sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Espetáculo montesclarense representa Minas Gerais na 6ª Bienal da UNE
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Os escombros da mídia

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Hiato

(Milton Nascimento / Fernando Brant / Márcio Borges)
O que foi feito amigo
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
A música é horrível, mas o clipe é genial
Como vocês perceberam, o Blog está meio "fora da ordem" hoje. Houve alguns problemas, mas esperamos que sejam resolvidos neste fim de semana.
E por falar em fim de semana, hoje à noite vai rolar a inauguração do Chef's Bar, do meu camarada Dedé. O novo ponto da moçada é na rua Azaléia esquina com a rua Girassol, no bairro Sagrada Família (eita, o endereço já é uma poesia).
Cerveja gelada e tira-gosto de primeiríssima, estaremos lá pra conferir.
Até amanhã.
A Estrada vai além do que se vê!
Dulci e Haddad no CONEB da UNE

Mineiros realizam jornada pela paz na Palestina

Belo Horizonte soltou um grito pela paz na Palestina nesta quinta-feira (15). Durante todo o dia, foi manifestado a solidariedade do povo da cidade contra a matança promovida pelo governo de Israel na Faixa de Gaza. Várias atividades foram organizadas pelo Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino, formado na última semana por dezenas de entidades sociais e partidos políticos.
A jornada se iniciou pela manhã com uma vigília na tradicional Praça Sete, centro de Belo Horizonte, onde houve discursos e exibições de fotos e vídeos sobre o genocídio israelense.
Enquanto isso, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al-Zeben, foi recebido na Câmara Municipal de Belo Horizonte por políticos e representantes de entidades sociais mineiras.
Durante a tarde, cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, se reuniram na Praça Sete, seguindo depois em passeata até a sede da Federação Israelita, onde foi lido o manifesto do Comitê e queimadas as bandeiras dos Estados Unidos e de Israel. Lá também, mulheres descendentes de palestinos estenderam no chão bonecos sujos de sangue para simbolizar as centenas de crianças mortas no genocídio.
Embaixador
O embaixador Ibrahim Al-zeben agradeceu a solidariedade dos mineiros e relatou que tem sido este o sentimento em todo o país. ''Os brasileiros que estão agora nesta praça representam agora toda a solidariedade que tem sido expressa pelo país nos últimos dias. Que cada grito daqui possa ecoar em todo o mundo''.
Para ele, é difícil compreender como os descendentes do holocausto podem praticar aquela matança. ''A barbárie que vem ocorrendo não é contra os palestinos, mas contra a humanidade''. Num gesto de paz, Ibrahim convidou os judeus da cidade a participar e repudiar o que vem ocorrendo em Gaza. ''Estamos aqui protestando contra o governo de Israel e não contra o seu povo''.
Comitê
Representando o Comitê Mineiro de Solidariedade ao Povo Palestino, o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Aloísio Morais, considerou que as atividades superaram as expectativas. ''Há muito tempo não víamos uma manifestação tão unitária e participativa. O impressionante o espírito solidário do belo-horizontino, muitas pessoas aderiram ao protesto na praça e vieram caminhar em nossa passeata'', comentou Morais.
O jornalista ressaltou o espírito democrático da Associação Israelita, que colocou uma faixa em sua sede defendendo a paz e a existência do estado palestino em harmonia com o estado israelense. ''Mostramos também o nosso espírito democrático, pois esta não é uma manifestação contra o povo de Israel e sim contra o seu governo que age de forma fascista'', ressaltou Aloísio.
Solidariedade
No seu discurso, o deputado estadual Carlin Moura (PCdoB) relatou uma experiência que presenciou nos últimos dias em todo o estado. ''Nas últimas semanas ocorreram manifestação de trabalhadores demitidos em cidades mineiras e metalúrgicas, que reuniram milhares de pessoas. Em todas elas, além do combate ao desemprego, foi expresso a solidariedade dos mineiros aos palestinos e sempre fez parte das atividades um grito por paz no Oriente Médio.
Já a deputada federal Jô Moraes (PCdoB) saudou o clima de unidade demonstrado nas atividades, ''há muito tempo a nossa praça Sete não ficava tão cheia e tão unida. Diferentes organizações, diferentes ideais se juntaram aqui hoje para mostrar que nossa cidade não aceita este absurdo que esta sendo cometido pelo governo israelense''.
As atividades de solidariedade ao povo palestino têm continuidade nesta sexta-feira (16), onde pela manhã o embaixador Ibrahim Al-zeben faz uma palestra na sede do Sindicato dos Jornalistas sobre a situação em Gaza e depois se reúne com entidades mineiras.
Do Caderno Vermelho Minas.
A Estrada vai além do que se vê!
6ª Bienal da UNE terá debates, oficinas, Culturata e Marcelo D2.

Estudantes de todo o País já estão com o pé na estrada rumo a 6ª Bienal de Cultura da UNE. Serão cinco dias intensos de troca de experiências, traduzidos em debates com intelectuais e especialistas de diversas áreas, oficinas, mini-cursos, exibições de cinema, apresentações de teatro, shows e demais atividades que promoverão a reflexão sobre a temática desta edição do festival: Raízes do Brasil - Formação e Sentido do Povo Brasileiro.
Entre os dias 20 a 25 deste mês, a região do Passeio Público será palco de uma verdadeira ocupação cultural. Para não perder nada, acompanhe abaixo a programação do festival e faça seu roteiro.
Obs: algumas atividades podem sofrer alteração
Dia 20/01
18h: Abertura da 6ª Bienal de Arte e Cultura da UNE e 1ª Trienal da OCLAE – Marcha em homenagem aos 30 anos de reconstrução da UNE
Confirmados: Roberto Nascimento (Ministro da Cultura Interino); Paulo Abraão (Presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça) Aldo Arantes (ex-presidente da UNE); Ricardo Capelli (ex-presidente da UNE); Ismael Cardoso (UBES); Hugo Valadares (ANPG); Wagner Gomes (CTB); Jaques Wagner, governador da Bahia (a confirmar).
Local: Teatro Castro Alves – Sala Principal
Dia 21/01
14h: Debates simultâneos
A América Latina e as relações Sul-Sul
Confirmados: Rubens Diniz CEBRAPAZ, Jose Carlos Lezcano (gov. paraguaio), Enrique Daza (Aliança Social Continental – Colômbia)
Local: Teatro Castro Alves – Espaço Darcy Ribeiro
Carnaval e carnavalização
Confirmado: Airton Pereira – Ministério do Turismo
Local: Passeio Público - Mirante 1
Esporte na formação do povo brasileiro
Confirmados: Cássia Damiani (Ministério do Esporte); Prof. Vinícius Ruas; Prof. Vitor Marinho
Local: Espaço Cultural Raul Seixas
Hip-Hop como elemento político social
Confirmados: Aliado G (Nação Hip Hop Brasil); Lamartine Silva (MHHOB); Preto Zezé (CUFA)
Local: Passeio Público - Diversidades
Juventude e Políticas Públicas
Confirmados: Beto Cury (Secretário Nacional de Juventude do Governo Federal); Dep. Manuela D’Ávila (PCdoB/RS); Rodrigo Abel (Superintendente de Juventude do RJ); Marcelo Brito – Gavião (UJS / CONJUVE); Carballal (vereador PT/Salvador); Roberto Tross (Secretaria de Juventude de MG)
Local: Passeio Público - Areninha
UNE e Cultura: 10 anos de Bienal – Balanço dos avanços e desafios da construção da rede brasileira e latinoamericana
Confirmados: Aldo Arantes; Ricardo Capelli; Ana Cristina Petta – Tininha; Tiago Alves; OCLAE, CUCA
Local: Palácio da Aclamação - Jardim
Dia 22/01
14h: Debates simultâneos
A cultura corporal, o Esporte Universitário e políticas públicas de incentivo à sua prática
Confirmados: Rovilson Portela (CEMJ); Luisa Rangel (Ministério do Esporte); Fernando Mascarenhas (CBCE)
Local: Passeio Público - Diversidades
Caravana UNE: Saúde, Educação e Cultura
Local: Tenda da Caravana
Democratização dos Meios de Comunicação
Confirmados: Raimundo Pereira (jornalista): Intervozes; UNE
Local: Espaço Cultural Raul Seixas
Educação e Cultura: meia-entrada e acesso aos bens culturais
Confirmados: Tico Santa Cruz (músico); Queiroga (prod. cultural); Ismael Cardoso (UBES); Odilon Wagner;UNE
Local: PASSEIO PÚBLICO - Areninha
Leis de anistia no Brasil e AL- A questão da Tortura e a abertura dos arquivos das Ditaduras
Confirmados: Min. Paulo Vanuchi (Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República – SEDH); UNE
Local: Palácio da Aclamação - Jardim
Reformar a Universidade para um projeto de integração latino americana
Confirmados: Erasto Fortes de Mendonça (SEDH); Helgio Trindade (UNILA); Fernando Sosa (AUGM); Oscar Hugo Lopez (EFPEM USAC – Guatemala); Debora Ramos IESALC/UNESCO; UNE
Local: TEATRO CASTRO ALVES – Espaço Darcy Ribeiro
Dia 23/01
15h - Conferência do tema "Raízes do Brasil: sentido e formação do povo brasileiro"
Confirmado: Jorge Mautner
Local: Concha Acústica
Dia 24/01
A mulher nas raízes do Brasil – sem as mulheres outra América não é possível
Confirmadas: Eline Jonas (União Brasileira da Mulheres); Alessandra Terribilli (Marcha Mundial de Mulheres); Profª Iole Vanin (UFBA); Profª Estela Aquino (UFBA)
Local: PASSEIO PÚBLICO – Mirante 1
Financiamento da Cultura: Mudanças na Lei Rouanet
Confirmados: Veridiana Negrini (Instituto Polis / CNPC); Fábio Cesnik; CUCA
Local: EC Raul Seixas
O esporte enquanto elemento de integração entre os povos
Confirmados: Luis Erlanger (Rede Globo); Nega Gizza (CUFA); Fabiana Costa (CEMJ); Fernando Sosa (AUGM)
Local: Palácio da Aclamação - Jardim
O Indígena nas raízes do Brasil e da AL
Confirmados: Délio Firmo Alves (COIAB); Marcos Boi; Nádia (Cauã Fórum Estadual de Educação Indígena)
Local: PASSEIO PÚBLICO - Diversidade
O Movimento Social a partir da Cultura / Formação de Redes Culturais Confirmados: Líllian Pacheco, CUCA, Jesus David Curbelo (Escritor Cuba)
Local: TEATRO CASTRO ALVES – Espaço Darcy Ribeiro
O povo brasileiro e as etnias na sua formação
Confirmados: Elói Araújo (Ministro Interino na Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - PASSEIO PÚBLICO); Zulu Araújo (Fundação Cultural Palmares); Valter Altino (Atitude Quilombola); UNEGRO
Local: Teatro Vila Velha
Dia 25/01
10h - Culturata
Com EstudanteNet
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6ª Bienal de Cultura da UNE : Salvador recebe festival estudantil
A Estrada vai além do que se vê!
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Crise financeira: a raiz é profunda

As ações terroristas do Estado israelense na Faixa de Gaza têm relegado a segundo plano, no noticiário da mídia, as agitações no mercado de trabalho já no início de 2009. Independente deste descaso, o que vemos é uma espécie de preâmbulo dos assustadores efeitos da quebra do sistema financeiro mundial na economia real.
É provável que muitos poucos dos senhores que perderam a compostura, e até mesmo a gravata e os botões das camisas no meio de um ataque de histeria coletiva — gritando “vendo”, arrancando os cabelos ou desmaiando perante os monitores que mostravam minuto a minuto como se evaporavam a honra, o prestígio e, sobretudo, o valor das ações dos líderes do mundo financeiro —, não tenham tomado consciência de que estão protagonizando um feito histórico. Em artigo na revista África 21, Manrique S. Gaudin apresenta dados que demonstram o início da pior crise do mundo capitalista desde aquela famosa quinta-feira, 24 de outubro de 1929, quando o crash da bolsa mais célebre do mundo desencadeou a “Grande Depressão” — um longo período de recessão que, para devolver o sorriso ao mundo das finanças, foi preciso primeiro que a devastadora Segunda Guerra Mundial gerasse uma imensa procura de alimentos e crédito. As primeiras semanas de setembro de 2008 são o equivalente àquela quinta-feira do século passado.
Maior plano de resgate privado da história
O furacão que começou a girar nos Estados Unidos levou os governos daquele país e da Europa a adotar o que pouco tempo atrás seria classificado pela histeria neoliberal de “surto socialista” — a nacionalização de bancos, seguradores e entidades de crédito, no que se tornou o maior plano de resgate financeiro da história. Trata-se, no entanto, de um “surto socialista” privado, de salvamento do particular, feito com recursos do Estado e do coletivo.
E ninguém exagera ao falar do maior plano de resgate privado da história — para se ter uma idéia, os US$ 700 bilhões disponibilizados pelo presidente George Bush equivalem a 23 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) do Uruguai. Gaudin cita que só essa parte do plano de resgate — que inclui aproximadamente outros US$ 300 bilhões ou mais — equivale ao montante investido pelos Estados Unidos nos quase seis anos da sua guerra de ocupação do Iraque. Para salvar os bancos, cada cidadão dos Estados Unidos está contribuindo com cerca de US$ 2 mil.
Estado de alerta na América Latina
A fabulosa soma de dinheiro consumida na tentativa de controlar a crise será traduzida, no futuro, em recessão e inflação mundiais. Prevê-se um longo período de recessão e inflação, mas os efeitos imediatos são já devastadores: caem a procura e os preços das matérias-primas, reduzem-se as remessas que os imigrantes enviam para as suas famílias nos países pobres e já são milhares os trabalhadores suspensos temporariamente ou demitidos. Segundo estimativas das mais diversas origens, a crise terá consequências graves, como a diminuição do crédito externo, a depreciação das moedas nacionais e restrições de liquidez bancária.
Haverá uma forte retração das exportações para os países centrais e uma baixa da cotação internacional das matérias-primas, tal como já ocorre com o petróleo, a soja, o milho, o trigo e outros produtos agropecuários. A crise já colocou em estado de alerta o sistema econômico latino-americano, os governos e a complexa trama de organismos supranacionais. Na primeira semana da crise, o establishment latino-americano optou por minimizar os seus efeitos. Gaudin lembra que não houve nenhum governo, especialmente os de economia mais forte, que não afirmasse, quase como uma repetição, que estava em condições de contrariar os efeitos nocivos da crise. Mas rapidamente tiveram que assumir a realidade.
Reações do México e da Colômbia
Curiosamente, o primeiro a admiti-lo foi um banqueiro, Carlos Fedrigotti, ex-diretor geral do Citigroup. “A região tomou consciência de que no sistema financeiro internacional há elementos de excesso e riscos imprudentes e irracionais, que se parecem às probabilidades dos jogos de um cassino”, disse o banqueiro. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva usou a mesma imagem quando disse que os países pobres, que têm feito um grande esforço fiscal para ter um período de crescimento, são vítimas agora do cassino instalado no sistema financeiro dos Estados Unidos.
O mexicano Luis Téllez, ministro das Comunicações e talvez o melhor porta-voz do presidente Felipe Calderón, foi o mais direto de todos. “Os especuladores mataram-nos, a depressão que aí vem será monumental”, afirmou. O presidente colombiano Álvaro Uribe, um fantoche do presidente do regime norte-americano, também não pôde deixar de falar com realismo. “Sofreremos em temas tão sensíveis como o emprego e a pobreza, a desaceleração econômica será convertida em recessão e a recessão nos levará a ter mais desempregados e mais pobres”, afirmou. Manifestações como essas se espalharam pelo mundo.
Resposta implacável de Cristina Fernández
Durante a última Assembléia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro de 2008, a crise foi o único tema. Na ocasião, os presidentes latino-americanos foram apertados em Nova York pelos gestores das multinacionais, que exigiam respostas urgentes para saber como eles pensavam a crise. A presidente argentina Cristina Fernández foi implacável. “O Primeiro Mundo, que nos pintava como ‘A Meca’, está caindo em pedaços e vocês perguntam-me se a Argentina tem um ‘plano B’ para enfrentar a crise? Senhores, sejamos francos! É preciso que vos fale seriamente: quem precisa de um ‘plano B’ são vocês, Estados Unidos e União Européia, e podem consegui-lo se fizerem uma gestão responsável das vossas economias”, afirmou.
O governo do México — aliado, juntamente com o Canadá, dos Estados Unidos no Mercado Comum do Norte (Nafta) — prevê uma desaceleração econômica por via de uma forte queda das exportações, de um menor número de turistas norte-americanos no país e de uma redução sensível das remessas que enviam às suas famílias os mexicanos imigrados nos Estados Unidos (em 2007, foram movimentados US$ 23 bilhões e, segundo o banco central mexicano, só no mês de setembro registrou-se uma queda de 12%). Em menos de duas semanas, as divisas do México e Canadá desvalorizaram-se mais de 20% frente ao dólar norte-americano.
Questão que nunca vai realmente embora
A economia dos países da América Central — que ao assinarem o Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos também passaram a ser aliados estratégicos do regime norte-americano — também sofrerá um duro golpe. Prevê-se um crescimento, na região, de 3,9%, contra os 6,4% registrados em 2007 e os 6,8% anteriormente estimados para 2008. Um relatório da Secretaria de Integração Econômica da América Central indica que cerca de 16 milhões dos 40 milhões de pessoas da região vivem em condições de plena pobreza — o que pode levar a crise financeira a transforme-se em crise humanitária.
De acordo com uma estimativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), nos três países sul-americanos que receberam maiores volumes de remessas dos imigrantes em 2007 — Brasil (US$ 7.400 milhões), Colômbia (US$ 4.200 milhões) e Equador (US$ 2.900 milhões) — já houve uma redução nos envios da ordem dos 7,7%. Dados como esses aparecem quase que diariamente no noticiário econômico, fato que traduz-se em um bom momento — certamente um dos melhores que já apareceram nestes últimos anos — para debater uma questão que nunca vai realmente embora: o papel do Estado.
UNE dirá a Lula que cota para meia-entrada tira direitos

Apesar de ser contra a criação desta cota, a UNE concorda em limitar a meia-entrada apenas a alunos do ensino formal, como prevê o projeto de lei. Assim, quem faz curso pré-vestibular ou de idioma, por exemplo, ficaria sem o benefício. "Eles aproveitaram um vácuo na legislação para ter desconto, mas nunca tiveram esse direito assegurado", explica Lúcia.
A UNE também vai falar com o Presidente da República sobre a criação de um plano nacional de assistência a alunos de baixa renda que estudem em universidades particulares. "Queremos que o governo garanta, além do acesso, a permanência dos jovens na universidade privada", afirmou Lúcia Stumpf.
Do Portal Vermelho com agências.
A Estrada vai além do que se vê!
"O Brasil deve jogar um papel mais afirmativo em favor da causa palestina e condenar o terrorismo israelense"

Qual seria a saída para o fim dos conflitos entre Israel e Palestina?
A saída é muito difícil porque as razões que levaram a essa nova escalada são históricas e a situação é complexa. Só vejo solução se os problemas históricos e de fundo forem enfrentados. De qualquer maneira, é preciso lutar de imediato pela suspensão dos bombardeios, da ocupação terrestre e contra o cerco à Faixa de Gaza, assim como contra a campanha de aniquilamento da Resistência. É preciso também acabar com essa hipocrisia de dizer que as partes que estão negociando vão promover uma trégua e que o pressuposto é que o Hamas “pare de dar tiros”, como se se tratasse de uma guerra entre dois exércitos. O que há ali é massacre e uma luta desigual. Israel não pode continuar impunemente submetendo a população palestina e as forças da Resistência a uma operação de cerco e extermínio.
Porém, os problemas na região remontam à criação do Estado de Israel...
O Estado de Israel foi criado na base da usurpação do território da Palestina. Quando a Assembléia Geral das Nações Unidas de 28 de novembro de 1947 determinou, através da Resolução 181 a criação do Estado de Israel, estabeleceu também a criação do Estado da Palestina. Havia, então, a expectativa de que ambos os estados seriam capazes de conviver em harmonia. O que aconteceu, no entanto, é que desde então Israel foi se expandindo cada vez mais e inviabilizou a criação do Estado palestino. Não há o que tergiversar sobre isso. E mais: houve a guerra de 1967, quando Israel ocupou ainda mais territórios palestinos e árabes, revelando-se um Estado expansionista na região do Oriente Médio. Além disso, todo o processo de colonização dos territórios que passaram a ser de Israel foi feito na base da usurpação de terras das famílias palestinas, o que gerou um grande êxodo. Existem cerca de 4 milhões de refugiados. Por tudo isso, além da questão imediata deste conflito, é preciso avançar para a criação do Estado da Palestina livre, independente, com plena soberania, tendo por capital Jerusalém Oriental. Enquanto estas questões não forem resolvidas, não haverá paz na Palestina.
E os Estados Unidos têm papel fundamental no acirramento dos conflitos...
Sim. A resolução 242 da ONU, posterior ao conflito de 1967, determina a devolução de todos os territórios ocupados então e a criação do Estado Nacional Palestino. Então, quem está violando o direito internacional é Israel e os protetores de Israel, ou seja, os países imperialistas, especialmente os Estados Unidos, mas também a União Européia. A situação se complica com a tentativa dos Estados Unidos de impor o chamado Plano de Reestruturação do Oriente Médio, um engendro da Administração Bush, que corresponde às ambições hegemônicas do imperialismo norte-americano. Israel é a cabeça de ponte para a realização desse plano; é um Estado artificial que existe em nome dos interesses do imperialismo. É por isso que Israel guerreia não só contra os palestinos, mas também contra o Líbano, contra a Síria e outros países da região. E é por isso que urde planos para agredir o Irã. E, claro, desta estratégia faz parte também o apoio dos EUA a regimes árabes reacionários, que se comportam como “cavalos de Tróia” dentro do mundo árabe.
Que peso tem a vitória obtida pelo Hamas nas eleições parlamentares de 2006 nos conflitos atuais?
É curioso. Os países imperialistas aparecem como paladinos da democracia, exigiram eleições na Palestina e chegaram a monitorá-las. O Hamas se apresentou como força política, aceitou jogar as regras eleitorais e foi o vencedor daquelas eleições por conta de sua força política. Porém, esses mesmos países que supostamente defendem a democracia não reconheceram a vontade do povo palestino. Ou seja, para eles as regras democráticas só valem se uma determinada força ganha a eleição. A não aceitação dos resultados eleitorais e o anúncio do bloqueio dos fundos da Palestina feitos por Israel, Estados Unidos e União Européia certamente contribuíram para deteriorar a situação, que culminou com o sítio a Gaza, inviabilizando o suprimento do território em gêneros de primeira necessidade e medicamentos. O problema, portanto, não está no fato de ser o Hamas, islâmico e xiita. O problema é que Israel, os EUA e a UE não aceitam a emergência de forças da Resistência nacional. O mesmo acontece no Líbano com o Hezbollah.
Como se deu o fortalecimento de organizações com o Hamas e o Hezbollah?
Houve um momento importante na luta dos povos árabes durante as décadas de 1950, 1960 e 1970, quando emergiu o nacionalismo pan-árabe, formado por importantes forças republicanas, laicas, patrióticas, que chegaram ao poder em vários países árabes como fruto de revoluções nacionais, democráticas e anti-monárquicas. Uma das grandes figuras desse período foi o presidente (Gamal Abdel) Nasser, no Egito. Essas forças entraram em decadência por razões variadas e isso levou à emergência do que se chama de fundamentalismo islâmico. Tanto o Hamas quanto o Hezbollah crescem no vácuo deixado pelo enfraquecimento dessas forças e, claro, pelos seus méritos próprios como forças políticas capazes de se ligarem ao seu povo e de defender a identidade nacional, levando esta luta às últimas conseqüências. Existe, claro, um componente religioso, que é habilmente explorado pelo inimigo para semear a divisão das forças patrióticas e da Resistência nacional. Nós, comunistas, não concordamos com a idéia de um Estado teocrático, mas reconhecemos nessas organizações forças ligadas ao povo e cuja atuação tem sentido antiimperialista.
No conflito atual, como analisa a atuação dos principais países do tabuleiro político internacional, especialmente Estados Unidos e França?
O imperialismo norte-americano demonstrou, mais uma vez, seu apoio indeclinável a Israel. Bloqueiam qualquer possibilidade de o Conselho de Segurança da ONU tomar medidas efetivas em favor do cessar-fogo. A última Resolução foi um pedido de cessar-fogo, com a abstenção dos EUA. Esta potência imperialista propagandeia – com o apoio da mídia pressurosa em difundir esta idéia – que Israel está se defendendo do Hamas. Isso é falso. Tentam transformar o agressor em vítima. O imperialismo atua no sentido de legitimar os ataques e o genocídio e corrobora a estratégia israelense de aniquilar a Resistência palestina. A União Européia age no mesmo sentido. Os presidentes da França e da República Tcheca (esta última no exercício da presidência da UE), por exemplo, declararam seu apoio a Israel na luta contra o Hamas. Por isso o Hamas repudiou a intervenção da UE e em particular da França classificando-a como parcial, por tomar o lado de Israel. O presidente Nicolas Sarkozy envergonhou a França com o comportamento de trapalhão durante a semana passada trombeteando ter patrocinado um acordo de paz, sendo imediatamente desmentido por todas as partes envolvidas. Diga-se entre parênteses que poucas semanas antes ele veio ao Brasil desfrutar das demonstrações de sabujice de setores das classes dominantes brasileiras e da mídia que o paparicaram e fizeram com que se sentisse um imperador. Veio tentar atrair o Brasil e o Mercosul para a área de influência da União Européia. No que se refere ao Oriente Médio a UE pretende ocupar uma posição de destaque na crise. O plano apresentado por França e Egito é inócuo porque nem de longe faz menção clara à questão principal já referida aqui: criar um Estado palestino livre, independente e autônomo. Por fim, fazem parte das metas da União Européia a criminalização do Hamas e do conjunto da Resistência palestina.
E a postura do governo brasileiro?
Entre as forças políticas que integram o governo brasileiro, o PCdoB é uma das que mais valorizam a política que o presidente Lula e sua chancelaria têm feito em relação ao Oriente Médio. O ponto alto foi a realização da Cúpula América do Sul e Países Árabes, que atraiu a hostilidade dos EUA e de Israel. Foi muito positiva a declaração espontânea do presidente Lula quando condenou os EUA por impedirem uma ação da ONU em favor do cessar-fogo na crise atual. Corajosamente, criticou a própria ONU. Mas, me permito dizer que a posição formal do Itamaraty apenas “deplorando” a agressão israelense por ser “desproporcional” é uma posição tíbia, digamos, tecnicista, protocolar. É preciso condenar os ataques. A clareza política não pode ser obnubilada pelos rituais diplomáticos. O Brasil deve jogar um papel mais afirmativo em favor da causa palestina e condenar o terrorismo israelense. O presidente Lula deveria, inclusive, rever a decisão de visitar Israel este ano. Além disso, o Brasil não pode permitir que se concretize a proposta de realizar um acordo bilateral entre o Mercosul e Israel. Nossa diplomacia, que com muito talento desmontou a Alca, deveria ajudar a desmontar essa proposta. Aproveito para aplaudir a atitude do presidente Hugo Chávez de romper relações com Israel. O Estado terrorista e genocida de Israel merece ser repudiado e sancionado pela comunidade internacional.
Que papel o PCdoB pode desempenhar neste momento?
O PCdoB luta pela paz e apoia os esforços pela paz e, de imediato, para que cesse o genocídio e a crise humanitária em Gaza. Mas, é preciso que se apresentem planos sérios, factíveis. Será inócuo qualquer plano de paz que não parta de uma condenação clara à ofensiva israelense, de uma caracterização clara de que Israel está fazendo um genocídio e de uma exigência impositiva de que acabem imediatamente com os bombardeios e a ocupação em Gaza. Estamos orientando nossa militância a realizar manifestações em todo o Brasil, fortalecendo as organizações que lutam pela paz e praticam a solidariedade internacionalista, participando dos protestos e contribuindo para fortalecer a unidade do movimento pela paz. Estamos principalmente conclamando nossa militância, quadros e organizações sob nossa influência a transformarem o ato público de abertura do Fórum Social Mundial em Belém, dia 27, num grande ato contra o genocídio perpetrado por Israel nos territórios palestinos. O partido estará lá cumprindo seu papel de força internacionalista e solidária.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Dê um grito contra a matança em Gaza!

Já não há gaze para tantos
Mas, Gaza respira,
Ó povo judeu,
Ó povo judeu,
Como querer de um povo condenado ao gueto,
Que a bravura de Gaza,
Faça alguma coisa por Gaza,
*Adalberto Monteiro, poeta e jornalista, é presidente da Fundação Maurício Grabois
As 12 regras da mídia internacional para tratar do Oriente Médio

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Hasta la victoria siempre!

Não tinha a inteção de escrever muitas coisas até porque quem me conhece sabe que gosto é de falar, ainda mais quando é para contar histórias, coisas que vi, ouvi e observei, mas o pessoal da excursão está cobrando.
Bem, não vai dar pra contar tudo hoje, vou contando aos pouquinhos, e irei colocando umas fotos que tirei , para ilustrar e todos poderem ver sobre o que estou falando.
Começando:
Resolvi ir conhecer Cuba e comemorar os 50 anos do triunfo da revolução de 1959. Tenho que confessar que sempre achei que ir a Cuba fosse um sonho muito distante , por isto talvez poucos tenham ouvido eu expressar este desejo, mas convivo com um professor cubano, meu mestre prof. Cubero (obs: não é desertor, vai todos os anos lá para não perder a cidadania cubana) , e ao ouví-lo falar quase diariamente de sua terra e dos esforços para manter as conquistas revolucionárias esta vontade foi tomando forma ( e claro 6 cheques pré-datados rs rs rs).
Fui com meu marido Carlos e meu filho João , que completou 13 anos lá.
Foi uma excursão com caráter histórico e político, logo , a programação acabou atraindo quase em sua totalidade militantes de esquerda de vários partidos e tendências ( só isto já daria muitas páginas para contar, coisas engraçadas,polêmicas, assembléias no ônibus, questões de ordem, votações para tudo, centralismo democrático, enfim, o dia a dia de todos, rs rs rs). O grupo era diferente entre si mas com pessoas simpáticas , alegres e bem humoradas, sem dúvida um grupo impar.
Do meu partido, PCdoB éramos 5 camaradas do Rio: Eu(Cebrapaz), Heloísa(Méier),
Levei duas máquinas de retrato com cartões e mais cartões de memória, além de baterias sobressalentes e batia foto de tudo: das casas, das pessoas, das ruas, dos cartazes, da fiação elétrica, dos Ônibus, dos carros antigos cada um mais lindo que o outro, enfim , de tudo , e logo ganhei um apelido : Saca la foto da Silva, pois vivia falando _ saca la foto, e pegou até na despedida ontem no Galeão.
dividirei pelas cidades que visitei : Havana, Santiago de Cuba,Camaguey, Santa Clara, além de falar um pouco sobre o que vi nas estradas.
Posso adiantar, a viagem foi tão boa e minhas impressões sobre Cuba as melhores que já penso em ir para o 1º de maio. É um pais que todos deveriam conhecer para entender o que é pensar e agir para e pelo o coletivo.
Exemplo vivo de resistência e luta, o povo Cubano merece o respeito e admiração de todos.
Viva la revolucion!
Viva Fidel!
Viva el pueblo Cubano !
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Gustavo Petta assume a Secretaria de Esporte de Campinas

“Após uma vida toda dedicada ao movimento estudantil agora eu vivo uma nova experiência tendo a possibilidade de estar dentro do poder executivo e garantir itens importantes para a formação da juventude e toda a população de Campinas”, afirma.
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A herança maldita
A prefeitura tem mais de 8 mil servidores, dos quais cerca de 4 mil contratados sem concurso e que, desde 1º de janeiro, legalmente, estão desvinculados da municipalidade, pelo decreto baixado pelo prefeito, que “torna sem efeito os contratos de admissão de pessoal sem concurso público na administração municipal. Tadeu Leite vai se pronunciar nesta quinta-feira sobre o pagamento dos salários dos servidores.
O ex-secretário municipal da Fazenda na gestão passada Henrique Veloso Neto confirmou ao Estado de Minas que a administração anterior não deixou recursos em caixa para quitar a folha de salários, da ordem de R$ 14,66 milhões. Mas ele lembrou que no início deste mês a prefeitura recebe volume considerável de recursos e transferências, como IPVA, FPM, ICMS e ISSQN. Com isso, segundo ele, a expectativa é de que até o dia 20 entrem no caixa da prefeitura cerca de R$ 20 milhões. Para Henrique Veloso, será possível pagar os salários de dezembro até dia 15 ou 20.
Crime
Luiz Tadeu anunciou que pretende levar o caso ao conhecimento do Ministério Público para apuração de crime de responsabilidade. “A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que a folha de dezembro tem de ser paga pela administração que termina e que não pode deixar débitos para o sucessor sem dinheiro em caixa”, afirmou o prefeito.
O ex-secretário lembrou que o artigo da LRF gera dupla interpretação. “Acontece que os recursos a receber em janeiro também incluem receitas da arrecadação de 2008", salientou. “Quando assumimos em 2005, por exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal já estava em vigor e pagamos restos a pagar deixados pela administração anterior, do ex-prefeito Jairo Ataíde (DEM)”, completou.
Luiz Tadeu afirmou ter herdado uma dívida de R$ 30 milhões com vencimento no curto prazo, incluindo o débito com os servidores. Afirmou que existem R$ 32 milhões de dinheiro de convênios, “mas são recursos que ainda serão liberados, mesmo assim trata-se de verba carimbada”.
Henrique Veloso disse que os valores informados pelo prefeito estão corretos. “Mas, temos que lembrar, além da folha de pagamento, para a maioria dos outros débitos existem créditos correspondentes a serem recebidos a curto prazo. Para a área de saúde, por exemplo, são cerca de R$ 12 milhões neste mês”, disse. “Os dados precisam ser divulgados corretamente, pois está tudo na contabilidade da prefeitura até 31 de janeiro, teremos que encaminhar os números da administração anterior para o Tribunal de Contas e não podemos confundir a opinião pública”, afirmou o ex-secretário da Fazenda.
Preocupação
À margem do debate sobre o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, os funcionários municipais estão preocupados com seus compromissos diante do atraso de pagamento. “Deveriam ter pelo menos avisado para gente antes, pois temos que pagar nossas obrigações em dia. A fatura do cartão de crédito, por exemplo, vence no início do mês”, afirmou o servidor Washington Leandro Santos Mesquita. “Acho que a responsabilidade é do prefeito que saiu. Mas, espero que o prefeito que entrou possa resolver isso o mais rápido possível. Os funcionários não podem ser prejudicados", disse.
Ele enfrenta outra dificuldade. Como é contratado, legalmente está desligado da prefeitura desde 1º de janeiro. “Mas, acho que vão estudar caso a caso e haverá um remanejamento”, afirmou o auxiliar de enfermagem. Ele disse que espera que o seu contrato seja renovado. “Acho que em choque de gestão, a última coisa que deveriam fazer é demitir pessoas, pois isso afeta até a economia do município”, comentou. Por outro lado, ele declarou ser a favor de realização de concurso público pela prefeitura.
Adeus!

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