Com o objetivo de ampliar o debate sobre o projeto que limita a aquisição da meia-entrada a 40% dos ingressos, a UNE e a UBES estão mobilizando estudantes, jovens - e mesmo empresários e artistas solidários ao movimento estudantil - para lutar em defesa do direito à meia-entrada sem cotas.
A estratégia inclui a mobilização dos centros acadêmicos, grêmios e DCEs para que peçam aos seus senadores que sejam contrários a essa iniciativa. As entidades estudantis também vão buscar o maior número de manifestações e cartas de apoio à meia-entrada sem cotas, inclusive de juventudes partidárias, conselhos e organizações que comunguem da mesma opinião."Nós não queremos que o estudante tenha facilidade para entrar em shows, somente. Nós acreditamos que o acesso à cultura, esporte e lazer são formas de complementar os estudos e base fundamental na formação crítica dos jovens", conta a Diretora de Relações Institucionais da UNE, Márvia Scardua.
Para o Diretor Jurídico da UNE, André Tokarski, a meia-entrada é um direito histórico dos estudantes e parte das diretorias da UNE e da UBES já estão em Brasília mobilizando os jovens das universidades e escolas. "Vamos percorrer todos os gabinetes para convencer os senadores e deputados da necessidade de derrubar as cotas e vamos divulgar amplamente, no Brasil, os parlamentares que estão do lado dos estudantes e aqueles que votaram para tirar o nosso direito. Nada nos impedirá de mobilizar a juventude para ocupar os gabinetes e plenários da Câmara e do Senado", afirma.
Osvaldo Lemos, diretor da UBES, afirma que os estudantes valorizam as lutas anteriores que conquistaram o direito e não vão assistir passivos a esse retrocesso. "Temos responsabilidade dupla nessa jornada: defender o direito hoje ameaçado e honrar a trajetória dos que lutaram antes de nós para obtê-lo. Não vamos descansar até assegurarmos nossa conquista".
De acordo com Márvia, na terça-feira (2), haverá novamente a votação na Comissão de Educação e a estratégia é lotar o Plenário da Educação no Senado e procurar os parlamentares para que eles sejam sensíveis à defesa da meia-entrada sem a criação de cotas. Em outra frente de luta, os estudantes conseguiram a aprovação de uma moção contrária à cota elaborada pelo Conselho Nacional de Juventude.
"Se na terça-feira nós perdermos, apresentaremos um requerimento solicitando que o projeto não vá da Comissão de Educação direto para a Câmara, mas sim, que ele seja encaminhado ao Plenário", conclui Márvia.
Da página da UJS
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