quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

UNE e UBES no Planalto


Nesta segunda-feira, 18 de janeiro, os principais representantes do movimento estudantil tiveram a oportunidade de apresentar pessoalmente ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta que pleiteia 50% do Fundo do Pré-sal para a Educação.

Augusto Chagas, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e Yann Evanovick, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) defenderam que os recursos do Fundo Social do Pré-sal sejam investidos em educação e em projetos que aumentem o tempo de permanência dos brasileiros na escola – um montante que poderia chegar a R$ 2 bilhões. “O salário dos nossos professores ainda é muito defasado e o Brasil tem apenas 13,9% de jovens, de 18 a 24 anos, com acesso à universidade. Isso tudo demonstra a necessidade de se aplicar melhor os recursos em educação, principalmente, em aumentar o aporte de recursos na área”, alertou Augusto Chagas. “A educação tem ser prioridade”, concordou Yann Evanovick.

Chagas afirmou que, apesar das políticas educacionais nos últimos anos terem apresentado melhorias na qualidade do ensino do país, é preciso ampliar os investimentos no setor. Segundo ele, a média de permanência do brasileiro adulto na escola é de sete anos e que não chega a 30% o percentual de escolas públicas que têm uma quadra de esportes. Na pauta de reivindicações dos estudantes a aprovação do Projeto de Lei de Reforma Universitária da UNE, em tramitação na Câmara.

Também presentes na audiência, o secretário geral da UNE, Antonio da Silva, e o vice-presidente da entidade Tiago Ventura. “Durante a audiência valorizamos a experiência da Conferência Nacional de Educação (Conae – de 28 de março a 1º de abril), como um espaço inédito na formulação da política educacional brasileira por meio do diálogo entre sociedade civil organizada e governo”, declarou Ventura. Além disso, propuseram a criação de um ente público que fique responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pavimentando o caminho para o fim do vestibular. A reunião contou com a participação do secretário geral da Presidência da República, Luiz Dulci; do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e assessores.

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