quinta-feira, 2 de abril de 2009

Helenira no CRUSP


Assembléia no CRUSP 1968. Enquanto os dirigentes das duas principais tendências do movimento estudantil, a Ação Popular e a Disssidência, se digladiavam em torno do que seria mais importante, mobilizar ou organizar, uma moça negra se levantou e, para espanto geral, disse que as duas teses estavam erradas. Para ela, haveria uma relação dialética entre organização e mobilização. Era preciso mobilizar para organizar e organizar para mobilizar. A jovem líder estudantil chamava-se Helenira Resende e seria eleita no ano seguinte para a vice-presidência da UNE. Quem testemunhou aquela cena foi a estudante Clotilde Lemos que, na época, militava na AP.

Entre 1970 e 1971 Helenira se afastou da diretoria da UNE e ingressou nas forças guerrilheiras do Araguaia. Morreu em combate no dia 29 de setembro de 1972. Seus restos mortais continuam desaparecidos. Ficou a foto e a lembrança.


Foto gentilmente enviada por Augusto Buonicore.


A Estrada vai além do que se vê!

3 comentários:

Evando Oliveira disse...

Uai camarada não vai falar nada do meio-passe? Cadê a ira suas e o compromisso de Tadeu? Ainda tem coragem de falar em movimento estudantil? Onde anda o combativo PC do B, a UJS, a corrente sindical classista?...

Ramon Fonseca disse...

Caro Evando e demais leitores do blog, ainda hoje será postada a nota do Diretório Central dos Estudantes da Unimontes sobre a questão do meio-passe. Além disso, a conquista desse direito é histórica e conquistada, inclusive com sangue, dos valorosos militantes das entidades que você citou e de outras mais.
Essa luta não tem dono!
Meio-passe Já!

Aninha disse...

Ramonzito, porque tu gosta de me fazer chorar? Lembrar a Helenira nesses dias que estou sensível é covardia!

Helenira Resende, PRESENTE!