O Dia Internacional da Mulher, comemorado anualmente no 8 de março, é uma data para ser celebrada como referência de luta contra o machismo e todas as formas de opressão, bem como momento propício para levantar ainda mais alto a bandeira da construção de uma nova sociedade. Este ano, com a grave crise econômica que assola o mundo e traz terríveis conseqüências para os povos, o movimento emancipacionista também vai às ruas dizer que as mulheres não vão pagar pela crise!
Acompanhe o documento escrito pela Frente de Jovens Mulheres da União da Juventude Socialista (UJS) orientando a participação das jovens socialistas no 8 de Março.
Todos ao 8 de Março!
No dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher. Dia de muita festa; dia de muita luta!
A opressão das mulheres conhece diversas formas que nos são apresentadas todos os dias. É uma prática com forte base cultural que tem seu início com divisão da sociedade em classes; por ser tão antiga, é vista com naturalidade e é amplamente aceita na sociedade. Somente com a superação das classes sociais poremos fim à exploração de gênero e jamais poderemos falar em socialismo pleno sem a derrota das concepções machistas reacionárias.
E apesar da superação total do machismo só ser possível com a extinção da propriedade privada, é possível conquistarmos avanços pontuais significativos mesmo nos marcos do capitalismo. Assim como na luta geral dos trabalhadores, as mulheres se engajaram e alteraram o curso da história: como o direito ao trabalho remunerado e não-doméstico, ao voto, ao divórcio, a freqüentar universidades, à contracepção entre outros. Nenhum deles veio de graça, ao contrário, foram todos fruto de muita mobilização ao longo dos anos, custou a vida de inúmeras mulheres. E hoje, apesar da mentira dos discursos burgueses, as mulheres estão muito longe ainda de encontrarem igualdade. Mesmo depois de tanta luta, ocupam ainda espaços de menor prestígio na sociedade, seja no trabalho, na política, na academia etc. São ainda vítimas de violências e preconceitos.
Isto exige de nós (mulheres e homens de consciência avançada) alto patamar de politização e combatividade no Dia Internacional da Mulher, para conscientizar mais e mais o povo brasileiro da necessidade de combater o machismo e de derrubar este regime cruel de exploração dos trabalhadores.
Por isso, neste 8 de março, não deixaremos de denunciar as mazelas da gravíssima crise econômica internacional ocasionada pela irracionalidade do capital, e vamos às ruas dizer que nós, mulheres, não vamos pagar por essa crise!
Além de denunciar veementemente a crise, não devemos em hipótese nenhuma deixar de pautar a questão da legalização do aborto, última barreira (do ponto de vista da legislação) à emancipação da mulher no Brasil e cuja criminalização só gera mortes, infecções e traumas em nossas jovens mulheres.
Por isso, nós, jovens socialistas em todo o Brasil, devemos nos engajar decididamente nas atividades comemorativas do 8 de Março em cada estado / região, fortalecendo o campo progressista, não-sexista, emancipacionista, ao lado de nossa entidade amiga, a União Brasileira de Mulheres – UBM, mas com a cara própria e a irreverência que são marcas da nossa juventude e da UJS.
Vamos todos ao 8 de Março!
Mariana R. Venturini – Direção Nacional da UJS – Frente de Jovens Mulheres
Paula Falbo - Direção Nacional da UJS – Frente de Jovens Mulheres
A Estrada vai além do que se vê!
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