruturas retrógradas da sociedade brasileira”. Classificou o sistema econômico como “capitalismo dependente”, enfatizou a existência de “brutais desigualdades sociais e regionais” e declarou que “objetivamente e estruturalmente a sociedade brasileira é hegemonizada pelo imperialismo, nomeadamente o norte-americano, a oligarquia financeira, a burguesia monopolista associada e os grandes latifundiários”.
Foi com base em tal diagnóstico que o conferencista do PCdoB fez a declaração de que “a etapa da revolução brasileira é socialista”. Revolução e socialismo que, em sua opinião, “não devem ser cópias de nenhuma experiência de outro momento histórico nem de outro país, mas resultado das lutas do povo brasileiro. Revolução e socialismo, que não são atos de vontade nem se realizam em curto prazo histórico, mas tarefas complexas a cumprir no longo prazo histórico”.
Para ele, na atual etapa de desenvolvimento da sociedade brasileira, a luta pelo socialismo é composta por três vertentes que se entrelaçam: a luta nacional patriótica pela nova independência e em defesa da soberania nacional; a luta democrática por um novo poder político democrático-popular sob a liderança dos trabalhadores e a luta social e popular por direitos e progresso social.
José Reinaldo informou o público sobre as linhas principais do programa aprovado no 12º Congresso e a importância do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, assim como da plataforma de reformas estruturais que, segundo ele, “encontram na conjuntura política atual condições propícias à sua realização”.
O dirigente enfatizou a luta pelo desenvolvimento nacional com valorização do trabalho e progresso social, a importância de uma política de crescimento econômico, de geração de emprego, de redução da jornada do trabalho e distribuição da renda e da riqueza. E defendeu a reforma política, a democratização do aparelho de Estado e dos meios de comunicação, a reforma agrária, a reforma urbana, a universalização dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários e a priorização pelo governo de políticas de saúde, educação, habitação, cultura e esporte.
O dirigente do PCdoB afirmou que, no Brasil, “a luta pelo socialismo será resultado da luta de classes e da luta antiimperialista, do movimento geral de massas, das alianças políticas entre as forças progressistas”. No quadro político concreto atual, destacou a importância da “política eleitoral, da atividade institucional e o papel histórico dos governos progressistas na América Latina”.
Ele encerrou sua participação no debate chamando a atenção para os embates político-eleitorais deste ano. “É fundamental, para que se continue abrindo perspectivas de transformações políticas e sociais progressistas, a vitória nas eleições presidenciais e parlamentares das forças políticas que compõem o governo Lula, a partir do que o processo de mudanças poderá se consolidar e se aprofundar”. Conforme destacou, “está nas mãos do povo evitar o retrocesso”.
Da página do PCdoB
Em mesa coordenada pelo acadêmico Muniz Ferreira, da Universidade Federal da Bahia, e da qual também participaram Jorge Almeida, da Fundação Lauro Campos, do PSOL, e Sandro Santa Bárbara, da Fundação Dinarco Reis (PCB), José Reinaldo discorreu sobre a situação internacional e nacional e deteve-se na explicação do Programa do Partido aprovado no 12º Congresso em novembro último.
O dirigente comunista disse que o “socialismo continua na ordem do dia e com mais razão nos tempos atuais em que o capitalismo atingiu elevado grau de globalização, transnacionalização, concentração e centralização do capital, tornando-se o capitalismo dos grandes monopólios e das potências imperialistas”.
Para ele, em tal situação não há lugar, objetivamente, para “terceiras vias, experiências autárquicas de capitalismo nacional nem de conciliação de interesses entre os trabalhadores e as classes dominantes, os povos e o imperialismo”.
Referindo-se à atual crise econômica e financeira do capitalismo, o dirigente do PCdoB insistiu na opinião do Partido de que “se trata de uma crise sistêmica e estrutural que resultou também numa crise ideológica da burguesia e dos apologistas do capitalismo”. Ou seja, conforme colocou José Reinaldo, “entraram em crise também os paradigmas neoliberais com os quais as classes dominantes tentaram convencer os povos da eternidade do capitalismo”.
Ressalvando sempre que o Brasil vive uma conjuntura política bastante positiva devido aos esforços do governo Lula para aprofundar a democracia, realizar virtuosas políticas sociais e pôr em prática uma política externa objetivamente oposta aos planos hegemônicos do imperialismo, o dirigente do PCdoB fez uma severa crítica “às estruturas e superestruturas retrógradas da sociedade brasileira”. Classificou o sistema econômico como “capitalismo dependente”, enfatizou a existência de “brutais desigualdades sociais e regionais” e declarou que “objetivamente e estruturalmente a sociedade brasileira é hegemonizada pelo imperialismo, nomeadamente o norte-americano, a oligarquia financeira, a burguesia monopolista associada e os grandes latifundiários”.
Foi com base em tal diagnóstico que o conferencista do PCdoB fez a declaração de que “a etapa da revolução brasileira é socialista”. Revolução e socialismo que, em sua opinião, “não devem ser cópias de nenhuma experiência de outro momento histórico nem de outro país, mas resultado das lutas do povo brasileiro. Revolução e socialismo, que não são atos de vontade nem se realizam em curto prazo histórico, mas tarefas complexas a cumprir no longo prazo histórico”.
Para ele, na atual etapa de desenvolvimento da sociedade brasileira, a luta pelo socialismo é composta por três vertentes que se entrelaçam: a luta nacional patriótica pela nova independência e em defesa da soberania nacional; a luta democrática por um novo poder político democrático-popular sob a liderança dos trabalhadores e a luta social e popular por direitos e progresso social.
José Reinaldo informou o público sobre as linhas principais do programa aprovado no 12º Congresso e a importância do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, assim como da plataforma de reformas estruturais que, segundo ele, “encontram na conjuntura política atual condições propícias à sua realização”.
O dirigente enfatizou a luta pelo desenvolvimento nacional com valorização do trabalho e progresso social, a importância de uma política de crescimento econômico, de geração de emprego, de redução da jornada do trabalho e distribuição da renda e da riqueza. E defendeu a reforma política, a democratização do aparelho de Estado e dos meios de comunicação, a reforma agrária, a reforma urbana, a universalização dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários e a priorização pelo governo de políticas de saúde, educação, habitação, cultura e esporte.
O dirigente do PCdoB afirmou que, no Brasil, “a luta pelo socialismo será resultado da luta de classes e da luta antiimperialista, do movimento geral de massas, das alianças políticas entre as forças progressistas”. No quadro político concreto atual, destacou a importância da “política eleitoral, da atividade institucional e o papel histórico dos governos progressistas na América Latina”.
Ele encerrou sua participação no debate chamando a atenção para os embates político-eleitorais deste ano. “É fundamental, para que se continue abrindo perspectivas de transformações políticas e sociais progressistas, a vitória nas eleições presidenciais e parlamentares das forças políticas que compõem o governo Lula, a partir do que o processo de mudanças poderá se consolidar e se aprofundar”. Conforme destacou, “está nas mãos do povo evitar o retrocesso”.
Da página do PCdoB
Foto: Agência Brasil
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