terça-feira, 19 de agosto de 2008

A voz da juventude belo-horizontina


BH tem militante da UJS como candidato a vereador


Fagner Ribeiro, 28 anos, é o nome ideal para ocupar a cadeira da Câmara dos Vereadores em Belo Horizonte (MG), mas o nome pelo qual ele é conhecido pelos militantes da UJS e pelos jovens de diversas frentes de atuação não é formal, mas sim um apelido, Tatu.

E este não é um nome desconhecido entre os jovens não. Tatu é do Vale do Jequitinhonha, terra da produção de artesanato em cerâmica, esculturas em madeira e bordados, em Caraí conquistou uma vaga na UFV e chegou a ser presidente do Diretório Central de Estudantes. Em BH, foi diretor da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), mas é na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que fez história, através do DCE e do Conselho Universitário.

Em 2007 se tornou diretor da União Nacional dos Estudantes, mas já era Presidente da União da Juventude Socialista de Belo Horizonte desde 2006. Participou da reconstrução da União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES-BH), de Conferências de Juventude e das passeatas pelo passe estudantil.

"Acredito que um militante da UJS na Câmara dos Vereadores vai levar toda a luta do nosso dia-a-dia como experiência e ao mesmo tempo renovar o ambiente", afirma.

Para ele é muito importante a representação dessa juventude, hoje, no país. Por meio de membros que participaram das Conferências de Juventude foi apresentado um mapa com um perfil detalhado dessa atuação. Além disso, o Brasil pertence ao continente com maior número de jovens da história e colocar um deles em uma cadeira da Câmara dos Vereadores é uma forma de levar a experiência de militantes da entidade, que já possuem a cultura das mobilizações e irreverência, a um cargo que possibilite a uma luta pelos seus direitos, sem intermediários.

"É uma nova geração de lideranças públicas vindas do movimento juvenil, do movimento estudantil. Essa é a primeira vez que a UJS apresenta um nome para representar BH e isso foi discutido de forma muito criteriosa para continuarmos com a rica construção da cidade, mas, além disso, já somos vitoriosos pelo simples fator de agregarmos as mais variadas tribos", diz.

Outro ponto, levantado pelo militante, é a prioridade em fazer com que Jô Moraes seja eleita prefeita da cidade, unindo assim as discussões sobre um novo modelo de desenvolvimento que leve em conta os problemas específicos de BH e o perfil da economia da cidade.

"É muito importante lembrar que a universidade (UFMG) tem um papel muito importante nos nossos projetos. Além disso, as políticas públicas de juventude (PPJ´s) formam o contexto do eixo central de discussão, já que nós temos sérios problemas com a marginalidade e com a falta de planejamento político. Hoje o perfil dos vereadores é de baixo nível, sem elaboração de políticas públicas, somente referendando o que vem do executivo e a prefeitura ainda tem uma atuação tímida, mas nós vamos levar este embate de forma profunda e qualificada", conclui.

Projetos:
- Colocar na Câmara um espaço para o debate de elaboração das PPJ´s;
- No que diz respeito a emprego as pesquisas apontam a dificuldade de o jovem conseguir o primeiro emprego, e isso deverá pautar as ações da Câmara;
- Com relação à cultura a idéia é, baseado no Programa Nacional do Ministério, fazer os Pontos Municipais de Cultura possibilitando o acesso à pessoas distantes e variadas comunidades;
- Elaboração de uma lei municipal de incentivo à ciência, tecnologia e inovação tecnológica;
- Passe Escolar, BH é a terceira capital do país e não tem política do transporte público para facilitar o acesso à escola e a atividades culturais e esportivas;
- Elaboração de uma política para o esporte, com torneios nas regionais e valorizando o esporte radical;
- Crédito Educativo Municipal;
- Política Municipal para apoiar o desenvolvimento do BH-Tec (Parque tecnológico da UFMG), entre outros.


Por Nadini Lopes, para a Página da UJS

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