segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Lobo Mau


Essa saiu hoje no Urublog do grande Arthur Muhlenberg e não resisti, tive que publicar aqui também.
Dedicado aos amigos Gustavo Petta, Daniel Dias, Rodrigão, Ednardo"Carniça" e Richard.

Mengão Neles.


Sou Cacique, sou Mangueira


Deixa falar quem quiser

Moro na linha do trem

Sou Flamengo também

Trago samba no pé

Sou eu que enfeito a avenida

Carrego a massa e fico prosa

Durante o dia de vermelho, preto e branco

Noite de verde e rosa

Isso é que é viver

É o meu prazer

É ver o meu Mengo campeão

O Cacique e a Mangueira na avenida

E chamando a multidão mais uma vez

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo

Flamengo sempre eu hei de ser

Sou Cacique, sou mangueira

E Flamengo até morrer

Fundo de Quintal


Por mais tempo que se tenha de arquibancada, geral, TV ou radinho, é muito fácil se esquecer da realidade das coisas quando o assunto é Flamengo. A pressão é de enlouquecer um monge. A gente se envolve e acaba misturando as estações. Com essas últimas semanas artificialmente perrengadas pela cornetagem desenfreada muita gente andou até esquecendo que torcer pro Mengão é brincadeira de neném.

Esqueceram até que no Maraca, contra o porco, em caso de real necessidade, não tem erro, é satisfação garantida ou seus 3 pontos de volta. A torcida do Mengão é carnívora e fareja a presa fácil de longe. Até ontem de tarde só tinham vendido 28 mil ingressos, mas bastou a raposinha dar aquela freiada na zorba lá nos Aflitos para que em menos de 4 horas se vendessem mais 35 mil ingressos. Casa cheia, cenário montado pra carnificina, tava na cara que o Mengão Fuderosão Lobo Mauzão ia fazer covardia com os porquinhos.

O que se viu em campo foi mais que covardia. Foi esculachamento geral, irrevogável e indelével. Apesar do patente anti-flamenguismo do mau caráter Guaciba o Flamengo colocou canalhamente o palmeiras na rodinha. Fez o time da franquia verde de palhaço, humilhou, tripudiou e ainda deu olé. Deu até peninha ver o Luxemburgo em pé na beira do relvado, de asinha quebrada, chorando com o juiz safado desde os primeiros segundos do jogo. É, Luxa, tu tá sem moral nenhuma, nem no bandeirinha tu dá pressão. Se lasca aí, fanfarrão!

O que dizer dos nossos guerreiros? Compromisso, comprometimento, união muito forte e disposição acima da média. Defesa irrepreensível, meio campo combativo e criativo e de um ataque que fez 5 gols não se faz análise, parabeniza-se e pronto. E os gols foram todos lindos, no estilo rachão secreto, só golaço humilhante. Varadão, oportunismão, no ângulão, letrão muito foda e de cabeça. Pára com isso.

O mais maneiro foi, depois de muito tempo, ver o Flamengo jogando como um time só. Uma equipe coesa, de jogadores que se admiram e se gostam. Um time onde o valor do todo é muito maior que a soma das individualidades. Mas para afastar a sombra da injustiça é forçoso fazer dois destaques nominativos. Os filhos de Ib e de Kleber fizeram apresentações de gala. Talvez as suas melhores em todos os tempos de Mengão. Vamos ter que admitir que após muito vai-não-vai Ibson e Kleberson mereceram todos os aplausos com que foram brindados ao saírem de campo.

Fala aí na moral, existe torcida mais sinistra que a nossa? Além de torcer como nenhuma outra é capaz, ainda secamos bem pra cacete. Nas próximas 3 semanas quem estiver na nossa frente vai ter que dar passagem. Se ficarem de presepadinha atrapalhando o fluxo da maioria rumo ao topo o Fuderosão não vai ter outra alternativa a não ser passar por cima geral.

Atenção, cervídeos associados a agremiações exóticas, nosso nome é Flamengo, mas pode nos chamar de perigo. Alguém ainda é incrédulo o bastante para não acreditar que é exatamente isso que vai acontecer? Preparem seus lombos e seus corações, o Mengão não vai largar esse osso até a última rodada. Nem nós.

Mengão Sempre


A Estrada vai além do que se vê!

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