Manifestação na capital reuniu estudantes, parlamentares e lideranças sindicais para atacar a política econômica dos juros altos.
A Coordenação dos Movimentos Sociais promoveu na manhã da última quarta-feira (4), em Belo Horizonte, uma manifestação contra as altas taxas de juros praticadas pelo Banco Central. O protesto, que teve início em frente à Assembléia Legislativa de Minas Gerais, terminou na porta da sede do BC no estado, na Avenida Álvares Cabral, na região central da capital.
O ato ocorreu antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC que elevou, pela segunda vez neste ano, a taxa básica de juros Selic, desta vez em 0,5%, passando de 11,75% para 12,25% ao ano. O aumento provocou reações em diversos setores. Centrais sindicais como a CTB, CUT e Força Sindical divulgaram nota afirmando que a decisão atenta contra os trabalhadores.
O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, disse em entrevista que o trabalhador vai acabar pagando mais uma vez a conta da elevação dos juros. ''Essa medida visa a restringir a atividade econômica das empresas, restringindo o consumo interno. O rebatimento é por um lado na geração de empregos, redução dos postos de trabalho, e, simultaneamente, contenção em alguma medida do consumo através do crédito'', avaliou.
Lavagem do BC
Na porta do BC, diversos representantes dos movimentos sociais se revezaram em discursos contrários às altas taxas de juros determinadas pelo Banco Central. Os manifestantes fizeram a lavagem simbólica do prédio do Banco Central. Munidos de vassouras e baldes com água e tinta, esfregaram a calçada e o muro do banco. O ato foi encerrado com um abraço simbólico ao prédio e canto do Hino Nacional Brasileiro.
Para o deputado Carlin Moura (PCdoB), o Banco Central tem favorecido os banqueiros e deixado o povo em segundo plano. “Os juros altos só favorecem os banqueiros. Além disso, impede o crescimento do emprego, retira investimentos da Saúde e da Educação, aumenta a dívida pública do País e diminui o poder de compra”, enumerou o deputado.
''O objetivo foi aproveitar a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e chamar a atenção da sociedade para as últimas decisões do BC, que vem gradativamente indicando um aceleramento no aumento da taxa básica de juros no país'', explica o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), Diogo Santos.
O presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Flávio Panetone, destacou o protagonismo dos estudantes secundaristas no ato. ''É importante essa participação da juventude na discussão das principais pautas sobre o desenvolvimento do país. Não poderíamos deixar de defender a redução dos juros, porque isso implica em pensar um país diferente com mais investimentos em educação e políticas públicas para a juventude'', diz.
Já a vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB/BH), que há 22 anos atua na defesa do consumidor, observou que os juros altos aumentam exorbitantemente o preço dos produtos nas compras a prazo. “A população não pode se deixar enganar. Nas compras a longo prazo, os juros aumentam exageradamente, multiplicando os lucros das financeiras. Dependendo do número de prestações, o valor do produto a prazo costuma ser o dobro do custo à vista”.
Participaram do ato militantes do PCdoB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União da Juventude Socialista (UJS), União Colegial de Minas Gerais (UCMG), União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), União Brasileira de Mulheres (UBM), entidades sindicais e populares e assessores do mandato do vereador Geraldo Pimenta (PCdoB/Betim).
Novo protesto em Brasília
Sob a chamada “Menos juros, mais desenvolvimento”, a Coordenação Movimentos Sociais (CMS) fará no dia 19 de junho, em Brasília, uma ampla mobilização nacional contra a política de juros do Banco Central (BC). O protesto, que vem sendo preparado desde maio, ganhou novo fôlego com a decisão, anunciada pelo Copom na noite desta quarta (4), de elevar a taxa básica de juros.
O ato da CMS acontecerá das 10 horas às 14 horas em frente ao Banco Central (Setor Bancário Sul, Quadra 3 – Brasília-DF). Após o ato político contra o aumento dos juros, os manifestantes se reunirão no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, às 15 horas, para o debate “Contra o imperialismo em solidariedade ao povo cubano”.
Reportagem e Fotos de Eliezer Dias e Rafael Minoro para o Caderno Vermelho Minas
O ato ocorreu antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC que elevou, pela segunda vez neste ano, a taxa básica de juros Selic, desta vez em 0,5%, passando de 11,75% para 12,25% ao ano. O aumento provocou reações em diversos setores. Centrais sindicais como a CTB, CUT e Força Sindical divulgaram nota afirmando que a decisão atenta contra os trabalhadores.
O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, disse em entrevista que o trabalhador vai acabar pagando mais uma vez a conta da elevação dos juros. ''Essa medida visa a restringir a atividade econômica das empresas, restringindo o consumo interno. O rebatimento é por um lado na geração de empregos, redução dos postos de trabalho, e, simultaneamente, contenção em alguma medida do consumo através do crédito'', avaliou.
Lavagem do BC
Na porta do BC, diversos representantes dos movimentos sociais se revezaram em discursos contrários às altas taxas de juros determinadas pelo Banco Central. Os manifestantes fizeram a lavagem simbólica do prédio do Banco Central. Munidos de vassouras e baldes com água e tinta, esfregaram a calçada e o muro do banco. O ato foi encerrado com um abraço simbólico ao prédio e canto do Hino Nacional Brasileiro.
Para o deputado Carlin Moura (PCdoB), o Banco Central tem favorecido os banqueiros e deixado o povo em segundo plano. “Os juros altos só favorecem os banqueiros. Além disso, impede o crescimento do emprego, retira investimentos da Saúde e da Educação, aumenta a dívida pública do País e diminui o poder de compra”, enumerou o deputado.
''O objetivo foi aproveitar a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e chamar a atenção da sociedade para as últimas decisões do BC, que vem gradativamente indicando um aceleramento no aumento da taxa básica de juros no país'', explica o presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), Diogo Santos.
O presidente da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), Flávio Panetone, destacou o protagonismo dos estudantes secundaristas no ato. ''É importante essa participação da juventude na discussão das principais pautas sobre o desenvolvimento do país. Não poderíamos deixar de defender a redução dos juros, porque isso implica em pensar um país diferente com mais investimentos em educação e políticas públicas para a juventude'', diz.
Já a vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB/BH), que há 22 anos atua na defesa do consumidor, observou que os juros altos aumentam exorbitantemente o preço dos produtos nas compras a prazo. “A população não pode se deixar enganar. Nas compras a longo prazo, os juros aumentam exageradamente, multiplicando os lucros das financeiras. Dependendo do número de prestações, o valor do produto a prazo costuma ser o dobro do custo à vista”.
Participaram do ato militantes do PCdoB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União da Juventude Socialista (UJS), União Colegial de Minas Gerais (UCMG), União Estadual dos Estudantes (UEE-MG), União Brasileira de Mulheres (UBM), entidades sindicais e populares e assessores do mandato do vereador Geraldo Pimenta (PCdoB/Betim).
Novo protesto em Brasília
Sob a chamada “Menos juros, mais desenvolvimento”, a Coordenação Movimentos Sociais (CMS) fará no dia 19 de junho, em Brasília, uma ampla mobilização nacional contra a política de juros do Banco Central (BC). O protesto, que vem sendo preparado desde maio, ganhou novo fôlego com a decisão, anunciada pelo Copom na noite desta quarta (4), de elevar a taxa básica de juros.
O ato da CMS acontecerá das 10 horas às 14 horas em frente ao Banco Central (Setor Bancário Sul, Quadra 3 – Brasília-DF). Após o ato político contra o aumento dos juros, os manifestantes se reunirão no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, às 15 horas, para o debate “Contra o imperialismo em solidariedade ao povo cubano”.
Reportagem e Fotos de Eliezer Dias e Rafael Minoro para o Caderno Vermelho Minas
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