A União da Juventude Socialista parabeniza a Fundação Maurício Grabois pela iniciativa da realização deste Seminário, que vem em momento oportuno, não só para o aquecimento às discussões que serão realizadas na COP-México, mas também para contribuir com a atual e urgente necessidade de se aprofundar o conhecimento científico a cerca da temática no Brasil e no Mundo. Muito se tem discutido sobre a responsabilidade das mudanças climáticas, contudo independentemente dos causadores, sejamos nós ou uma alteração cíclica do clima, sofreremos drasticamente com suas mudanças na Terra, e como espécie devemos reagir com a utilização de todo mecanismo cientifico e político a bem da nossa preservação.
A inerência do aprofundamento do conhecimento científico bem como do debate e ações políticas a cerca do tema se evidência principalmente para a juventude a qual, se as previsões se concretizarem, observará o aumento dos níveis dos oceanos, a diminuição das terras agricultáveis, o surgimento de tufões e furacões, entre outras possíveis catástrofes naturais. Hoje o grande desafio é encontrar medidas concretas que solucionem ou minimizem essas mudanças climáticas e ambientais, sem frear o desenvolvimento dos países.
Na Convenção Quadro das Nações Unidas sobre mudanças climáticas acordada na Rio 92, o Brasil introduziu acertadamente um conceito chamado “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”, ou seja, o aquecimento global é um problema global e não pode ser combatido apenas pelas ações de um país. Ele exige, para ser eficaz, a ação conjunta de todos os países. Sendo assim diferente de propostas que visam a cessão do desenvolvimento, quadro que apenas elevaria a desigualdade social e causaria para os países subdesenvolvidos problemas ainda maiores, aumentando sobre as nações subdesenvolvidas a escravidão econômica e o subjulgo cultural. A diminuição das emissões de GEE- Gases do Efeito Estufa deve ser meta de todos os países sendo ela diretamente proporcional a poluição causada.
Depois da Rio 92 uma grande mudança nos mecanismos ambientais foi estruturada na Conferência de Quioto em 1997. Foi instituído para a mitigação dos impactos ambientais causados pela Emissão de GEE o atributo mercadológico onde o processo de redução das Emissões de GEE- Gases do Efeito Estufa receberia um valor transacionável para essas reduções. Com isso cada tonelada de CO2 deixada de ser emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento poderá ser negociada no mercado mundial, criando assim um novo “atrativo” para a redução das emissões globais. Tal medida contribui para que os países subdesenvolvidos se tornem novos “celeiros” de venda de crédito de carbono, e possibilitando aos grandes poluidores a continuidade das emissões de GEE e até mesmo a sua elevação.
A UJS acredita que esse seminário contribuirá significativamente com a COP 16 e espera que a Conferência das Nações Unidas tenha um impacto mais veemente para o progresso nas políticas ambientais realizadas pelas mais diversas nações e possam, de forma mais efetiva, avançar nas soluções para os problemas climatológicos e ambientais que o planeta vem enfrentando. E, para tanto, acredita que a única forma de mitigar os problemas ambientais é uma mudança na maneira economicista com que as riquezas ambientais são tratadas e no investimento cada vez mais elevado em produções de energias limpas e de políticas públicas efetivas para o desenvolvimento com sustentabilidade da nação.
Com isso a União da Juventude Socialista deseja a todos um excelente seminário e agradece a oportunidade de aprimoramento das compreensões cientificas e políticas para que possamos vislumbrar um futuro mais promissor. E coloca-se com toda sua capacidade de atuação e pensamento a serviço de qualquer ação para os avanços nas políticas ambientais. Deixando também o convite para juntar-se a nós. Vamos juntos fazer do Brasil um país mais justo, humano e sustentável! Filie-se a UJS. Acesse o site: http://www.ujs.org.br/
Karen Castelli é bióloga e membro do Coletivo de Meio Ambiente da UJS.
Publicado no Portal da UJS
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