segunda-feira, 22 de março de 2010

PT discute apoio do PCdoB em Minas

Foto: Pedro Leão

O presidente estadual do PT Minas, deputado federal Reginaldo Lopes participou na última quinta-feira (18) de uma reunião com a direção do PCdoB mineiro, com intuito de buscar apoio da legenda na sucessão ao Palácio da Liberdade. A princípio, como informado anteriormente, o encontro seria com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que não pôde comparecer a reunião.

Reginaldo Lopes informou que apesar de Pimentel estar na capital ele foi impedido de ir à reunião por conta de compromissos referentes à pré-candidatura da ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ao Palácio do Planalto. Ele contou que a ministra deve se despedir do Ministério em Minas Gerais e fará uma visita em Contagem no dia 31 deste mês. Lopes informou ainda que Pimentel se encontra hoje com presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Patrus e José Alencar.

Aliança - Em sua fala, Lopes afirmou a importância do apoio PCdoB nas próximas eleições e esclareceu a forma como será escolhido o candidato pelo PT ao governo do Estado, depois da reunião de acordo entre os dois pré-candidados do partido, o Ministro de Desenvolvimento e Combate a Fome, Patrus Ananias e do ex Prefeito Fernando Pimentel, que aconteceu na segunda-feira. Para ele, a aliança com o PCdoB é pragmática e incontestável para uma vitória. “O PCdoB é hoje nosso porto seguro, um dos nossos maiores apoios”, afirmou.

Outro ponto discutido foi em relação a “cabeça de chapa”. Para ele, não é natural o PT abrir mão de encabeçar a disputa no primeiro turno. Ele afirmou que o partido quer uma candidatura própria, e caso não seja possível ao partido encabeçar as eleições em Minas no primeiro turno, a solução será ter dois palanques da esquerda. Ele deixa claro que o PT só abre mão desse propósito se o candidato ao governo de Minas for o vice presidente José Alencar.

Em relação a quem será o candidato do PT, ele afirmou que tudo indica que não haverá disputa interna e nem prévias, mas um resultado de consenso. “Porém somente a base pode decidir quem será o candidato do PT e as coligações, e isso será homologado no Congresso que acontecerá nos dias 21 a 23 de maio”, porém ele afirmou que seja possível que até o fim de abril o PT já apresente apenas um nome.

Apoio
A presidente estadual do PCdoB, deputada federal Jô Moraes lamentou a ausência de Pimentel mas disse compreendê-la. Jô esclareceu que a atitude de Patrus e Pimentel mostra que a esquerda em Minas está avançando e que só será possível vencer a pré-candidatura do vice-governador Antonio Anastasia (PSDB) à sucessão estadual, com muita união. A presidente afirmou que é natural ao PCdoB apoiar o PT por causa do presidente Lula, mas deixou claro que o partido considera a importância do PMDB em torno do projeto de Lula.

O deputado estadual Carlin Moura afirmou que partido lutará pelo palanque de Dilma em Minas. Para ele, o crescimento da ministra nas pesquisas é legitimo e fruto de muito trabalho. Para ele o governo de Minas é um governo de mídia, governo da especulação imobiliária e sem políticas públicas.

O secretário executivo do Ministério do Esporte, Wadson Ribeiro, que também participou do encontro, afirmou que a união é o único caminho para vitória da esquerda em Minas. “Nunca estivemos tão próximos de governar Minas”, afirmou. Para o secretário, a estratégia deverá ser de dividir o inimigo. Para Wadson o calendário do PT dialoga com o que o PCdoB discutirá com seus militantes na busca de uma união que resulte em um programa mais avançado e de políticas sociais para Minas.

Sheila Cristina, para o Caderno Vermelho Minas


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