segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Temos que avançar!

Bom dia a tod@s! Primeiro gostaria de justificar minha ausência nestes últimos dias. Como vocês perceberam pela postagem anterior, Hércules teve um probleminha de saúde na semana passada (já solucionado), o que inviabilizou a atualização deste espaço. Voltamos agora com a conclusão da série de artigos juvenis de apoio à Dilma Rousseff, com o texto da minha querida camarada Deybiane Francielly. Apreciem sem moderação.

Voto à Dilma

Deybiane Francielly*

Eu vou votar na Dilma e todo mundo sabe disso, não é segredo. Os meus amigos também vão. Alguns professores e alunos também. O cobrador do ônibus que eu pego todo dia também. Mas a minha tia não vai. Paulista de nascimento, aos 59 anos ela enche o peito pra dizer que “bom é o Geraldinho. Serra é competente e o Aécio, ah o Aécio!” Posso ouvir os suspiros de quem se sentiu abandonada com a recusa do mineiro em ser vice do Serra. Esse, pra ela um senhor de respeito, confiável. Geraldinho é quase íntimo por lá. Médico, um homem sério “e não um agitador de porta de fábrica”, ela diz.

Dona Alice faz parte dos milhões de brasileiros que não sabe o que é déficit zero, superávit primário, reforma política ou neoliberalismo. Ela nem sequer imagina que no Brasil há 78 partidos políticos registrados no TSE. Por isso as siglas não significam nada pra ela. Ela simplesmente não gosta da Dilma “essa mulher é tão brava que parece um homem”, nem do Lula “o agitador do ABC”.

Nascida e criada no interior de São Paulo, numa família humilde, aprendeu desde cedo que pra ser alguém na vida precisa ter diploma. Precisa vestir terno e falar bonito. Em 1968 tinha 18 anos e já morava em São Paulo, fazia parte da massa de jovens que trabalhava nas lojas de departamento da já pulsante metrópole. Não estava nos corredores da USP nem do Mackenzie. Ouvia Jovem Guarda no intervalo do almoço e não entendia o porquê daquela confusão toda nas ruas. Não leu Marx nem Gramsci. Foi a vários shows do Erasmo Carlos, mas a nenhum Congresso da UNE. Assim, como ela pode fazer uma leitura empírica da realidade atual? Ela percebe essa direita neoliberal que nos ameaça e quer nos calar a todo custo?

Essas eleições de outubro não podem ser encaradas como uma data a mais no calendário eleitoral. Seu significado e alcance guardam semelhança com o confronto de 2002. Em razão das conquistas de dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está em jogo uma oportunidade histórica preciosa. Temos que avançar! Temos que querer uma nação integrada de modo solidário com os povos vizinhos e respeitada no mundo, na defesa da paz e do direito das nações à soberania e ao desenvolvimento. Caso Serra vença, embora diga o contrário, criminalizaria a luta do povo, abortando a necessidade de um desenvolvimento democrático popular.

Com base no alicerce edificado nos últimos anos, nas qualidades da candidata, na força e na orientação progressista da coligação que a sustenta, o país poderá acelerar o passo e ingressar num ciclo político ainda mais promissor. Desenvolvimento arrojado com distribuição de renda que promova uma elevação sem precedentes da qualidade de vida do povo brasileiro.

Finalmente, é auspiciosa a oportunidade de lutarmos para que Dilma seja a 1ª mulher presidenta do Brasil. Como ela mesma diz, esse governo terá, entre outras singularidades, "terá o traço, o espírito e a força feminina". Para um país onde as mulheres tiveram um papel de verdadeiras heroínas na sua construção; para um país no qual as mulheres hoje atuam com destaque no mundo do trabalho, da política, das ciências, da cultura e do esporte; a Nação sabe muito bem o valor e a capacidade de realização que este fato significa.

* Estudante de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Montes Claros, vice-presidente Norte da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais (UEE-MG) e diretora de movimento estudantil universitário da União da Juventude Socialista (UJS) de Montes Claros, artigo publicado no blog Novos Enredos.


A Estrada vai além do que se vê!

Um comentário:

Deybiane disse...

Obrigada pelo apoio, camarada Ramon...
È só fazendo reflexões assim de nossa realidade, que avançaremos na trilha por dias melhores! hehe