Hoje começo a publicar alguns artigos que me foram enviados pela querida amiga Eleonora Rigotti. Até quarta tem opinião juvenil de responsa aqui no blog.
Por que votamos em Dilma?
*Por Eleonora Rigotti e Theófilo Rodrigues.
A eleição presidencial de outubro vem se aproximando e cada vez mais se torna um dos assuntos preferidos das reuniões familiares de domingo. Como uma das perguntas favoritas é em quem vamos votar, resolvemos fazer esse texto para deixar logo claro, sem margem de dúvidas sobre em quem será nosso voto.
Em primeiro lugar é preciso esclarecer algumas questões sobre as eleições.
Em primeiro lugar é preciso esclarecer algumas questões sobre as eleições.
Eleição não é concurso de Miss Universo. Não votamos, ou ao menos não deveríamos votar, no candidato que possui a maior beleza. Se a beleza fosse realmente um quesito fundamental para a definição do caráter de um presidenciável, o presidente Collor não teria sofrido seu impeachment e nem seria considerado o pior presidente da história do Brasil.
Eleição também não é concurso de Miss Simpatia. Não votamos, ou ao menos não deveríamos votar, no candidato mais simpático. Um sorriso pode ser capaz de esconder milhares de más intenções, vide o caso histórico de Hitler na Alemanha. Se simpatia fosse crucial, elegeríamos presidente do mesmo modo que elegemos o ganhador do BBB. Também não é por aí...
Por fim, eleição não é concurso público ou vestibular. Não votamos, ou ao menos não deveríamos votar, no candidato que possui o maior currículo. Numa eleição o que está em jogo não é uma comparação curricular estritamente técnica, onde quem tiver mais títulos estará mais preparado. Do contrário, o Doutor Fernando Henrique Cardoso poderia ser considerado o melhor presidente da história do Brasil e o operário Lula seria o pior presidente da história do Brasil. Mas não é bem isso que a história teima em nos mostrar.
Mas se não devemos escolher nossos candidatos pelos motivos elencados acima então qual o critério para escolhermos nossos candidatos? O critério que nós julgamos mais adequado, o critério pelo qual nós escolhemos o nosso voto, é o Projeto Político.
Dois grandes Projetos Políticos em disputa
Os Projetos Políticos são aqueles com os quais não apenas os candidatos, mas também os partidos políticos envolvidos na aliança estão comprometidos. Este Projeto Político não é somente uma carta de intenções na medida em que é constituído também pela prática política construída por esses partidos na história.
Os Projetos Políticos são aqueles com os quais não apenas os candidatos, mas também os partidos políticos envolvidos na aliança estão comprometidos. Este Projeto Político não é somente uma carta de intenções na medida em que é constituído também pela prática política construída por esses partidos na história.
Nas eleições presidenciais de 2010 teremos dois grandes Projetos Políticos em Disputa: um Projeto de Nacional Sucateamento representado pelo candidato José Serra (PSDB) e outro Projeto de Nacional Desenvolvimento representado por Dilma Rousseff (PT).
O Projeto de Nacional Sucateamento representado pelo tucano José Serra é aquele colocado em prática no Brasil durante o governo de Fernando Henrique Cardoso na década de 90, quando o desemprego batia altas taxas, a inflação era alta, o crescimento do PIB era nulo, os juros estratosféricos, os salários baixíssimos e a educação era privatizada. Em todo o mundo essa prática política neoliberal foi contestada. Mas os tucanos continuam agarrados à ela como um náufrago na bóia salva vidas.
Já o Projeto de Nacional Desenvolvimento representado por Dilma Rousseff é aquele que foi colocado em prática no Brasil a partir da eleição de Luis Inácio Lula da Silva em 2002. Esse Projeto aumentou o salário mínimo no Brasil como nunca antes se viu, abaixou os juros, reduziu a inflação para a mais baixa taxa da série histórica, criou empregos mais do que em todo o mundo e colocou o país de volta na rota de crescimento. Essa política econômica foi responsável pela ascensão de 20 milhões de brasileiros que saíram da pobreza e emergiram para a camada C. Foi essa política econômica que permitiu ao Brasil passar pela maior crise financeira mundial de todos os tempos sem muitas dificuldades.
Esse projeto de desenvolvimento sustentável fez o Brasil se tornar referência mundial em meio ambiente como ficou provado na última reunião do clima do COP 15. Ainda no âmbito internacional, o Brasil se tornou referência mundial em política externa sendo exaltado diariamente pela grande mídia de praticamente todos os países. A corrupção foi combatida como em nenhum outro momento da história do país, graças ao fortalecimento institucional da Polícia Federal.
Na educação, vimos serem criadas Universidades por todo o país além de vermos aumentar o investimento no ensino básico através do Fundeb. Podemos ver esses resultados através da expansão das Escolas Técnicas, por exemplo. De 1909 a 2002, foram construídas 140 escolas técnicas no país. Mas, desde a eleição de Lula em 2002 já foram construídas mais de 200 Escolas Técnicas, totalizando cerca de 360 em todo país. Para quem não entendeu, explicamos: o governo Lula criou sozinho mais Escolas Técnicas do que todos os outros presidentes da história do Brasil juntos.
Ainda nesse campo, o atual governo criou a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) na cidade de Foz do Iguaçu, que permitirá uma maior integração dos países da América Latina através da educação.
Aliás, em tempos de Copa do Mundo não temos como não lembrar que foi esse contexto que permitiu ao Brasil ser escolhido para sediar a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
Todos esses importantes avanços conquistados pelo Brasil nos últimos anos só terão continuidade com a eleição de Dilma Rousseff. O Brasil não pode se permitir voltar para trás, para o passado. O Brasil está construindo no presente o seu futuro. E essa construção precisa continuar. Por isso votamos em Dilma Rousseff para ser a primeira presidente mulher da história do Brasil. Esse é o Projeto Político com o qual nos identificamos.
E aí, com qual Projeto Político você vai ficar?
*Eleonora Rigotti, estudante de Gestão de Políticas Públicas da USP.
*Theófilo Rodrigues, mestrando do Programa de Pós Graduação em Ciência Política da Universidade Federal Fluminense - PPGCP/UFF.
Não percam, amanhã "A minha mãe não vai votar na Dilma"
*
Caiu na rede:
A Estrada vai além do que se vê!
2 comentários:
O colega que comentou antes de mim vai ter que me desculpar, mas ser brasileiro e ser patriota é não deixar, de forma alguma, que José Serra e sua turma (essa sim, adepta da DEMagogia, que até hoje alimenta o discurso do medo para impedir as transformações sociais em curso no país).
Os projetos de Serra e de Dilma (como bem disse há poucas semanas, aqui em Governador Valadares, o ex-secretário-executivo do Ministério do Esporte e candidato a deputado federal, Wadson Ribeiro) são dois projetos já experimentados no Brasil. É só comparar.
A era FHC, que Serra finge não representar (mas representa!), foi a era da estagnação econômica, do racionamento de energia, da perseguição aos movimentos sociais, do desmantelamento do Estado nacional e da privatização da riqueza pública. Em tudo isso, se não houve grandes escândalos (e houve! só foram abafados, contando com a fama de que o povo não tem memória), foi por causa da conivência dos grandes barões da mídia (que têm a audácia de se vestirem como paladinos da liberdade de expressão).
O projeto de Lula, da qual Dilma é a legítima sucessora, é sim, o projeto do Brasil com justiça social para todos. E isso só é possível com inclusão, e a inclusão social está sendo feita por Lula. FHC nada fez para reduzir as desigualdades sociais neste país, mas não deixou de acudir os banqueiros, com o Proer.
O Brasil com retrocesso é o Brazil de Serra. O Brasil soberano, ético e com dignidade, só poderá continuar existindo com Dilma Rousseff na Presidência.
Em 3 de outubro: para presidente, vote 13, vote Dilma, vote no Brasil!
* é não deixar, de forma alguma, que José Serra e sua turma (essa sim, adepta da DEMagogia, que até hoje alimenta o discurso do medo para impedir as transformações sociais em curso no país) tomem a presidência.
Faltou o "tomem a presidência", no final do primeiro parágrafo do meu comentário...
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