quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Federação Sindical Mundial debate “globalização”


A Federação Sindical Mundial (FSM) quer aumentar a sua influência na Europa.

Esse foi um dos objetivos do seminário sobre “globalização” e os seus efeitos para os trabalhadores, que organizou em Lisboa.

O secretário-geral da FSM não hesita em elogiar os governos da Venezuela e de Cuba e em criticar a atitude da nova central mundial — a Confederação Sindical Internacional (CSI), que agrega a maioria das grandes centrais sindicais européias, mas não a CGTP, de Portugal.

A maioria dos sindicatos filiados à FSM são de países asiáticos, como a China, Índia, Paquistão; da África e da América Latina, onde pontuam Cuba, Venezuela, Colômbia e Brasil.

“Na América Latina temos sindicatos muito fortes. Também somos fortes na Ásia-Pacífico. Por exemplo, temos sete milhões de membros na Índia, cerca de 10 milhões no Brasil. Também na África e no Médio Oriente somos fortes. Na realidade, na Europa temos fragilidades. Sabemos que há razões históricas relacionadas com os acontecimentos de 1989 a 1992. Mas também, passo a passo, estamos crescendo na Europa”, disse o secretário-geral da FSM, George Mavrikos.

Quanto à CGTP, que mantém a idéia de não filiação internacional, Mavrikos respeita a decisão.

“Temos relações históricas muito boas com a CGTP. Sabemos que é uma central sindical independente. Respeitamos a sua decisão. Mas temos algumas federações da CGTP como membros”, afirmou.

Dentro da CGTP, há quem defenda a entrada da central na CSI.

Segundo Mavrikos, os dirigentes da CSI estão sempre colados aos governos.

E cita como exemplo o sindicalismo da CSI nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, na Alemanha e na França.

Mavrikos enfatizou que a “globalização” tem graves riscos para os trabalhadores e para as populações em geral.

Ele também comentou os conflitos na Grécia.

Para Mavrikos, os anarquistas estão na origem dos protestos violentos em Atenas, mas na sua maioria os manifestantes são trabalhadores pacíficos que lutam contra o governo pelos seus direitos.

“Infelizmente, a mídia, não só da Grécia mas de todo o mundo, transmite todos os dias imagens de fogo e de violência. Mas, no nosso país, milhares de trabalhadores fazem greves e manifestações; não são anarquistas. Os anarquistas são provavelmente mil ou algumas centenas. Mas os nossos trabalhadores estão em luta contra o governo, a sua política e por direitos, incluindo pela liberdade”, disse.

Do Blog "O outro lado da notícia", com agências européias.


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