segunda-feira, 30 de março de 2009
A origem da dança

Raposa do Sol

Lá de longe em longe o dia amanhece diferente. Que o digam os índios da reserva indígena da Raposa do Sol no Estado de Roraima, ao norte do Brasil, a quem o Supremo Tribunal Federal acaba de reconhecer e confirmar definitivamente o seu direito à plena posse e ao uso pleno dos mil quilómetros quadrados de superfície da reserva. A sentença não deixa qualquer margem a dúvidas: os não índios devem sair imediatamente da Raposa do Sol, assim como as empresas arrozeiras que durante anos invadiram o território e nele se instalaram abusivamente. Já em 2005 o presidente Lula havia decidido a entrega da reserva aos indígenas e a saída das empresas arrozeiras, mas as autoridades do Estado de Roraima, favoráveis aos arrozeiros, recorreram ao Supremo Tribunal por considerarem inconstitucional o decreto presidencial. Quatro anos depois o Supremo decide a questão e põe uma definitiva pedra sobre o assunto. Nem tudo, porém, são rosas neste idílico quadro. Afinal, a luta de classes, tão discutida em épocas relativamente recentes e que parecia haver sido condenada ao caixote do lixo da História, existe mesmo. Com esta visão unilateral que temos, nós, os europeus, dos problemas sociais da América Latino, tendemos a ver unanimidades onde elas não existem nem existiram nunca. Na Raposa do Sol, os índios endinheirados, que também lá os há, fizeram causa comum com os não índios e com as empresas arrozeiras. A festa foi dos outros, dos pobres.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Samba, suor e cachaça no fim de semana
Fim de semana no final do mês é osso! Quebradeira geral. Apesar disso vamos às dicas pra quem quer se divertir um bocado.
De hoje até domingão vão rolar os shows da Conexão Vivo na Praça de Esportes em Montes Claros com entrada franca (obaaaaaa!). Vários shows legais, com destaque para os artistas da região e para as ilustres presenças de Telo Borges, Maurício Tizumba, do pernambucano Otto e do sambista Monarco da Portela, com mais cinqüenta anos de samba. Esse é imperdível, confiram a programação:


Outra dica legal é a Calourada de Ciências Sociais, que vai rolar amanhã na República Sagarana (Rua Santo Antônio nº 511 – Todos os Santos). A festa conta com o patrocínio do DCE Unimontes, Centro Acadêmico de Ciências Sociais, Departamento de Política e Ciências Sociais, Datamontes e Clube do Açaí. Homens pagam R$ 10 e mulheres, R$ 8, com direito a cerveja, clight e refrigerante à vontade.
Além disso tem a reunião do elenco fixo de Lost numa sucursal da ilha.
Bom fim de semana e aproveitem sem moderação.
A Estrada vai além do que se vê!
quinta-feira, 26 de março de 2009
Montes Claros receberá encontro sobre Plano Decenal de Educação

O evento, no Centro Cultural Dr. Hermes de Paula (Praça Dr. João Chaves, 32, Centro), começará às 8 horas, com o credenciamento (não é necessário fazer inscrição prévia). Às 8h30, acontecerá a abertura, que deverá contar com a presença do presidente da ALMG, deputado Alberto Pinto Coelho (PP); do prefeito municipal de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite; do presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, Athos Mameluque Mota; da superintendente regional de Ensino de Montes Claros, Maria Salete de Souza Nether; da representante do Conselho Municipal de Educação de Montes Claros, Geralda Aquino de Oliveira; além de representantes dos professores, dos estudantes e dos pais.
Às 9h30, tem início as palestras e quatro convidados irão falar sobre o Plano Decenal de Educação. São eles: o coordenador do Plano Decenal de Educação e representante da Secretaria de Estado da Educação (SEE), Luís Aureliano Gama de Andrade; a representante da Comissão Organizadora do Plano Decenal de Educação e da SEE, Maria de Lourdes Melo Prais; o reitor da Universidade Estadual de Montes Claros, Paulo César Gonçalves de Almeida; e o presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais, Gilson Luis Reis.
Os quatro grupos de trabalho iniciarão as suas atividades às 10h30, discutindo, cada um, temas das 11 áreas do Plano Decenal, assim distribuídos: Grupo 1: "Educação infantil/ensino fundamental/ensino médio"; Grupo 2: "Ensino Superior/Educação Tecnológica e Formação Profissional e Valorização dos Profissionais de Educação"; Grupo 3: "Educação Especial/Educação de Jovens e Adultos/Educação Indígena, Educação do Campo e Quilombola" e Grupo 4: "Financiamento e Gestão/Diálogo entre as Redes de Ensino e sua Interação".
No encontro de Governador Valadares, os participantes, reunidos nos grupos de trabalho, poderão apresentar até dez propostas de modificação para cada um dos onze temas do Plano Decenal de Educação, que serão posteriormente discutidas na etapa final do fórum técnico, que acontece no Plenário da ALMG, em Belo Horizonte, entre os dias 13 e 15 de maio. Também serão eleitos 12 representantes da região para participar da etapa final do fórum técnico.Às 15 horas, será realizada a plenária final, com apresentação do relatório dos grupos de trabalho e eleição dos 12 representantes da região para a etapa final do Fórum.
Entenda o Projeto - O PL 2.215/08 está tramitando na ALMG e será transformado na lei que vai estabelecer a política educacional do Estado para os próximos dez anos. O projeto atende à Lei Federal 10.172, de 2001, que determina aos estados, Distrito Federal e municípios a elaboração de planos decenais de educação, com base no Plano Nacional de Educação. Em Minas, a proposta abrange onze áreas, cada uma delas com objetivos, metas e ações estratégicas definidas.
O Plano Decenal de Educação de Minas Gerais está estruturado nas seguintes áreas: educação infantil; educação fundamental; ensino médio; educação superior; educação de jovens e adultos; educação especial; educação tecnológica e formação profissional; educação indígena, educação do campo e quilombolas; formação e valorização dos profissionais da educação; financiamento e gestão; e diálogos entre as redes de ensino e sua interação.
Uma das metas que se repete em todos os temas é a que visa à melhoria do desempenho dos alunos, a fim de que a universalização da oferta seja acompanhada da qualidade do ensino. A implementação das metas dependerá ainda de disponibilidade orçamentária e financeira. Para a maioria dos níveis de educação, o governo planeja definir, em dois anos, os padrões de atendimento da educação, abrangendo os aspectos relacionados à infra-estrutura física, ao mobiliário e equipamento, aos recursos didáticos, ao número de alunos por turma, à gestão escolar e aos recursos humanos indispensáveis à oferta de uma educação de qualidade.
Outra ação estratégica prevê, também em dois anos, a definição das habilidades e competências a serem adquiridas pelos alunos, bem como as metas a serem alcançadas pelos professores, a cada ano escolar, de modo a garantir o progresso dos alunos. Há também a previsão de um sistema de premiação para os professores em função dos bons resultados.
Fórum técnico - O Fórum Técnico Plano Decenal de Educação em Minas Gerais: Desafios da Política Estadual está sendo realizado pela Assembleia em parceira com o governo estadual e com mais de 20 entidades ligadas à educação, envolvendo governo estadual, a Secretaria de Estado de Educação, gestores municipais, estudantes, professores, pais, conselhos de educação, representantes da educação indígena, quilombola e do campo, entre outros.
A Assembleia, juntamente com o governo estadual e com entidades e movimentos sociais, está ainda realizando encontros em Araçuaí (25/3), Governador Valadares (3/4) e Paracatu (7/4). As entidades e movimentos sociais que apoiam o Parlamento na realização do evento coordenarão encontros também em Divinópolis (15/4), Juiz de Fora (17/4), Varginha (22/4) e Uberlândia (24/4).
Além da possibilidade de participação nos encontros do interior e na etapa final em Belo Horizonte, a população também poderá enviar suas sugestões de modificação do Plano Decenal de Educação pela internet, até o dia 12 de abril, através da Consulta Pública que a ALMG está promovendo. Para participar da Consulta Pública é necessário acessar a página principal da Assembleia na internet (www.almg.gov.br) e clicar no banner Consulta Pública - Plano Decenal de Educação.
Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação da Assembleia Legislativa - www.almg.gov.br
A Estrada vai além do que se vê!
quarta-feira, 25 de março de 2009
87 anos de luta em defesa do Brasil
A crise e um novo projeto para o Brasil

''Quem paga a crise? E quem ganha com a crise? Solução da crise a favor de quem e contra quem? Na lógica do capitalismo, a maioria paga e uma minoria se salva. Isso é reflexo de uma luta de classes, que se expressa no plano mundial e nacional. Isso requer luta, dura e crescente, para que a maioria não pague pela crise'', sublinhou Renato em São Paulo.
Ciro Gomes
O deputado Ciro Gomes também tem percorrido o país debatendo alternativas para enfrentar a crise. No dia 03 de março ele fez uma palestra em seminário realizado pela Liderança do PSB na Câmara, com apoio dos demais partidos que compõem o Bloco de Esquerda - PCdoB, PMN e PRB.
Naquela atividade, Ciro analisou que a crise financeira iniciada nos Estados Unidos se deu por conta da desregulamentação do mercado que começou a transformar dívida em ativo. Um consumidor sem dinheiro queria comprar uma casa e o mercado de olho nesse cliente em potencial começou a emitir hipotecas ruins que passaram, em seguida, a ser negociadas com valores superestimados. ''Segurança 100% e o máximo de rentabilidade é o que busca o investidor especulativo e o que foi obtido com essas hipotecas emitidas'', analisou Ciro na ocasião.
Para Ciro, ''o sistema financeiro americano está quebrado''. A declaração de falência da seguradora AIG e o fato de o governo dos Estados Unidos ser hoje o principal acionista de instituições bancárias são exemplos incontestáveis de que sua economia está em ruínas.
A crise e um novo projeto para o Brasil
Convocado o Congresso da UNE

Lideranças estudantis apostam na realização do maior congresso da entidade em julho
terça-feira, 24 de março de 2009
Mesa de Buteco com Daniel Dias
Ramon: Qual o plano de trabalho da nova diretoria do DCE?
Daniel: A diretoria do DCE tem uma série de atividades para desenvolver no ano de 2009. É um grande desafio e todos os diretores e acadêmicos comprometidos com o movimento estudantil o abraçam com todo o carinho. De início, estamos planejando a gestão, elaborando o calendário para este ano, arrumando o DCE para ficar com a nossa cara. Internamente estamos organizando o campeonato de futebol, a programação cultural e preparando um grande seminário de educação. Por fim, um grande esforço está sendo feito no sentido dar o pontapé inicial rumo ao projeto do Restaurante Universitário (RU).
Ramon: Quais são as principais reivindicações dos acadêmicos da Unimontes?
Daniel: A Unimontes é muito eclética, tanto em sua oferta de cursos quanto em sua comunidade acadêmica. Isto faz com que várias demandas dos estudantes cheguem até o DCE. Podemos dividir as demandas em estruturais, pedagógicas e curriculares. Entre as estruturais, além do RU, há uma grande procura por alojamento para quem vem de fora. Há também as demandas por laboratórios e um acervo melhor na biblioteca, além das acomodações das salas de aulas, muitas vezes sem o devido conforto que o estudante necessita.
No quesito pedagógico, os acadêmicos reivindicam um maior dinamismo nas aulas, e há reclamações localizadas em relação a alguns professores, principalmente na didática aplicada às aulas.
Em relação às reivindicações curriculares, há uma demanda crescente em relação à flexibilização da grade curricular: os estudantes não querem a grade no sentido de se estar preso a algo, e sim no sentido de organização e possibilidade de vivência entre os vários campos do conhecimento existentes na universidade. Seria interessante, por exemplo, poder cursar uma disciplina de Teatro, mesmo sendo matriculado no curso de Direito. Há, também, certa insegurança, em relação às fusões de curso, como no caso do antigo Normal Superior, transformado em Pedagogia.
Ramon:Algumas pessoas da comunidade acadêmica dizem que o movimento estudantil hoje é menos mobilizado do que antes, qual a sua opinião sobre isso?
Daniel: Essa é uma questão que particularmente me incomoda há algum tempo. E vejo nisso um paradoxo: se por um lado há uma menor mobilização, em termos numéricos, é de se notar que em conquistas estamos caminhando bem. Principalmente agora, em que temos no comando do país um Presidente de cunho popular e que respeita os movimentos sociais, sobretudo o estudantil.
Ademais, não podemos comparar a juventude de hoje com aquela dos anos 60,70 ou 80. Eles lutavam, em primeiro lugar, pela liberdade de expressão e de imprensa. E devemos essa liberdade aos muitos camaradas do movimento estudantil dessas décadas, massacrados, torturados, mortos e exilados. Eles tinham um ideal. No entanto, hoje em dia, não vejo essa desmobilização tão grande assim. As pessoas podem não votar e não ir às assembleias, no entanto estão muito mais informados sobre cada ação que diz respeito a eles. Como exemplo disso, cito o último Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB) e a 6ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foram mais de seis mil acadêmicos de todo o Brasil nos dois eventos,
Agora, temos que ver a quem interessa disseminar a idéia de desmobilização. Há muitos interesses. Colocar para o estudante que ele próprio é desorganizado, é jogar um balde de água fria em seus objetivos. Eu acredito na juventude, sobretudo na juventude engajada no movimento estudantil.
Ramon: Para finalizar qual será a marca da gestão DCE com a Nossa Cara?
Daniel: Acredito que a principal marca da nossa gestão, além da democracia de ouvir os estudantes e incorporar suas reivindicações, será a movimentação cultural. Estamos fazendo uma excelente programação cultural, com shows às sextas-feiras em frente ao DCE, apresentações teatrais, entre outros. Se tudo der certo, no segundo semestre pretendemos fazer um grande festival de cultura e arte universitária, nos moldes do antigo FUCAP, onde as bandas independentes e os grupos universitários terão espaço para se apresentar. Temos potencial, e iremos oportunizá-lo. Como disse antes, é um grande desafio. Mas eu acredito em tempos melhores. Acredito que dias melhores virão!
A Estrada vai além do que se vê!
O legado de uma geração

*Danilo Moreira é Secretário-Adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, presidiu o Conselho Nacional de Juventude - Conjuve, em 2008 e foi Coordenador da 1ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude.
DCE participa de aula inaugural em Francisco Sá
A cinqüentenária Escola passa por sua primeira reforma estrutural desde a inauguração, pouco depois de ser homenageada por seus resultados na Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa (OBLP). Segundo a diretora Rosane Silveira, “o esforço coletivo da comunidade escolar nos possibilita colher importantes frutos como o resultado na OBLP, a melhoria das instalçaoes escolares e a continuidade do cursinho pré-vestibular gratuito, que entra em seu segundo ano de existência”. No ano passado a escola preparou mais de cem alunos para os vestibulares, com vários deles aprovados na Unimontes, a expectativa para este ano é de é de um número ainda maior de aprovados.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Polícia agride estudantes em Campina Grande

Além de protestar contra o reajuste, os manifestantes exigiam melhoria do serviço oferecido. Durante a semana ocuparam o Gabinete do Prefeito e a Câmara de Vereadores além de realizarem passeatas pelo centro da cidade. Sem nenhum incidente o grupo de centenas de alunos das redes pública e particular e da região exercitou o seu direito democrático de livre expressão e foi apoiado pela população, que penalizada com o aumento engrossava o coro: ASSALTO GIGANTE NO BOLSO DO ESTUDANTE.
Quando o protesto já se encerrava entrou em cena a tropa de choque e viaturas da ROTAM -- essas equipes não deveriam estar contendo a violência latente em Campina?! -- Com brutalidade iniciaram a revista em pessoas que ainda estavam no local. A confusão começou quando uma estudante se recusou a ser revistada por um homem e exigiu a revista por uma policial feminina. Alegando que conhecia seus direitos Samara Silva, diretora da entidade estadual que representa os estudantes secundaristas rcebeu voz de prisão.
Indignados com o abuso de autoridade a reação foi geral. Aos gritos de protesto seguiram-se agressões, prisões irregulares e o despreparo por parte daqueles que deveriam defender e proteger nossos jovens e adolescentes. Testemunhas afirmam que até mesmo uma estudante do curso de Psicologia, que ao terminar o protesto apenas observava a movimentação foi levada a delegacia.
Conversei por telefone com alguns organizadores dos protestos e a sensação de humilhação era consenso na fala de todos. Outro consenso era a continuidade do movimento. Na terça-feira, 24, outra manifestação foi convocada. Dessa vez, após a intervenção policial e a tentativa do Sindicato dos Empresários de transpostes Públicos de culpar os estudantes pelo aumento -- eles alegam que a passagem é cara para compensar as despesas geradas pela meia-passagem estudantil -- o movimento espera colocar mais de três mil pessoas na rua. Se pudesse, eu também estaria lá!
Clique aqui para ver matéria da TV Paraíba que fez matéria a respeito do incidente.
Do Blog da querida Aninha Santos
A Estrada vai além do que se vê!
Eita nóis
.jpg)
sexta-feira, 20 de março de 2009
Comissão dá parecer contrário a emendas sobre festas raves

Antes da aprovação do parecer de autoria de Rosângela Reis, o deputado Carlin Moura solicitou à relatora a inclusão de quatro modificações, propostas no substitutivo nº 4, de sua autoria. Rosângela Reis não atendeu o pedido e recomendou ao parlamentar que apresente suas propostas na forma de emendas, quando o projeto for examinado pela comissão em 2º turno.
- A substituição dos termos "festas raves e bailes funk" por "eventos temporários de longa duração", por considerar que a especificação definida no projeto é uma discriminação contra uma forma de manifestação cultural;
- Substituir a Secretaria de Estado de Defesa Social pelo Corpo de Bombeiros Militar, como o órgão responsável pela autorização dos eventos;
- Redução do prazo para comunicação prévia de realização dos eventos, de 30 para 10 dias. O deputado argumenta que o prazo proposto é muito longo e poderia inviabilizar os eventos;
- Modificação do artigo 5º do substitutivo nº 2, de forma que os detectores de metal só sejam obrigatórios para públicos superiores a 5 mil pessoas.
quinta-feira, 19 de março de 2009
José Sanfelice lança livro sobre a resistência da UNE em 64

De um lado, predomina ao longo das páginas do estudo a resistência teórica e prática ao Golpe de Estado de 1964. De outro, estabelecem-se os contornos da consciência social dos estudantes, presentes na UNE.
Como alerta o autor no Prefácio desta edição, sempre é preciso situar o texto e o seu autor no contexto em que se deu a produção da obra. Explica que o livro resultou de sua Tese de Doutorado e, com ela, não quis "fazer qualquer acerto de contas com quem quer que fosse", mas "compreender um pouco melhor a dimensão e o sentido daqueles turbulentos anos vividos [...], com anuência ou resistência, em plena ditadura do Movimento de 64".
Sem negar o mirante teórico-metodológico e as fontes primárias e bibliográficas de que se valeu, a preocupação central de Sanfelice foi a de "dar Voz à UNE", ressaltando sua produção teórica como sujeito coletivo, sem preocupação com sujeitos particulares ou fatos isolados, "a não ser muito acidentalmente".
Para além de mais um livro dentre outros, a iniciativa em publicá-lo novamente decorre do entendimento de que ele se tornou uma referência obrigatória a pesquisadores, professores e militantes que querem entender, melhor e mais contextualizadamente, a produção teórica da UNE e os embates nos quais esta emblemática instituição esteve envolvida.
Já não se trata de mais um dentre tantos livros publicados sobre o tema. Por isso a importância, na produção historiográfica sobre o movimento estudantil, tornou-se um importante documento sobre a UNE e sobre o movimento estudantil de 1968.
Serviço
O que? Livro Movimento Estudantil: a UNE na resistência ao golpe de 1964
Quem escreve? José Luís Sanfelice
Quanto? R$ 28,00
A Estrada vai além do que se vê!
Essa crise não é nossa. Queremos mais conquistas para a Educação

Os estudantes convocarão o 51º Congresso da entidade, a Jornada de Lutas 2009 e a participação da juventude na Conferência Nacional de Educação.
Os participantes desta edição do Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), que terá início neste sábado (21) e se estende até domingo (22), na UNIP Vergueiro, em São Paulo, definirão três importantes ações desta gestão que se encerra em julho deste ano.
Os cerca de 500 estudantes vindos de todo o país convocarão o 51º Congresso da entidade, que elege a nova diretoria e presidência, a mobilização para a Jornada de Lutas 2009 e debaterão a participação da juventude na Conferência Nacional de Educação, que acontecerá em 2010.
Podem participar do fórum as entidades representativas de Instituições de Ensino Superior (IES) de todos os Estados e do Distrito Federal (DCE’s, UEE’s e entidades municipais) e também, das Executivas e Federações Nacionais de Curso, devidamente credenciadas.
Para tanto o/a delegado/a, o/a representante da Entidade Geral deverá apresentar no dia e local de recolhimento do Credenciamento: Ata oficial, fornecida pela UNE, para indicação do/a delegado/a e seu/sua suplente, com o quorum mínimo de 50% (cinqüenta por cento) mais 1 (um) dos/as diretores da Entidade que constarem registrados/as na Ata de Posse. Caso tenha havido substituição de membros da diretoria da entidade, será necessário apresentar a Ata de Alteração da Diretoria e o Estatuto da Entidade.
Além de uma cópia da ata de eleição e da ata de posse da diretoria da Entidade Geral, com prazo de mandato em dia. Para entidades que não comprovarem o tempo de duração do mandato, será considerado o prazo máximo de um ano a contar da data da posse da atual gestão e uma cópia do comprovante de matrícula 2009/1 do/a delegado/a e suplente.
Para as UEE’s e entidades municipais o valor é de R$ 350,00. Executivas, Federações e Coordenações de Curso e entidades que representem mais de 20 mil estudantes pagam R$ 200,00. Já entidade que representem de 10 mil a 19.999 alunos o preço é de R$ 150,00. Entidades que respondam por 1 a 9.999 estudantes terão que desembolsar R$ 100,00. Observadores pagam R$ 80,00. Quem tiver a carteirinha da UNE 2008 paga metade (R$ 40,00).
A inscrição garante credencial que dá acesso às atividades e ao alojamento que ficará no hotel Fórmula 1, na Avenida Nove de Julho. A alimentação não está inclusa.
Jornada de Lutas 2009
Sob este mote, estudantes sairão às ruas nas principais capitais do país por mais investimento em Educação, por uma nova legislação para a meia-entrada, sem restrições de direitos; pela manutenção da qualidade de ensino nas instituições particulares de ensino superior, em defesa da intervenção do Estado para evitar abusos nos reajustes de mensalidade, pelo fim do vestibular e a aprovação do Projeto de Lei de Reserva de Vagas nas universidades públicas.
Conferência Nacional de Educação
O encontro tem uma agenda de trabalho para os 12 meses de 2009. No primeiro semestre, as conferências preparatórias ocorrerão nos municípios; no segundo semestre, nos 26 estados e no Distrito Federal. A conferência nacional será realizada de 23 a 27 de abril de 2010, em Brasília e reunirá desde os setores públicos e privados da educação infantil até a pós-graduação, para um amplo debate.
A UNE e a UBES fazem parte de todas as Comissões desta primeira fase. A Conferência terá um painel de abertura, 52 colóquios onde os cerca de 2 mil delegados terão voz e voto. Para as entidades parceiras, a Comissão aprovou a inclusão de mesas de debates, e para os convidados de entidades internacionais a possibilidade de inscrever e apresentar trabalhos.
terça-feira, 17 de março de 2009
PLUG se renova e reforça parcerias

segunda-feira, 16 de março de 2009
É pra rir mesmo!

De rir!!! A Revista Veja dessa semana me tentou na banca. Um dos meus símbolos preferidos, o mais identificado com minha vida e ideais, aparece estampado na capa: a foice e o martelo, símbolo do comunismo, da luta dos trabalhadores do campo e da cidade. Calmem! Não foi isso que me fez rir. Junto ao símbolo aparece Barack Obama. O título faz menção a uma saudação que uso cotidianamente. Diz: Camarada Obama. Também não foi isso que me fez rir. Abaixo há um pequeno texto explicando porque, mesmo injetando bilhões de dólares na economia, Obama não está conduzindo os EUA ao socialismo. Morri de rir.
Não é de rir essa Veja?
Unicalourada: um bom exemplo de como receber novos alunos
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) promove a cada semestre sua recepção oficial aos novos alunos com a realização da Unicalourada, que de acordo com Maria Cristina Freire Barbosa, coordenadora de Apoio ao Estudante, tem como objetivo promover uma recepção calorosa, cordial e solidaria aos novos acadêmicos.
- São dois momentos bastante distintos, um de conhecimento da estrutura da universidade, de como ela funciona, sua organização política, pedagógica e administrativa. O outro momento é essa festa, que tem a função de integrar os calouros com os veteranos. Então estes shows, além de receber os novos alunos, também têm o objetivo de promover um apoio aos alunos que estão se formando, que se responsabilizam por barracas que vendem comidas e bebidas, e o dinheiro arrecadado ajuda na formatura deles – explica Maria Cristina.
A Unicalourada é realizada há seis anos. Como a Unimontes recebe mais de 1000 alunos por ano e como a festa reúne calouros, veteranos e amigos, segundo a coordenadora, provavelmente mais de 10 mil pessoas passaram pela festa desde sua primeira realização.
Maria Cristina conta que para a seleção das bandas, inicialmente a Coordenadoria de Apoio ao Estudante abre um cadastramento. Após esse processo, os artistas e as bandas são selecionados através de um teste de audição. Normalmente se apresentam duas bandas por dia, sendo uma hora para cada banda.
Para Ramon Fonseca, assessor de comunicação do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unimontes, é importante ressaltar que atualmente o país vive um momento em que voltaram a ocorrer trotes violentos e para ele, a entrada de um calouro na universidade deve ser um momento de muita festa e confraternização.