quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Estudantes de Manaus lutam pela meia passagem

Estudantes ocuparam ontem (23) o plenário da Câmara Municipal de Manaus, na tentativa de impedir a votação da emenda que altera parte das regras de uso da meia-passagem para a classe estudantil na capital amazonense. Durante a invasão, os manifestantes agrediram funcionários, quebraram vidros, jogaram tinta nas mesas e acabaram levando os vereadores a continuar a votação no auditório da Casa. Durante seis dias, os estudantes fizeram vigília no local mas, nesta terça (23), eles foram contidos pela tropa de choque da Polícia Militar.

Apesar da confusão, os vereadores aprovaram, com 26 votos a favor e apenas quatro contra, a proposta de emenda à Lei Orgânica do Município (Loman) que determina, a partir da publicação no Diário Oficial do estado, que a meia-passagem para circulação nos ônibus em Manaus esteja limitada a duas passagens por dia para cada estudante, seja ele do nível fundamental, médio ou superior, matriculado em rede pública ou privada de ensino.

As regras para uso da meia-passagem a partir de agora ficam mais rígidas e quem precisar de mais passagens, terá que comprovar a necessidade à concessionária do serviço de transporte coletivo na cidade. Além disso, a cada dois meses, a freqüência escolar também deverá ser comprovada e os que deixarem de freqüentar as aulas por mais de 20 dias letivos consecutivos ou 50 dias letivos intercalados perderão o benefício.

O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Manaus (Umes), Yann Evanovick , lamentou a decisão dos vereadores e ressaltou que a medida implicará na perda de 80 meias-passagens para cada estudante por mês.

"Infelizmente estamos vivenciando um retrocesso a uma conquista histórica que tínhamos obtido anos atrás com a meia-passagem. Cada um de nós tinha direito a 120 meias-passagens por mês e agora serão apenas 40", declarou o estudante.

Menos ônibus
No mesmo dia em que os vereadores limitaram a meia-passagem, entidades estudantis e parlamentares do Amazonas entraram com um pedido de mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Amazonas(TJA) contra a redução da frota de ônibus. A presidente da União Estadual do Estudantes (UEE), Maria das Neves, justifica alegando que a Justiça precisa apurar se as empresas estão retendo os ônibus nas garangens. "Hoje (dia 23) já recebi várias queixas de colegas estudantes dizendo que estão esperando o ônibus além do tempo normal. Se isso está acontecendo é porque está faltando ônibus. Queremos que a Justiça coloque gente para verificar se os veículos estão ficando nas garagens''.

Segundo das Neves, o pedido de mandado também inclui aplicação de multa de R$ 10 mil por cada ônibus retido. O documento leva assinatura dos vereadores Lúcia Antony ( PCdoB) e José Ricardo(PT) e dos deputados federais Vanessa Grazziotin (PCdoB) e Francisco Praciano (PT).

A redução da frota, anunciada na quinta-feira passada, pelos empresários do sistema de transporte, foi negada novamente ontem pelo presidente do Instituto Municipal de Transportes, Waldir Frazão. Ele voltou a falar que colocou fiscais nas portas das garagens e nos terminais e nada foi identificado de anormalidade. Waldir disse que os empresários estão blefando.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Manaus(Sinetram), Acir Gurgacz, confirmou novamente que houve sim redução, sentida, sobretudo ontem. Ele disse, também, que o número menor de ônibus fez com que os empresários tivessem uma economia de 20% no combustível. ''Decidimos reduzir em 20% e não em 30% como anunciamos ontem. Isso está acontecendo e é evidente que houve um aumento no tempo de espera'', observou.

Na última sexta-feira, o Ministério Público Estadual(MPE) recomendou à Prefeitura de Manaus a intervenção no sistema de transporte. Conforme a assessoria de imprensa do MPE a recomendação não tem prazo para ser cumprida, mas que na próxima semana vai enviar à prefeitura documento questionando se realmente houve redução da frota. A intervenção no sistema continua sendo descartada pela prefeitura, conforme informou Waldir Frazão.

Sobre o posicionamento do IMTU, Maria das Neves disse que o movimento social e estudantil não esperava outra atitude, porque se trata de ''um órgão que está do lado dos empresários''.

O pedido de mandado de segurança leva a assinatura dos diretores da União Municipal de Estudantes Secundaristas(Umes), União Nacional dos Estudantes(UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas(Ubes), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros(CTB) e Sindicato do Trabalhadores em Educação do Amazonas(Sinteam).


Do Portal Vermelho com agências


A Estrada vai além do que se vê!

Um comentário:

Unknown disse...

...Estudante Unido Jamais será vencido...

O Estudante no seu Espírito de Juventude, tem a beleza da Honestidade, do Romantismo e do Heroísmo.
Em Cada Estudante há um Chico Mendes, uma Dorothi Stang e um Oziel Alves Pereira, pulsando o Coração Ardente.
Isso é a Esperança de o Futuro ser cada Vez Melhor.
Hoje o Brasil é outro pois com LUla venceu e matou a fome de 500 anos libertando nossa gente para com garra construir esse futuro cada vez melhor.
Temos de confiar em nossa gente pois somos descendentes de Aimbere, Ajuricaba, Tiradentes, Cunhambebe, Sepé Tiaraju, Zumbi Olga, Laura Brandão Zumbi, dDndara, Luiza Mahim, Sabina, Aqualtune, Zeferina, Maria Felipa e tantos num sem fim de Esperança VIVA.
Abração Amigo Para todos.