sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pronta para a luta: UMES-BH reconstruída e fortalecida

Deu no Portal do Estudante Mineiro, sexta-feira passada:

A União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Belo Horizonte (UMES-BH), histórica entidade do movimento estudantil secundarista mineiro, foi reconstruída no último final de semana, em Congresso realizado na Escola Municipal Domiciano Vieira, na região leste da capital, com delegados de todas as regiões da cidade presentes. O congresso debateu diversos problemas relacionados à educação no município e a construção de mais políticas para a juventude.

A falta de aceso a programas de qualificação, segundo os delegados, é um dos fatores que dificultam ainda mais o ingresso dos jovens de periferia no mercado de trabalho. A ampliação da rede de Centros Técnicos pelo governo federal foi louvada pelos estudantes que consideram os CEFET´s uma alternativa fundamental para ampliar a qualificação da mão de obra entre os jovens.

O debate sobre a Nova Escola foi um dos mais disputados do congresso. Para Flávio Nascimento, presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), a Nova Escola é uma necessidade exigida pelo conjunto das comunidades escolares. “A escola que queremos é aquela que valorize a participação de todos, que incentive as práticas de atividades culturais e esportivas. Ela deve defender o Brasil e sua soberania. Essa escola deve ser uma aliada da juventude para o seu crescimento em quanto cidadão”, afirmou.

Novo presidente, novos desafios

Depois dos acalorados debates, diversas intervenções culturais foram apresentadas pelos estudantes no pátio da escola. No fim do dia, mais de 200 propostas debatidas nos grupos foram colocadas em votação. Na ocasião, os estudantes elegeram a nova diretoria da entidade que terá como presidente o secundarista, Paulo Cezar, aluno do segundo ano da escola municipal Professor Lourenço de Oliveira.

O novo presidente da UMES–BH apontou os desafios da gestão de reconstrução e afirmou que o esforço coletivo será de fundamental importância para que a entidade volte a se consolidar entre os estudantes da capital. “Temos aqui representantes de mais de 80 escolas de BH. Cada um traz a sua realidade, a demanda de sua regional e de seu bairro. Isso é importante, pois temos um extrato da opinião de alunos de vários lugares e de diferentes sistemas de ensino. Porém, existe uma opinião que é geral entre todos: a cidade não tem uma entidade que represente os secundaristas, o nosso desafio é fazer uma gestão para todos os estudantes de Belo Horizonte”, disse.

Cerca de 180 delegados de 82 escolas participaram do processo do congresso de reconstrução da UMES-BH. Para o novo presidente, o primeiro desafio é construir uma plataforma de compromisso para os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, em relação ao passe estudantil.

A UMES-BH realizará, ainda este mês, um seminário de gestão, aberto à participação de todos os estudantes.


De Belo Horizonte, Pedro Leão


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