terça-feira, 14 de abril de 2009

As mulheres transformando a Universidade

Belo Horizonte será sede do 3º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE


Encontro visa promover diversos debates, entre eles, de combate as diversas manifestações de machismo nas universidades.

Entre 1º e 3 de maio acontece em Belo Horizonte o 3º Encontro de Mulheres Estudantes da União Nacional dos Estudantes (UNE). O encontro foi convocado no último Coneg (Conselho Nacional de Entidades Gerais) realizado em São Paulo no mês de março.

O objetivo é debater em torno das diversas manifestações de machismo que ocorrem cotidianamente em suas universidades a fim de combatê-las. O evento em sua terceira edição evidencia a consolidação desse espaço como fundamental para discutir e traçar ações que denunciem as opressões vividas pelas mulheres estudantes e para construir uma agenda que rompa com essa situação.

A campanha "As mulheres transformando a universidade" lançada no último dia 4 de abril na cidade do Rio de Janeiro visa desencadear o processo de debates sobre feminismo nas universidades e mobilização para o EME. Essa edição do Encontro será parte dessa campanha, organizada pela UNE para o próximo período.

Assistência Estudantil

O Encontro será um espaço privilegiado para a construção de propostas voltadas para o âmbito da Universidade - a necessidade de uma política de assistência estudantil que contemple as estudantes (como por exemplo, creches, acompanhamento de saúde, etc) e de currículos que levem em conta as questões de gênero além de pensar os desafios das estudantes trabalhadoras e a luta por uma educação não-sexista.

Aborto

A campanha pela legalização do aborto, aprovada no último EME, foi importante instrumento para visibilizar esse debate e denunciar a opressão e preconceito vividos pelas mulheres e a criminalização das que abortam. A partir da campanha, percebeu-se a necessidade dessa pauta ser constante nas discussões e debates dentro do movimento estudantil.

Desafios

Nosso desafio será a reafirmação de que não são as mulheres quem pagarão pela crise internacional, uma vez que não somos nós as responsáveis por ela, pelo contrário, sempre denunciamos que este modelo capitalista reforça as desigualdades e o machismo. Continuamos a denunciar e combater as manifestações de machismo que ocorrem durante as calouradas, trotes, nos cartazes de festas e encontros de área que mercantilizam o corpo das mulheres, reduzindo-as a estereótipos de beleza e sexualidade.




A Estrada vai além do que se vê!

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