segunda-feira, 29 de março de 2010

Hiato 3

O Blog entrará em mais um pequeno recesso. Voltaremos a qualquer momento.

See ya!


A Estrada vai além do que se vê!

quinta-feira, 25 de março de 2010

88 anos: o PC do Brasil está mais vivo e mais atual

Foto de Vanessa Stropp

A linha histórica que o Partido Comunista do Brasil descreve desde sua fundação – em Niterói (RJ), no dia 25 de março de 1922 – é permeada por um manancial de lutas pela emancipação nacional, pela democracia, pelos direitos dos trabalhadores e do povo e pelo socialismo. Esta trajetória extraordinária foi pontilhada por êxitos e também por reveses. Nos últimos anos a influência do Partido tem se elevado no curso político brasileiro e nas lutas de nosso povo. Na verdade, o PC do Brasil amadureceu como força conseqüente em meio a ziguezagues advindos de sua política e em função da violência de forças reacionárias que impuseram pesadas perdas e adversidades próprias de regimes de arbítrio em nossa história, em que a democracia era apenas exceção e não a regra.

25 anos de legalidade democrática
Em maio próximo, o Partido Comunista do Brasil completará 25 anos de atuação legal ininterrupta. É de longe o maior período de atividade aberta do PCdoB no cenário político brasileiro. Nesta etapa, os êxitos colhidos pelo PCdoB são fruto, fundamentalmente, de uma política forjada tanto em princípios quanto numa orientação tática baseada em alianças amplas. De uma organização que se constrói e se reinventa no curso da luta política, na ação concreta em defesa da Nação e do povo e na intervenção ativa no grande debate de idéias em torno do futuro do Brasil. Desta forma, articulando estes atributos, pode aferir que sua vitalidade reside na contínua manutenção de uma identidade transformadora, revolucionária, com feições modernas, renovando concepções, métodos e práticas com o objetivo de construir uma alternativa progressista à luz da realidade brasileira. Assim, o PCdoB mantém-se vivo e atuante em um cenário cada vez mais complexo e diversificado.

Notadamente nos últimos 25 anos, o PCdoB elevou sua contribuição à política nacional. Teve papel destacado nas grandes jornadas pela redemocratização do país, como na campanha pelas Diretas Já, que levou à derrota da ditadura militar no Colégio Eleitoral. Apesar de contar na época com apenas seis deputados federais, foi – proporcionalmente – a bancada partidária que mais apresentou emendas na Constituinte de 1988 (1.006 no total). Sua presença institucional fortaleceu as entidades sindicais e populares, e contribuiu no processo de legalização de entidades de massa.

No curso da chamada “crise do socialismo” — no triênio de 1989 a 1991 — enfrentou a onda anticomunista desencadeada com o fim da União Soviética e a queda dos governos do Leste europeu. Após um frutífero trabalho teórico, ideológico e político de conteúdo crítico e autocrítico, reafirmou a identidade comunista e conceituou o socialismo em bases novas.

Uma política de princípios e de alianças amplas — considerando as condições de cada momento — é a marca registrada nesta trajetória. Esta concepção que já fôra importante na jornada de lutas que pôs fim ao regime militar, foi também essencial para nos anos 90 — face à ofensiva neoliberal — promover uma participação ativa em defesa da Nação e dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras brasileiras. Desde 1989 — com a formação da Frente Brasil Popular — o PCdoB teve clareza de que somente um amplo leque de alianças políticas e o apoio do movimento popular poderiam viabilizar a eleição de um candidato do campo progressista.

Na luta pela resistência e superação do neoliberalismo, esta política de frentes partidárias amplas com a participação do movimento popular se revelou eficaz para levar o líder de origem operária Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República ao lado do vice José Alencar, um destacado empresário nacional.

A luta pela construção de um Partido Comunista contemporâneo
Em sua história recente, o PCdoB demonstra sua aversão a modelos prontos e esquemas dogmáticos, e não se coaduna com o pragmatismo e o espontaneísmo. Neste sentido, tendo em vista a experiência histórica, o Partido enfrenta a tarefa cotidiana de aprimorar seus conceitos, formas de luta. Já em 2006 a legenda comunista obteve a quinta maior votação entre os partidos para o Senado da República. Em 2007, como decorrência do cenário positivo tanto interno quanto externo, adota uma conduta que foi sintetizada na “maior afirmação política do Partido e mais ousadia na tática para alcançar os seus objetivos imediatos e estratégicos”.

Em consequência, sua tática eleitoral foi alterada, indicando a necessidade de um maior protagonismo. Por exemplo, sua intervenção política deu-se em maior grau no pleito municipal de 2008, com a apresentação de 15 candidaturas a prefeito com grande prestígio político nas capitais – tendo reconduzido o prefeito da capital do Sergipe – Aracaju. A experiência administrativa na cidade de Olinda, patrimônio da Humanidade, foi aprovada pela população que consagrou três mandados sucessivos da prefeita e do prefeito do PCdoB.

Ao mesmo tempo, o Partido tem uma participação destacada no movimento sindical dos trabalhadores e no conjunto dos movimentos sociais, tais como no movimento estudantil, no movimento anti-racista, no movimento feminista, no movimento indígena e no movimento pelos direitos humanos entre outros. Cabe destacar o papel da União Juventude Socialista, a União Brasileira de Mulheres, a UNEGRO e o CEBRAPAZ, Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e de luta pela Paz, como pólos avançados onde o pensamento estratégico do PCdoB se coaduna com o caráter amplo destas entidades. Merece destaque especial o protagonismo comunista em entidades como a União Nacional de Estudantes (UNE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) e no movimento comunitário em sua participação na CONAM. O lançamento da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) é outra expressão deste novo momento, onde a Corrente Sindical Classista (CSC) e outras correntes do movimento sindical uniram-se em torno de uma entidade de caráter classista, democrática, plural e de luta, propondo a reunificação do movimento sindical, com base em uma plataforma comum, convocando para isto uma nova CONCLAT (Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras). o do movimento sindical, com base em uma plataforma comum, em uma nova

Vale destaque também o crescente papel que a Fundação Maurício Grabois e a Escola Nacional do PCdoB vêm granjeando no esteio da luta no âmbito das idéias. Um salto considerável no terreno da formação vem sendo percebido. Expressão disto foi a edição de número 100 da Revista Princípios, constituindo assim um grande marco na divulgação do pensamento progressista. No âmbito da comunicação partidária consolidou-se o papel do Portal Vermelho para a formação e informação que extrapola os limites partidários, ganhando respeito como forma de expressão do pensamento avançado nacional e em contraponto ao monopólio da mídia golpista.

O PCdoB é uma organização política que cresce e se expande, assumindo responsabilidades cada vez maiores. Conta com mais de 100 mil militantes e cerca de 300 mil filiadas e filiados. Está solidamente fincado no legado de incontáveis heróis e mártires dirigentes destacados na sua longa e rica história.

No âmbito institucional, além de uma combativa bancada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o PCdoB guarda grande orgulho de sua participação através de seus quadros no Ministério do Esporte e na Agência Nacional do Petróleo (ANP). O papel do PCdoB guarda relevância em outros órgãos como o Ministério da Cultura, o Ministério da Saúde, na Secretaria Especial de Políticas Públicas para a Juventude, na Secretaria de Políticas de Promoção à Igualdade Racial, na FUNASA, FINEP, ANCINE e ANVISA. Em todos esses espaços institucionais, fica muito patente sua marca de seriedade, de defesa e ampliação dos direitos do povo em consonância com a viabilização dos interesses populares no seio dos poderes legislativo e executivo.

A essência do PCdoB é o seu caráter revolucionário, democrático, popular, patriótico e antiimperialista. Sob essas linhas de atuação o Partido tem procurado enfrentar o imperialismo norte-americano, o maior inimigo do progresso nacional e social no mundo. Assim, o PCdoB valoriza os crescentes movimentos de contestação ao imperialismo e de luta pela paz. Mira como desafio internacional imediato a conformação de um mundo multipolar, na busca de uma nova ordem, solidária, equânime e de paz, valorizando o registro de importantes forças progressistas em ascensão principalmente na América Latina, ao aprofundamento da integração da América do Sul e do Caribe, através de mecanismos como o MERCOSUL, a Unasul e a recém-formada Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).

Avanço do pensamento estratégico, tático e da construção partidária
No final do ano passado, levando em conta esta rica trajetória de um quarto de Século de atuação legal, foi possível um salto no pensamento tático e estratégico e também na construção de um Partido Comunista à altura dos desafios de nosso tempo. Este avanço se cristalizou na realização em novembro de 2009 de seu 12° Congresso. Um novo Programa Socialista foi aprovado sob a égide do rumo socialista pelo caminho do fortalecimento da Nação e da execução de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

Na visão do PCdoB, a grande peculiaridade da transformação da sociedade brasileira encontra-se na necessidade de abertura de um novo ciclo desenvolvimentista no Brasil, marcado pela aceleração do crescimento econômico, pela construção de uma nação democrática, moderna, próspera e solidária. Assim, se constituem as bases da solidificação de nossa soberania e da necessária distribuição dos frutos do crescimento. A transição ao socialismo no Brasil, para o PCdoB, teria o alcance de um terceiro salto civilizacional, sendo o primeiro marcado pela nossa independência, a abolição e a republica, no século XIX, e a segunda pela Revolução de 1930, responsável pelo lançamento das bases industriais necessárias ao adensamento de nossa soberania e a conquista de importantes direitos sociais.

O desafio, na atualidade, é conduzir o processo político a um patamar mais promissor. O Brasil precisa e tem condições de efetivar um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com realizações arrojadas. Este projeto é chamado a suplantar os impasses e deformações resultantes das vicissitudes da história política e socioeconômica do Brasil. A remoção dos obstáculos acumulados, expressos recentemente numa estagnação econômica que perdurou duas décadas – exige soluções relacionadas à elaboração do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

Apesar dos grandes avanços empreendidos pelo governo Lula, a verdade é que ainda existem grandes impasses e contradições que norteiam o desenvolvimento da sociedade brasileira. São problemas que vão desde a ameaça a direitos sociais consagrados, passando pela forte concentração de renda e chegando à grande capacidade de manobra – em amplos aspectos do poder político, estatal, acadêmico e midiático – exercida pelo capital financeiro nacional e internacional. Este fenômeno drena grandes parcelas da riqueza gerada pelo povo ao seu próprio proveito e em detrimento total da esfera produtiva de nossa economia, constituindo assim uma grande anomalia a ser combatida e superada. A nação brasileira não pode se eternizar como uma imensa fazenda, grande exploradora de minério e montadora de porte médio.

Em nossa época, a superação dessas contradições ganha a dimensão de conquista estratégica. É condição para um desenvolvimento avançado e um futuro de bem-estar social. O Brasil vive uma encruzilhada histórica: ou toma o caminho do avanço civilizacional, ou se submete ao jugo das grandes potências permanecendo um país de desenvolvimento médio e produtor de commodities e salários massivos aviltados. Conforme indica a tendência histórica objetiva, a solução viável hoje, na opinião do PCdoB, é que o Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, soberania, democracia, progresso social e integração solidária do continente fazem parte do caminho brasileiro para o socialismo.

A história lhe dará razão
No final da primeira década do século XXI, os comunistas têm um desafio de construir um Partido contemporâneo à altura das necessidades do nosso tempo. Este Partido será forjado com o apoio das forças do povo e no curso das lutas da frente política e social que deve ser constituída para o Brasil se tornar uma das nações progressistas mais fortes e influentes do mundo.

Os novos desafios e maior latitude de atuação do Partido exigem diferentes formas de concepção do que é ser um militante ou um quadro do PCdoB. Neste espírito de elaboração coletiva e de aversão ao dogmatismo, ao sectarismo e ao espontaneísmo, aprovou-se um amplo documento norteando uma política de organização ajustada, também, aos novos tempos de luta política e de acúmulo estratégico de forças. Dá-se sob o signo geral da consciência, renovação, qualificação, especialização e representação.

Mas não é somente isso, superou-se uma época em que a política de quadros tinha caráter estático e com pouca criatividade. Passou-se a compreender que o papel dos quadros se adéqua aos desafios partidários em cada circunstância de tempo e lugar e, portanto, estar preparado para desempenhar tarefas e funções. Considerar que há momentos privilegiados para otimizar o aproveitamento deles à altura do que acumularam e é contraproducente tanto subestimar como superestimar seu papel. Assim chegou-se a um ponto flexível e justo de se extrair o que de melhor o material humano do Partido pode dar. Essas premissas visam reforçar os vínculos entre os quadros e o projeto partidário, sob diferenciadas condições de atuação, com visão estratégica e de largo prazo. Enfim, somente com quadros preparados à luz dos desafios da contemporaneidade, orientadores de ampla militância organizada e de uma justa linha política, que se pode vislumbrar o enfrentamento de tão candentes desafios postos ao Partido em um país e no mundo cada vez mais complexos. Temos a convicção que o PCdoB se colocará cada vez mais à altura dessas ingentes contendas.

Do Blog do Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB


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88 anos em defesa do Brasil

7º Congresso do partido, em 1988, o primeiro após a legalização

O aniversário do Partido nos 25 anos da legalidade

Por José Reinaldo Carvalho*

No transcurso do 88° aniversário do Partido Comunista do Brasil, o Partido Vivo e o Vermelho continuam publicando artigos de dirigentes sobre fatos marcantes da história dos comunistas e acerca dos desafios atuais.

A passagem de mais um aniversário do Partido Comunista do Brasil é momento de festa, mais militância e ao mesmo tempo de reflexão. Festa dos comunistas, dos seus aliados em amplos setores políticos e sociais com os quais o PCdoB compartilha convicções e trincheiras na luta pelo aprofundamento e ampliação da democracia no Brasil, em defesa e reforço da soberania nacional, pelos direitos dos trabalhadores e do povo, pelo progresso social, a solidariedade internacional, o combate à opressão capitalista e ao domínio do mundo pelo imperialismo. Militância de todos aqueles que, membros da organização comunista, realizam ações políticas junto ao povo para elevar sua consciência. É um momento propício também a reafirmações – do caráter comunista do Partido e do rumo socialista da revolução brasileira -, pelo que deram a vida heróis e mártires do nosso povo, dignos militantes e dirigentes da legenda comunista.

Um quarto de século na legalidade
O aniversário deste ano assume significado especial porque é celebrado simultaneamente com a passagem dos 25 anos da legalidade, conquistada com o advento da Nova República, quando o país se democratizava depois de 21 anos sob a famigerada ditadura militar vende-pátria e inimiga do povo, e conquistava vitórias históricas, como o direito de eleger os seus representantes e governantes em todos os níveis, o de escrever a Constituição, o de livre funcionamento das centrais sindicais, organizações estudantis e populares.

Um exame não só da história do Partido, mas de todo o período republicano e em especial do século 20, dá-nos elementos para valorizar esta conquista. A não ser em pequenos intervalos, espécies de breves hiatos na nossa história, em regra o Brasil do século 20 foi um país antidemocrático, sob o feroz tacão das classes dominantes herdeiras do colonialismo e do escravismo. Mesmo quando essa burguesia e os latifundiários se modernizaram, integradas ao sistema de dominação imperialista que submeteu o país a uma espécie de neocolonialismo, não perderam, ao contrário muitas vezes acentuaram, seu caráter reacionário e antidemocrático, recorrendo à repressão política para assegurar seu modelo econômico e social subordinado ao sistema capitalista mundial. Esse traço das classes dominantes nativas é tão forte que já no período democrático, durante a segunda metade dos anos 1990 e até o início do século 21, praticou, durante o governo de FHC, o que um eminente jurista chamou de “ditadura dos punhos de renda”. Todas as vezes que o Brasil viveu tais derivas antidemocráticas, a primeira vítima eram os comunistas, que se tornavam o alvo preferencial de perseguições, como o encarceramento, a tortura e o assassinato seletivo. Os comunistas brasileiros aprenderam, assim, a valorizar a liberdade e a democracia pagando-lhes tributo de sangue.

Um quarto de século de vida democrática para o povo brasileiro e de legalidade para os comunistas é, assim, uma imensa e valorosa conquista a consolidar, ampliar e aprofundar. Vivendo na democracia, os trabalhadores e o povo exercem o direito de lutar por seus direitos, fazendo nessa luta frutífera experiência, adquirindo consciência, organização e acumulando forças para novas e maiores vitórias.

Papel ativo e decisivo nas conquistas democráticas
Foi ativo e decisivo o papel do PCdoB na luta contra a ditadura, na consolidação da Nova República, na convocação e funcionamento da Assembleia Constituinte, nas sucessivas eleições presidenciais. Tal como ao longo do século 20, não há fato marcante da vida contemporânea brasileira que não tenha o selo da política e da ação do Partido Comunista do Brasil.

Com a legalidade, veio o desafio da luta pelo voto e da participação em nome do partido nas casas legislativas municipais, estaduais e federais, domínio em que os comunistas adquiriram rica experiência. Hoje somos um partido politicamente influente, interlocutor credenciado de todas as forças políticas, fiador das mudanças políticas e sociais e pivô de grandes coalizões voltadas para a conquista dos objetivos históricos do povo brasileiro.

Nova fase na Vida do Partido
A vida democrática e a legalidade impactaram fortemente a postura e o funcionamento do Partido. Depois de rigorosa clandestinidade, os comunistas inauguraram novos métodos de atuação, novas formas de organização e novo estilo de direção. Desde então as fileiras partidárias conheceram vertiginoso crescimento. Ao longo destas duas décadas e meia foi-se plasmando uma nova política de organização e uma política de quadros, cuja experiência acaba de ser sistematizada no último Congresso. A campanha pela legalização do Partido foi feita nas ruas, o apelo ao ingresso na organização comunista foi dirigido às amplas massas e os seus dirigentes tornaram-se lideranças políticas e sociais.

Atualmente, criam-se as condições para o Partido dar um salto qualitativo na sua construção e credenciamento como força revolucionária capaz de se colocar nas primeiras fileiras do combate por um novo Brasil. Temos um Programa político, aprovado em novembro do ano passado pelo 12º Congresso, bem situado estratégica e taticamente no qual se entrelaçam os objetivos socialistas da revolução brasileira com os caminhos peculiares que estamos percorrendo, pontilhado por lutas de caráter patriótico, democrático e popular. Temos uma nítida identidade comunista e somos reconhecidos na esquerda brasileira e no movimento comunista internacional como um partido que jamais se deixou embair pelo canto de sereia do oportunismo social-democrata. E somos constituídos por uma militância e quadros dirigentes experimentados, capazes de conduzir a grande massa de novos militantes e lutadores das classes trabalhadoras e da intelectualidade que ingressam no nosso Partido.

Dizia o poeta Vinícius de Moraes que são demais os perigos desta vida pra quem tem paixão. Parafraseando-o diríamos que são demais os desafios para quem tem convicções e vontade de revolucionar o país, mudar o mundo e construir uma nova sociedade. Atualizando-se incessantemente, tendo no povo brasileiro a fonte inesgotável da sua força e no socialismo científico, no marxismo-leninismo, o conceito teórico-ideológico que informa a linha política estratégica e tática, o PCdoB é e deve continuar sendo o dínamo de transformações revolucionárias em nosso país. E construir-se tendo em vista esta missão histórica, situando nesse horizonte mais largo as tarefas do dia a dia.

Tarefa incontornável nesse esforço é combater o pragmatismo, o liberalismo, o oportunismo corrosivo e a tendência a diluir o Partido fazendo-o retroceder de organização de vanguarda e luta política de classes em movimento fluido e amorfo envolvido apenas em batalhas parciais e imediatas. Organizar o Partido em função da política não pode significar a confusão bernsteiniana de que “o objetivo é tudo, o objetivo final é nada”. As indispensáveis flexões táticas, atualizações teóricas e adaptações organizativas adequadas ao momento político atual subordinam-se à estratégia geral, à luta pelo socialismo no Brasil, o que pressupõe a existência e o desenvolvimento de um partido comunista revolucionário, de classe e de combate.

* Secretário de Comunicação do PCdoB

O Comitê Municipal do PCdoB de Montes Claros irá realizar o seu ato político em homenagem aos 88 anos do PCdoB no dia 1º de maio. Em breve maiores informações n' Os sonhos.


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quarta-feira, 24 de março de 2010

Estudantes nas ruas do Rio e Recife

Jornada de Lutas no Rio

Com muita animação, teve início a Jornada de Lutas do Movimento Estudantil 2010! O 1º ato do dia aconteceu no Rio de Janeiro, reunindo pelo menos seis mil pessoas, que ocuparam o centro da capital fluminense. No início da tarde foi a vez dos estudantes em Pernambuco tomarem as ruas de Recife.

Meio-passe universitário: promessa é dívida, senhor prefeito!

A Jornada de Lutas da União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) no Rio de Janeiro reuniu nesta terça-feira, 23, pelo menos seis mil pessoas, na maioria estudantes. Eles saíram em passeata da Candelária rumo à Câmara dos Vereadores da cidade fluminense.

Fazendo jus à típica ousadia da juventude, os estudantes saíram da Candelária, passando pela Cinelândia rumo à Câmara dos Vereadores. No caminho deram um recado em frente à Secretaria da Educação. “Deixamos claro para a secretária [Tereza Porto] que a ‘coleira eletrônica’ não pode restringir o acesso dos estudantes ao passe-livre. No ato final diante da Câmara, quisemos lembrar ao prefeito Eduardo Paes que promessa é dívida!”, declarou Flávia Calé, presidente da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ). A entidade cobra a aprovação da meia-passagem aos universitários, um compromisso firmado durante a campanha de Paes.

Conforme planejado, o debate central da Jornada Nacional de Lutas teve seu destaque. Augusto Chagas, presidente da UNE, ressaltou a campanha que defende que 50% do Fundo do Pré-sal sejam aplicados em Educação. “Foi muito importante dar a largada aqui no Rio. O estado tem protagonizado a disputa acerca da distribuição dos royalties do pré-sal. E ainda marcamos de maneira mais consistente na Câmara dos Vereadores que não deixaremos de batalhar pelo que foi prometido em campanha”, afirmou, mencionando a meia-passagem aos universitários.

Também participaram do ato integrantes de movimentos sociais, como o Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros do RJ), a Federaçao Única dos Petroleiros (FUP), além de parlamentares: os deputados estaduais Alessandro Molon e Fernando Gusmão, e vereadores que apóiam a reivindicação estudantil: Brizola Neto, Clarissa Matheus e Paulo Pinheiro.

Chuva não afugenta estudantes em Luta no Recife!

Embaixo de chuva, cerca de dois mil estudantes participaram da manifestaçao que marca a Jornada de Lutas em Pernambuco, em meio ao som de um trio elétrico. Os manifestantes saíram do centro antigo do Recife arrastando a massa em direção ao Palácio das Princesas, sede do governo do estado, onde foram recebidos pelo governador Eduardo Campos, a quem foi entregue uma pauta de reivindicações.

"Fizemos o ato em prol da nova lei do petróleo, pela divisão justa dos royalties da exploração sem prejuízo para os estados produtores. Reivindicamos do governo pernambucano a criação de um fundo de desenvolvimento econômico e social, que possa administrar os recursos vindos do pré-sal, visando prioritariamente a Educação", explicou Vírginia Barros, presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP). Vic, como é conhecida, destacou a importância da Jornada de Lutas, que movimenta a massa estudantil, elevando o nível de consciência da juventude.

Também presentes na passeata, representantes das centrais sindicais CUT e CTB, da União Brasileira de Mulheres (UBM) e OAB. Houve ainda a entrega da medalha Cândido Pinto em homenagem aqueles que se empenharam na luta pela gratuidade da Universidade de Pernambuco, agora uma realidade.

O presidente da UBES, Yann Evanovick, que participou da mobilização em Recife, destacou que a pauta da passeata pernambucana foi a definida pela UNE, pela UBES e pela ANPG: 50% do fundo do pré-sal para a educação, sem ter se destacado nenhuma questão regional, visto que a pauta mais candente acaba de ser conquistada: a gratuidade na UPE, instituição estadual de ensino superior. Para Yann, trata-se de uma “demonstração real de que a bandeira do pré-sal para a educação mobiliza”.

O jornal O Globo cobriu a abertura da Jornada de Lutas no Rio! Veja algumas imagens: http://oglobo.globo.com/rio/fotogaleria/2010/11275/

Do EstudanteNet

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segunda-feira, 22 de março de 2010

PT discute apoio do PCdoB em Minas

Foto: Pedro Leão

O presidente estadual do PT Minas, deputado federal Reginaldo Lopes participou na última quinta-feira (18) de uma reunião com a direção do PCdoB mineiro, com intuito de buscar apoio da legenda na sucessão ao Palácio da Liberdade. A princípio, como informado anteriormente, o encontro seria com o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que não pôde comparecer a reunião.

Reginaldo Lopes informou que apesar de Pimentel estar na capital ele foi impedido de ir à reunião por conta de compromissos referentes à pré-candidatura da ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), ao Palácio do Planalto. Ele contou que a ministra deve se despedir do Ministério em Minas Gerais e fará uma visita em Contagem no dia 31 deste mês. Lopes informou ainda que Pimentel se encontra hoje com presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Patrus e José Alencar.

Aliança - Em sua fala, Lopes afirmou a importância do apoio PCdoB nas próximas eleições e esclareceu a forma como será escolhido o candidato pelo PT ao governo do Estado, depois da reunião de acordo entre os dois pré-candidados do partido, o Ministro de Desenvolvimento e Combate a Fome, Patrus Ananias e do ex Prefeito Fernando Pimentel, que aconteceu na segunda-feira. Para ele, a aliança com o PCdoB é pragmática e incontestável para uma vitória. “O PCdoB é hoje nosso porto seguro, um dos nossos maiores apoios”, afirmou.

Outro ponto discutido foi em relação a “cabeça de chapa”. Para ele, não é natural o PT abrir mão de encabeçar a disputa no primeiro turno. Ele afirmou que o partido quer uma candidatura própria, e caso não seja possível ao partido encabeçar as eleições em Minas no primeiro turno, a solução será ter dois palanques da esquerda. Ele deixa claro que o PT só abre mão desse propósito se o candidato ao governo de Minas for o vice presidente José Alencar.

Em relação a quem será o candidato do PT, ele afirmou que tudo indica que não haverá disputa interna e nem prévias, mas um resultado de consenso. “Porém somente a base pode decidir quem será o candidato do PT e as coligações, e isso será homologado no Congresso que acontecerá nos dias 21 a 23 de maio”, porém ele afirmou que seja possível que até o fim de abril o PT já apresente apenas um nome.

Apoio
A presidente estadual do PCdoB, deputada federal Jô Moraes lamentou a ausência de Pimentel mas disse compreendê-la. Jô esclareceu que a atitude de Patrus e Pimentel mostra que a esquerda em Minas está avançando e que só será possível vencer a pré-candidatura do vice-governador Antonio Anastasia (PSDB) à sucessão estadual, com muita união. A presidente afirmou que é natural ao PCdoB apoiar o PT por causa do presidente Lula, mas deixou claro que o partido considera a importância do PMDB em torno do projeto de Lula.

O deputado estadual Carlin Moura afirmou que partido lutará pelo palanque de Dilma em Minas. Para ele, o crescimento da ministra nas pesquisas é legitimo e fruto de muito trabalho. Para ele o governo de Minas é um governo de mídia, governo da especulação imobiliária e sem políticas públicas.

O secretário executivo do Ministério do Esporte, Wadson Ribeiro, que também participou do encontro, afirmou que a união é o único caminho para vitória da esquerda em Minas. “Nunca estivemos tão próximos de governar Minas”, afirmou. Para o secretário, a estratégia deverá ser de dividir o inimigo. Para Wadson o calendário do PT dialoga com o que o PCdoB discutirá com seus militantes na busca de uma união que resulte em um programa mais avançado e de políticas sociais para Minas.

Sheila Cristina, para o Caderno Vermelho Minas


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Ato de apoio do PCdoB a Dilma reunirá lideranças e artistas

No dia 8 de abril, o PCdoB indicará seu apoio à pré-candidatura de Dilma Rousseff à Presidência do jeito que gosta: com o entusiasmo e a alegria de sua militância, em um grande ato no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, a partir das 17h. A pré-candidata já confirmou sua presença. Também estão certas as participações de Leci Brandão, Martinho da Vila, Netinho de Paula e Jorge Mautner.

O ato reunirá ainda lideranças do partido e de outras organizações políticas e sociais, filiados, aliados e amigos para apoiar a decisão dos comunistas na defesa de um nome que representará a continuidade e o aprofundamento do ciclo aberto por Lula em 2002.

Pouco antes do evento, o Comitê Central do PCdoB se reunirá a fim de referendar a posição adotada pela Comissão Política do partido, expressa em nota publicada dia 5 de março. O apoio do partido, porém, só será oficializado – conforme estipula legislação eleitoral – depois de convenção eleitoral em junho.

Continuidade e avanço
Na avaliação do PCdoB – reafirmada em nota da Comissão Política Nacional – “o Brasil, sob a regência dos dois mandatos do presidente Lula, conquistou um ciclo virtuoso. Nele a democracia se amplia, a soberania do país se fortalece e o crescimento econômico se associa ao progresso social e à integração solidária com os países vizinhos”.

Para o partido, depois de superada a “herança maldita” deixada pelos tucanos após oito anos no Palácio do Planalto, “começou a nascer um novo projeto nacional de desenvolvimento direcionado para o aumento da produção, a valorização do trabalho e a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros. Se permanecer neste caminho, o Brasil poderá tornar-se, em tempo breve, numa das nações progressistas mais fortes e influentes do mundo”.

Dilma confirmou presença no ato
Os comunistas justificam sua opção por Dilma destacando que, após muitas reuniões, “ficou explícita a afinidade programática entre ela e a nossa legenda e da mesma forma com a direção recém-eleita do PT. Além da convergência de ideias e do pacto pelo o progresso do país, ressalta-se o valor de uma mulher cuja personalidade política se forjou na luta democrática. Ela demonstrou, à frente de importantes funções públicas e, sobretudo como ministra do atual governo, competência, liderança e compromisso com o Brasil e o povo”.

Para Renato Rabelo, presidente do PCdoB, "quem não entender o caráter progressista e o sentido unificador (da candidatura Dilma) pode se isolar politicamente".

Além disso, o dirigente tem defendido que o caminho da campanha presidencial deve, de fato, seguir o rumo plebiscitário, capaz de confrontar o que foi a era FHC e o que está sendo o governo Lula. Para ele, “são dois modelos antagônicos entre o campo de Lula e os tucanos. Diluir este fato é ajudar a direita. Os setores conservadores vão fazer tudo para impedir esta polarização”.

Membro da comissão de organização do evento, Adalberto Monteiro, secretário de Formação do PCdoB, diz que o ato “tem o objetivo de dinamizar o tema dentro do partido e desencadear um processo de mobilização dos filiados e de debate interno. É como se o PCdoB esquentasse suas turbinas para esse grande confronto que determinará os rumos do país”.

Serviço
Ato de apoio do PCdoB à pré-candidatura de Dilma Rousseff
Dia 8 de abril, quinta-feira, a partir das 17h
Auditório Planalto do Centro de Convenções Ulisses Guimarães
Eixo Monumental – Brasília – DF
Mais informações pelo telefone (61) 3328-7794

Priscila Lobregatte, para a Página do PCdoB



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sábado, 20 de março de 2010

Dica rock de hoje

Gritare faz show hoje a noite

O Retomada irá realizar neste sábado mais uma Noite Fora do Eixo. Desta vez com a apresentação das bandas Monograma de Belo Horizonte e a montesclarense Gritare.

A Monograma já esteve em Montes Claros no mês de Janeiro e estão de volta na cidade. A banda, que é parceira do coletivo belorizontino Pegada, vem desenvolvendo um trabalho muito bacana pelo cenário independente por lá. Com um excelente trabalho autoral a banda vem conquistando público por onde toca.

Enquanto isso, a banda Gritare já é bem conhecida na cena local e também nas cidades mineiras onde já se apresentou. Hoje a banda é considerada uma das bandas mais representativas da cena local e, como parceira do Retomada, vem colaborando com o desenvolvimento do cenário independente em Montes Claros. Uma ótima banda que tem levado o nome da cidade junto com a qualidade das produções montesclarenses.

Duas grandes bandas em mais uma Noite Fora do Eixo em Montes Claros, mais uma oportunidade para conhecermos a força e o potencial da cena independente da nossa cidade com duas grandes bandas para consolidar Montes Claros cada vez mais como um polo da música Fora do Eixo nacional.

Duas ótimas atrações que juntas prometem uma super noite hoje, dia 20 de Março a partir das 20hs, na Av. Dulce Sarmento, 233 – Bairro São José.

Desnecessário dizer que é imperdível.


-- GR!TARE






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sexta-feira, 19 de março de 2010

Câmara dos Deputados vota Estatuto da Juventude em abril

O relatório do Estatuto da Juventude (PL n° 27/2007) foi apresentado nesta quarta-feira (17), na Câmara dos Deputados. Ele assegura os direitos dos jovens brasileiros de 15 a 29 anos. De acordo com o deputado federal Zezéu Ribeiro (PT), membro da Frente Parlamentar de Juventude, a votação do Estatuto está prevista para acontecer no dia 7 de abril. O Estatuto contém um aparato de direitos com o objetivo de assegurar aos jovens, o acesso à educação, cultura, trabalho, esporte entre outros.

O deputado ressaltou a importância do Estatuto na consolidação dos direitos dos jovens . “O Estatuto fixa diretrizes para as políticas de juventude e cria uma rede e um sistema nacional de juventude, faz um plano de articulação institucional e social”.

De acordo com Zezeú, o Estatuto é uma conquista de toda a sociedade brasileira. ” Se Hoje chegamos ao Estatuto é porque ele foi criado por milhares de mãos, não é só o resultado da relatora e dos deputados, é com a participação intensa da sociedade brasileira”, destacou.

Além do Estatuto, apresentado nesta quarta-feira (17), pela deputada Manuela D`avila (PCdoB), está tramitando no senado, a PEC da Juventude e recentemente foi enviado à Assembléia Legislativa da Bahia, o Plano Estadual de Juventude.

Durante apresentação do Relatório, o deputado destacou os avanços em políticas de juventude obtidos pelo Estado da Bahia, onde citou a criação do Conselho Estadual de Juventude, o Programa Trilha, e o envio do Plano Estadual de Juventude à Assembléia Legislativa da Bahia. “O Governo da Bahia tem tido uma atuação muito proativa que se articula e centra pontos transversais na questão das políticas de juventude”, destacou.




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quinta-feira, 18 de março de 2010

Se liga 16!

Se liga 16! 2010 é a nossa vez!

Neste ano de eleições, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) mobiliza os secundaristas brasileiros a exercerem seu direito ao voto com a campanha “Se Liga 16! 2010 é a nossa vez". A partir dos 16 anos o jovem tem a chance de eleger seus representantes, definindo assim os rumos de nosso país. Como em anos anteriores, a campanha circula nas escolas e chama os jovens a participarem da festa da democracia!

A UBES lança por todo o Brasil o mote: “Se liga 16! 2010 é a nossa vez!”, voltado aos jovens que já podem tirar seu título eleitoral e fazer valer os seus direitos. Secundarista, se você tem 16 anos ou vai completar essa idade até 3 de outubro, já tem condições de votar, participando das eleições 2010.

“Penso que a juventude precisa entender seu papel na construção de um projeto de país”, afirma Yann Evanovick, presidente da UBES. O estudante esclarece que o “Se liga 16!” acontece em dois momentos. O primeiro objetivo é incentivar os jovens com 16 anos a tirar seu título de eleitor. Depois dessa fase, a idéia é estimular o voto consciente. “O eleitor precisa ficar atento e votar em candidatos que tenham disposição para defender os interesses do estudante, como o investimento em educação”, exemplifica Evanovick.

Em alguns estados a campanha está nas ruas, como Minas Gerais, São Paulo e Sergipe. A partir do dia 19 é a vez do Rio de Janeiro e dia 31 a movimentação começa em Pernambuco. Acompanhe as mobilizações também na sua região, tire seu título eleitoral e participe!

Tire seu título de eleitor pela internet!

Emita seu título de eleitor em qualquer posto do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) ou através do site do http://www.tse.gov.br/ clicando neste link: Título Eleitoral.

Entre em contato com a UBES e leve a "Se liga 16" para a sua escola.
UBES: (11) 5084-5219 / 5082-2924.

Em Montes Claros, falar com Lucas Alves: 38-9144 4981



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O Brasil precisa, a juventude quer!

Conjuve lança campanha no Twitter pela aprovação da PEC da Juventude

O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) lançou uma campanha no twitter pela aprovação da PEC da Juventude. O objetivo é que o maior número possível de twitteiros postem mensagens nos perfis dos senadores de seus estados em prol da PEC. Por meio do endereço www.twitter.com/senadoresbrasil , os internautas tem acesso ao perfil na rede social de todos os parlamentares que tem o hábito de twittar.

O presidente do Conjuve, Danilo Moreira, informou que a aprovação desta matéria significa o fortalecimento das políticas públicas de juventude como um compromisso do Estado brasileiro não apenas de governantes. Para que isto seja possível, um dos caminhos é o contato com os senadores via eleitores dos seus respectivos estados.

“Iniciamos uma nova etapa em nossa campanha pela PEC da Juventude. O nosso objetivo é demonstrar a enorme expectativa que existe no Brasil inteiro com relação a sua aprovação, sem falar que 2010 foi declarado pela ONU como o Ano Internacional da Juventude”, informou Moreira.

O Twitter foi escolhido para a campanha por se tratar de uma das comunidades virtuais que mais cresce no Brasil e no mundo. “Dado o dinamismo e a rapidez que as informações circulam nesta ferramenta esperamos mobilizar uma vasta rede em prol da PEC”, comentou o presidente do Conjuve.

A diretora de relações institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrante da Comissão de Parlamento do Conjuve, Marcela Rodrigues, disse que a campanha é de extrema importância, pois a PEC é um Marco Legal que dá base para a implantação de todas as políticas públicas de juventude no Brasil.

Ela acrescentou que o momento é propício para a aprovação desta proposta, pois a mesma já foi votada por unanimidade em todas as comissões, falta apenas prioridade na votação pelo plenário do Senado. “Temos que fazer uma pressão nos nossos senadores para que a pauta seja desobstruída e a PEC seja logo aprovada. O twitter a nosso ver é uma ferramenta excelente para reforçar esta mobilização”, afirmou.

A aprovação da PEC da Juventude é uma das principais bandeiras do Conjuve para este ano. Após a solenidade de posse dos novos conselheiros, durante o “2º Encontro Nacional de Conselhos de Juventude”, no dia (10/03), representantes de todo o país lotaram as galerias do Senado em um ato pela aprovação da PEC. Segundo o integrante da juventude do PT e coordenador da Comissão de Parlamento do Conjuve, Murilo Amatneeks, o ato foi uma demonstração da força e capiliradade que a rede de conselhos de juventude tem em todo país.

"Em conjunto com os conselheiros de todo o país, conseguimos dar um novo gás para essa construção, comprometendo um conjunto de senadores na aprovação imediata do projeto. Com a campanha no twitter, estamos dando continuidade a este processo que, ao mesmo tempo, é de pressão aos senadores e de mobilização da juventude.", comentou Amatneeks.

O presidente do Conjuve foi recebido pelo presidente do Senado Federal, o senador José Sarney (PMDB/AP). Danilo Moreira relembrou ao presidente Sarney que faz um ano que a PEC foi votada e aprovada por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça e desde então aguarda a votação pelo plenário do Senado Federal.

A PEC da Juventude (042/2008) regulamenta a proteção dos direitos econômicos, sociais e culturais da juventude brasileira, inserindo o termo “jovem” no Capítulo VII da Constituição Federal, que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais, a exemplo do que já ocorre com as crianças, adolescentes e idosos.

Dicas para participar da campanha:
1. Poste esta notícia no site da sua instituição, organização, movimento ou mesmo no seu blog pessoal.

2. Procure o perfil dos Senadores do seu Estado em www.twitter.com/senadoresbrasil (veja link "following" ou "seguidos").

3. Se quiser envie mensagens para senadores de outros Estados também.

4. Envie uma mensagem solicitando a rápida votação do PEC 42/2008.

5. Nesta mensagem informe sua cidade, estado e organização.

6. Inclua no final da mensagem a tag: #pecdajuventude (é a forma para acompanharmos da repercussão da campanha).

7. Seja objetivo, o twitter não permite mensagens acima de 140 caracteres.

8. Aproveite a campanha e passe a seguir o Conjuve no twitter www.twitter.com/conjuve

Exemplo:
Caro @senadorjuca sou do Conselho Municipal de Juventude, Boa Vista-RR e peço seu apoio para rápida aprovação da PEC 42/2008 #pecdajuventude

Por Catherine Fátima Alves da Consultoria de Comunicação da Secretaria Nacional de Juventude


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quarta-feira, 17 de março de 2010

Brasil & Socialismo

Líder do PCdoB na Câmara, Vanessa discursa em homenagen aos 88 anos da sigla

Rabelo defende projeto de desenvolvimento nos 88 anos do PCdoB

O PCdoB comemorou nesta terça (16), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, os seus 88 anos de existência e 25 anos da legalidade em grande estilo. Na presença de diversas lideranças políticas, o presidente nacional da sigla, Renato Rabelo, aproveitou para defender as propostas mais imediatas do partido para a construção de um novo projeto de desenvolvimento nacional para o Brasil.

Na sua argumentação, a combinação de três fatores são fundamentais para permitir grande transformações no país: o projeto, a aliança e a liderança. “O projeto é essa luta, no nosso modo de ver, do esforço da aplicação de um projeto nacional de desenvolvimento de caráter democrático e popular”, disse.

Segundo ele, o projeto tem como com fundamento a soberania e o progresso social do país com distribuição de renda e inclusão social. “O Brasil já se desenvolveu em índices elevados, mas faltou a distribuição de renda. Portanto, esse fundamento do desenvolvimento com distribuição de renda é essencial”, explicou.

Outro questão fundamental, defendida por Rabelo, é a democratização da sociedade levando em conta conquistas universais como a qualidade na saúde, educação, moradia e integração com os países vizinhos. “Esses são quatro fundamentos importantes desse esboço de projeto nacional que começa a ser desenvolvido e aplicado”, diz o dirigente, para quem sem o projeto não existe como definir estratégia “na caminhada transformadora.”

Mas não basta só um projeto. O presidente do PCdoB diz que é necessário uma aliança política ampla e representativa no país que expresse a realidade social e política do país. “Não basta, portanto, só o projeto. É necessário aliança, uma forma de congregar forças que possam levar adiante esse projeto transformador”, argumentou.

Renato Rabelo diz que a experiência revela que a liderança é outro fator fundamental. “É necessário lideranças com grande fluência política e social com prestígio e autoridade no mundo. Esse é um outro dado importante porque lideranças não surgem por acaso, surgem por exigência de uma época”, explicou. Para ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem todas as condições para cumprir esse papel.

Aspecto ideológico
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), que abriu o evento, afirmou que a importância do PCdoB como agremiação partidária é a “sua extraordinária significação ideológica”. “O PCdoB tem sempre o que dizer e relatar. A história das grandes conquistas, a luta pela democratização e a luta pelo Petróleo sempre contou com a presença entusiasmada do PCdoB”, disse Temer.

O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro, diz que é preciso primeiro reconhecer a relação profunda que o PCdoB tem com a luta dos trabalhadores, movimento sindical, estudantil e popular. Segundo ele, esse histórico levou a sigla a construir uma frente democrática e popular de apoio a primeira disputa de Lula à Presidência em 1989.

“É muito importante ter um partido com essa experiência e compromisso com o projeto nacional de desenvolvimento tão bem delineado e articulado pelo presidente Renato Rabelo. Parabéns ao PCdoB e sucesso nessa caminhada que faremos para transformações cada vez mais profundas e construção de um projeto para o Brasil”, discursou o ministro do Esporte, Orlando Silva.

A líder do PCdoB na Câmara, Vanessa Grazziotin (AM) disse que enquanto existir no país o desejo de liberdade e justiça social lá estará o PCdoB. “Então quero dizer que a nossa luta toma feições um pouco diferente do que há de 20 anos. A luta hoje é para que possamos dar continuidade e aprofundar o processo das mudanças instaladas no Brasil”, disse.

Além da bancada do partido e diversos deputados, também estiveram presentes o líder do Governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP); líder do PSDB na Casa, João Almeida (BA); líder do Bloco de Esquerda Daniel Almeida (PCdoB-BA); o embaixador cubano Carlos Zamora e representantes das embaixadas da China, Coréia, Palestina e Vietnã.

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terça-feira, 16 de março de 2010

Mesa de Buteco com Danilo Moreira

Danilo Moreira e Ramon Fonseca
Foto: Arquivo Pessoal

O Mesa de Buteco de hoje tem a honra de contar com a ilustre presença do presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Danilo Moreira. Baiano, flamenguista e comunista, Danilo é amigo de longa data, desde os tempos em que cerramos fileiras no movimento estudantil.

Esse bate-papo exclusivo rolou hoje de manhã, graças ao MSN. Vamos à prosa.


Ramon: Quais os objetivos do Conjuve nesta gestão?
Danilo: A nossa grande prioridade será fortalecer o debate sobre as políticas de juventude neste ano eleitoral, fazendo com que todos os candidatos a governador e a presidente apresentem suas propostas nesta área. Associado a isto, pretendemos fazer parte da transição entre o atual presidente e quem for eleito. O mandato do Conjuve vai até 2011, isso nos dá enorme responsabilidade pela continuidade e avanço das Políticas Públicas de Juventude (PPJ).

Ramon: O resultado das eleições deste ano impactarão diretamente as PPJ. Você pensa que há possibilidade de retrocesso em relação às políticas do governo federal voltadas a juventude?
Danilo:
Sempre existe essa possibilidade, especialmente porque as PPJ são recentes no Brasil e tivemos avanços recentes com a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conjuve e a implementação de inúmeros programas desenvolvidos pelo governo federal. O fato é que nos últimos anos é notório o desenvolvimento das PPJ, mas quando se abre um processo eleitoral, tudo pode acontecer. Por isso, um dos nossos focos é a aprovação dos marcos legais no Congresso Nacional ainda neste ano.

Ramon: Em relação aos marcos legais, como está a tramitação da PEC da Juventude e do Plano Nacional de Juventude? Há perspectiva de aprovação?
Danilo: Na semana passada, logo após a posse do Conjuve, fizemos um grande ato e ocupamos completamente as galerias do Senado, falamos com o presidente da casa, senador José Sarney (PMDB-AP), e mais de uma dezena de senadores fizeram pronunciamentos favoráveis a PEC. O compromisso que saiu de lá foi de que a votação final ocorreria nesta semana, estamos trabalhando para que isso aconteça.
Quanto ao Plano, este ainda precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, para depois seguir para o Senado. Temos conversado permanentemente com o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) [relator do Projeto de Lei 4530/04 que cria o Plano Nacional de Juventude] e articulado internamente no governo para acelerar a votação.

Ramon: Qual o balanço que vc faz das PPJ no Governo Lula?
Danilo:
É impossível não fazermos um balanço positivo pois, ao final de 8 anos de governo, poderemos falar de uma política de juventude que realmente existe,
com certeza não é perfeita, mas o presidente Lula também nesta área foi pioneiro.
Programas como Prouni, o Projovem, o Segundo Tempo, os Pontos de Cultura e as Praças da Juventude são um realidade em todo o país, isso sem falar na relação democrática que estabelecemos com os movimentos juvenis, por meio da Conferência Nacional e do Conjuve.
Podemos apresentar para a sociedade e para juventude em especial um balanço sem falsa humildade e sem arrogância. Fizemos muito, mas muito mais há de ser feito.


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segunda-feira, 15 de março de 2010

Bacalhau a moda do Imperador

E pensar que ele estava no buteco até semana passada...


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Mobilizar para avançar

Reitor Paulo César de Almeida, presidente empossado Danniel Ferreira Coelho e o ex-presidente Daniel Dias na solenidade de posse da nova diretoria do DCE
Foto:Alex Sezko


Conquistas são destacadas na posse da nova diretoria do DCE/Unimontes

“As conquistas na Unimontes só têm sido possíveis com a união de todos os setores da comunidade acadêmica”. A afirmação foi feita pelo reitor, professor Paulo César Gonçalves de Almeida, ao participar da solenidade de posse da nova diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE), na noite da última quarta-feira (10), no Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro.

Ainda durante o evento, o reitor enfatizou que as reivindicações dos estudantes são justas e legitimas e têm merecido sempre a atenção da administração superior. Em especial, destacou como “importante conquista” a construção do Restaurante Universitário, a partir da união de esforços da reitoria, classe política, docentes, servidores técnico-administrativos e dos acadêmicos, especialmente do DCE, com participação decisiva do Governo de Minas, através do governador, Aécio Neves e do vice-governador, professor Antonio Anastasia.

“Temos consciência do esforço e da dedicação de todos para a consolidação deste projeto”, salientou o professor Paulo César de Almeida.

Por sua vez, o novo presidente do DCE/Unimontes, Danniel Ferreira Coelho, acadêmico do curso de Ciências Sociais, enfatizou as metas da sua gestão, apontando, entre outros aspectos, a necessidade de mobilização em favor da implantação de moradia universitária. Destacou, ainda, que a classe estudantil sempre teve diálogo aberto com a administração superior da Universidade, sobretudo com o reitor, professor Paulo César de Almeida.

Danniel Coelho sucede na presidência do DCE o acadêmico Daniel Dias, que liderou no ano passado a mobilização em favor da construção do Restaurante Universitário.

A solenidade contou, ainda, com as presenças do presidente da Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), Professor Antônio Maciel; do diretor do SindSaúde, Isael Soares de Queiroz (representante dos servidores técnico-administrativos) e do representante da Secretaria-adjunta de Juventude de Montes Claros, Diego Macedo Fróes (também ex—presidente do DCE), além de acadêmicos, professores e servidores técnico-administrativos.




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domingo, 14 de março de 2010

Conselho da Juventude vai priorizar agenda política

Eleito por aclamação como o novo presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Danilo Moreira, diz que a prioridade do órgão este ano será apresentar uma plataforma de compromissos aos candidatos à Presidência da República. Entre os pontos a serem levantados, ele destaca a continuidade da atual política para a juventude e a convocação no primeiro semestre do próximo ano da 2ª Conferência Nacional da Juventude.

O Conjuve é um espaço de diálogo entre a sociedade, o governo e a juventude. É um órgão consultivo do governo e assessora o mesmo na formulação e diretrizes das ações de políticas públicas para a juventude. Ex-diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) e atual secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, ligado à Presidência da República, Danilo tomou posse na última quarta (10) em Brasília e fica no cargo até 2011. Ele concedeu a seguinte entrevista ao Portal Vermelho.


Vermelho: Quais os avanços que podem ser pontuados em termos de política para a juventude após a realização da 1ª Conferência Nacional da Juventude?

Danilo Moreira: A gente vai chegando ao final do mandato do presidente Lula com inúmeras realizações apresentadas. A conferência aconteceu em 2008. Ela ajudou a impulsionar o que já estava em andamento e criar coisas novas. Nela, a juventude negra foi o tema prioritário, especialmente aqueles jovens que morrem violentamente, vítimas de assassinatos. Existe um programa do governo chamado Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) com inúmeras ações para assegurar direitos a essa parcela da população. Acho que isso é uma conquista importante. Outra resolução da Conferência, na área de esporte, levantou a necessidade de se construir mais equipamentos nos bairros. Imediatamente após a Conferência o próprio Ministério do Esporte anunciou as Praças da Juventude. Isso é uma conquista que eu posso atribuir exclusivamente a Conferência. Tanto é que a Praça da Juventude é um ponto de partida para algo que será anunciado daqui a mais uns dias, ainda no governo Lula, como parte do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). Ou seja, o tema da juventude passou a entrar numa agenda do principal programa do governo federal.


Vermelho: O que será anunciado nessa área?

DM: Está sendo debatido um equipamento para a juventude, um espaço que possa integrar a área de cultura, esporte e os movimentos juvenis. Mas isso é um anuncio que ainda será feito no fim de março ou começo de abril, inclusive pela ministra Dilma (Rousseff – ministra-chefe da Casa Civil) que é a responsável pela condução do PAC.


Vermelho: Que tipo de ações precisam ser fortalecidas?

DM: Nós vamos ter que apresentar um investimento muito grande na política educacional. Investimento na educação pública, na universidade pública, no fortalecimento da rede de escolas técnicas e escolas técnicas profissionalizantes. A educação talvez seja a principal política de juventude. Também necessita de um cuidado especial a esses segmentos que são vulneráveis da juventude. O Projovem (Programa Nacional de Inclusão de Jovens) é o principal programa que a Secretaria Nacional da Juventude coordena. Um programa voltado para esse público que abandonou a escola e tem dificuldade no mercado de trabalho. Eu destacaria também a questão da participação social. O diálogo que o governo federal tem hoje com os movimentos juvenis é diametralmente oposto do que tinha o governo anterior. Qualquer contato que o estado tinha com juventude era por meio da polícia. A gente enfrentava a polícia na rua. Agora não. Você tem um Conselho Nacional de Juventude, a realização da Conferência e tem a relação direta do presidente com diversos movimentos juvenis, a UNE em especial.


Vermelho: Mas os problemas ainda estão bastante acentuados, a exemplo da violência...

DM: Acho que a gente precisa ter uma ação ainda maior na questão da morte por causas externas da juventude, seja por conta de jovens que morrem por arma de fogo, geralmente são jovens negros das periferias, seja os jovens que morrem por acidente de trânsito, que grosso modo são jovens brancos de classe média. Mas o fato que é uma geração de jovens que está perdendo a vida. Essa questão do direito a vida é um gargalo. Os próximos governos precisam dar muita atenção a isso. Acho que também outro gargalo é a questão do ensino médio. É reconhecido que existe uma crise de identidade do ensino médio. Se a gente perguntar para qualquer jovem que está num banco de escola por que ele está ali, ele vai dizer que acha a educação importante, mas ele está ali sem nenhuma identidade com aquela escola, o currículo dela, a metodologia, os professores e o ambiente escolar. Essa é uma faixa da juventude muito importante e os dois temas são gravíssimos.


Vermelho: E os problemas enfrentados no mercado de trabalho?

DM: O problema de hoje é a qualidade do trabalho que esses jovens conseguem ter. Jovens com remuneração precária, baixos salários e muitos na economia informal. Então nós estamos trabalhando com a principal bandeira de um trabalho decente para juventude, um conceito que OIT (Organização Internacional do Trabalho) está utilizando e que a gente acha bastante justo.


Vermelho: Em muitas ocasiões a tua geração já foi tratada por estereótipos. O principal deles é que se trata de uma juventude alienada. O que você acha disso?

DM: Acho isso uma injustiça, a geração atual carrega essa injustiça. Sempre atribuem a ela esse mito da apatia, a não participação, o distanciamento da política que não é muito verdadeiro. Geralmente nos comparam as gerações anteriores da década de 60, 70, mas se você observar do ponto de vista até quantitativo o número de jovens que participa hoje é muito maior. Se você observar nossa Conferência Nacional foram 400 mil participantes no processo. Você tinha lá jovens organizados em diversos movimentos, hoje felizmente o movimento de juventude não é sinônimo de movimento estudantil. A gente acha importante movimento estudantil, mas há jovens que lutam pelo meio ambiente, jovens trabalhadores, trabalhadores rurais. Então isso é bom, você tem diversidade de movimentos juvenis.


Vermelho: O que você acha do movimento Hip Hop?

DM: É uma grande manifestação, outra linguagem. Linguagem da cultura, do grafite, corporal, a dança de rua e tem uma mensagem política, mas não é só o Hip Hop tem outros movimentos. Mas o que existe e, é importante dizer, é que existe uma exclusão política da juventude, não uma apatia. Existe uma exclusão. Se você observar desde a redemocratização você ver quantos jovens deputados federais eleitos no Brasil. Então tem um número que não ultrapassa 2%. Você tem uma população hoje no Brasil que é de 50 milhões de jovens que equivale a 26% da população brasileira, mas no Congresso Nacional você tem 2% (de jovens) deputados federais.


Vermelho: Que não podem ser candidatos ao Senado?

DM: Isso! Só na Câmara. Então é uma exclusão. Jovem é importante para fazer movimento, pedir voto e carregar bandeira em passeata, mas na hora de espaço de poder para os jovens são poucas Manuelas (referência a deputada federal Manuela D´Ávila do PCdoB do Rio Grande do Sul). A gente precisa tratar isso a sério com os partidos políticos porque existe um enorme preconceito. Então eu acho que o problema é mais a exclusão política.


Vermelho: Do ponto de vistas das eleições 2010, o que se pensa em termos de juventude?

DM: Eu vejo com otimismo, inclusive esse será o principal ponto de atuação do Conselho este ano. Nós vamos reeditar uma ação chamada pacto pela juventude, que foi uma estratégia que nós realizamos na campanha a prefeito em 2008. Nós vamos discutir pelo Conselho Nacional da Juventude uma plataforma para ser apresentada a todos os candidatos a presidente.


Vermelho: Quais os pontos principais dessa plataforma?

DM: O futuro presidente ou presidenta terá que ter um compromisso com a continuidade da política de juventude e com o desenvolvimento dessas políticas. Quer dizer mais investimentos nesses programas e de assegurar a realização da 2ª Conferência Nacional de Juventude, logo no primeiro semestre de 2011. Também queremos a multiplicação dos conselhos estaduais e municipais da juventude. E que evidentemente tenha mais orçamento para essas políticas de cultura, educação e esporte. Então essa é lógica da plataforma.

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sábado, 13 de março de 2010

PCdoB com Dilma. Para o Brasil Avançar.

PCdoB convoca ato em apoio a Dilma; Renato destaca convergências

Por Umberto Martins*

A direção nacional do PCdoB realizará na tarde do dia 8 de abril no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, um ato político no qual vai comunicar a filiados e simpatizantes a indicação de apoio à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Roussef. O presidente do Partido, Renato Rabelo, revelou que já vem conversando com a ministra da Casa Civil “há cerca de oito meses” e observou que há uma convergência de opiniões sobre muitos temas que estarão em pauta nas eleições.

“Identificamos uma convergência muito grande de opiniões entre o PCdoB e Dilma”, sublinhou o dirigente comunista. “Para apoiar uma pré-candidatura, como é o caso, é indispensável uma plataforma clara com pontos de vista comuns. Essas conversas permitiram maior conhecimento mútuo e a revelação da identidade de objetivos.”

Projetos antagônicos
O último congresso do PT também aproximou os dois partidos no que diz respeito a ideias e concepções programáticas. “Eles demonstraram uma compreensão essencial sobre alguns pontos fundamentais”, sublinhou Rabelo, citando “a avaliação de que no pleito teremos dois campos opostos e dois projetos antagônicos”.

De um lado, conforme o presidente do PCdoB, há o campo que pode ser definido como neoliberal, embora mascarado e mitigado. É o campo do retrocesso, com um projeto privatizante, subordinado ao imperialismo americano e hostil aos interesses do povo e da nação.
*
Neoliberalismo mitigado
“A base social e os compromissos políticos da candidatura tucana são os mesmos que orientaram o governo FHC, não houve mudança”, sustentou. Já o bloco alinhado com a pré-candidatura de Dilma “está buscando uma alternativa ao neoliberalismo, defende um projeto de nação soberana e democrática, a integração com os vizinhos latino-americanos, a inclusão social. É outro projeto.”

A recente contenda comercial entre Brasil e EUA ajuda a desmascarar e identificar o campo neoliberal, que não conseguiu disfarçar sua subordinação ao império do norte. A disputa em torno das ilhas Malvinas entre Argentina e Inglaterra também despertou reações reveladoras, de acordo com o líder comunista. Os neoliberais querem a neutralidade do Brasil no conflito, posição que serve aos interesses do velho e agressivo imperialismo britânico.

Identidade programática
Rabelo elogiou o programa aprovado recentemente pelo PT, que passou a defender um novo projeto de desenvolvimento nacional, com caráter democrático e popular. “Há muita coisa comum com o projeto que aprovamos no 12º Congresso do PCdoB, incluindo o diagnóstico de que o mundo vive hoje uma fase de transição econômica e política.”

Ele ressaltou o fato de que a pré-candidata Dilma Rousseff (que vai comparecer ao ato do Partido junto com o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, e outras lideranças) “defende, como nós, iniciativas que promovam o crescimento da taxa de investimentos na economia nacional em curto prazo pelo menos para 21% do PIB. Isto é essencial para o desenvolvimento nacional.”

“Ela também entende, como nós, que o papel do Estado na promoção do desenvolvimento deve ser reforçado. O Estado não deve ser apenas o condutor do desenvolvimento, mas também empresário em setores estratégicos da economia e ramos importantes nos quais a chamada iniciativa privada não atende os interesses populares, como (nas telecomunicações) a garantia de acesso universal à banda larga; investimentos em ciência e tecnologia para viabilizar uma produção com maior valor agregado; prioridade à educação e outras iniciativas. Para o PCdoB é muito importante mostrar o apoio à pré-candidatura de Dilma, que vai se colocando à altura dos desafios”, finalizou.


Leia abaixo a nota à imprensa sobre o ato divulgada nesta quinta (11) pela Direção Nacional do PCdoB:

“Em Ato partidário, o PCdoB indicará apoio à pré-candidatura de Dilma Rousseff

“A direção nacional do PCdoB realizará um evento partidário no qual comunicará a seus filiados e lideranças a posição de indicar apoio à pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff. O ato acontecerá no dia oito de abril, às 17h00min horas, em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e contará com a participação de Dilma e do presidente da legenda petista, José Eduardo Dutra. Entre outras lideranças e personalidades também devem estar presentes artistas como Martinho da Vila, Netinho de Paula, Leci Brandão e Jorge Mautner.

“No último dia 5 a Comissão Política Nacional (CPN) do PCdoB adotou esse posicionamento pró-Dilma que, agora, deverá ser referendado pelo Comitê Central, órgão maior de deliberação da legenda, em reunião marcada, no mesmo dia 8 de abril. Devido à relevância dessa indicação orientadora dos debates da Convenção eleitoral–que acontecerá nos mês de Junho e a quem cabe tomar a decisão oficial dos comunistas– decidiu-se por esse evento para fomentar a discussão interna quanto à importância da sucessão presidencial. Nesse sentido, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, endereçou uma mensagem ao conjunto das organizações do Partido para que enviem suas representações de dirigentes e lideranças de todas as áreas de atuação.

O confronto de dois polos
“Na análise dos comunistas, a sucessão está marcada pelo confronto entre dois campos políticos antagônicos. De um lado, a aliança liderada pelo presidente Lula constituída por partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais democráticos. De outro, o bloco oposicionista das legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC e que levou o Brasil a uma crise profunda. O resultado garantirá a continuidade do ciclo político aberto pelo presidente Lula ou será o retrocesso com o retorno da direita neoliberal que estagnou o país nos anos 90. Este cenário assim configurado confirmou para o PCdoB o seu prognóstico quanto ao caráter plebiscitário do pleito e a necessária unidade do campo democrático, patriótico e popular.

O porquê da escolha de Dilma
“O PCdoB avalia que nas reuniões que manteve com Dilma nos últimos meses ficou nítida a afinidade programática entre a pré-candidata e a legenda comunista e, de igual modo, com a direção recém-eleita do PT. O Partido acrescenta que além da convergência de ideias e do pacto pelo progresso do país, há as qualidades da pré-candidata, uma mulher de valor cuja personalidade política se forjou na luta democrática. Outro fator assinalado para a escolha decorre da competência, liderança e compromisso com o Brasil e o povo que Dilma demonstrou ter à frente de importantes funções públicas e, sobretudo, como ministra do atual governo.

“O diálogo positivo com Dilma, suas qualidades políticas e o caráter plebiscitário do pleito, possibilitaram ao PCdoB amadurecer a convicção de que ela está credenciada para disputar, vencer e governar com pleno êxito. O Partido defende que a campanha se realize alicerçada na força do povo, com um programa audacioso, e sustentada por uma coligação ampla, mas sublinha que é imprescindível o papel destacado da esquerda. Desse modo, mais do que garantir a continuidade do ciclo aberto por Lula, Dilma, na visão dos comunistas, poderá garantir um desenvolvimento ainda mais arrojado. Com este entendimento foi lançada a palavra-de-ordem: "PCdoB com Dilma. Para o Brasil Avançar."


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sexta-feira, 12 de março de 2010

Se muito vale o já feito, mais vale o que será

PEC da Juventude pode ser aprovada na próxima semana, diz Danilo Moreira

Danilo Moreira, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Juventude, é o novo presidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve). A eleição foi tranquila, por aclamação, na última terça-feira (9). Para a vice-presidência foi conduzido João Marcos Vidal, representante da União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Na entrevista concedida ao site da União da Juventude Socialista (UJS), Danilo fala dos desafios de conduzir o Conselho Nacional de Juventude num ano eleitoral, aponta os avanços obtidos em PPJ nos últimos anos e diz que é preciso que o jovem tenha mais espaço na disputa pelo poder político.


UJS: Quais serão os principais desafios das políticas públicas de juventude no próximo biênio?

Danilo Moreira: O mandato do conselho é de dois anos, sendo que se revezam na presidência um ano o governo e no outro a sociedade civil. Vou presidir por um ano. A prioridade será fazer a transição entre o governo de um para outro presidente. Vai ser importante para continuidade e avanços das políticas públicas de juventude. Outra será colocar a pauta nas eleições presidenciais e ajudar a conduzir essa transição. A pauta política eleitoral será o centro.


UJS: O calendário eleitoral tende a travar a agenda legislativa. Como evitar que isso impacte em projetos importantes em tramitação, como a PEC, o Plano e o Estatuto?

DM: Estamos agindo nesse sentido. Uma hora depois da posse do Conselho, ocupamos as galerias do Senado. Paralisamos a sessão e ganhamos os senadores para a votação da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) da Juventude. Além de conseguir apoio de muitos partidos, os senadores assumiram o compromisso de votar a PEC na semana que vem e de diminuir o prazo regimental de tramitação. Na semana que vem podemos ter a primeira grande vitória: a aprovação da PEC. Nesse caso, o calendário eleitoral está a nosso favor.

Sobre o Plano é mais complicado, porque precisa encerrar a tramitação na Câmara e ir ao Senado. Mesmo assim, temos acordo com o presidente da casa. Não vejo com pessimismo.

O mais difícil é o Estatuto, que ainda está em estágio de comissão [refere-se à tramitação legislativa da Câmara Federal], mas deve produzir um bom relatório.


UJS: Recentemente muitos órgãos da imprensa pautaram defasagens na implementação de programas governamentais voltados para a área. Por outro lado, sabe-se que a experiência de PPJ é recente, para não dizer pioneira, no Brasil. Qual balanço o Conselho faz desses 5 anos da implementação?

DM: O balanço de PPJ do governo não pode ser circunscrito à Secretaria e ao Conselho, embora estes sejam bastante positivos. Tanto pelo ineditismo quanto pelas ações. Veja, na política educacional houve inversão de prioridades, com ampliação dos investimentos e recuperação do enfoque público. Além disso, tivemos programas de muito sucesso, como o ProUni, por exemplo. Na questão da Segurança Pública, área sensível à juventude, também tivemos avanços. Se olharmos o Pronaf por dentro veremos um foco na juventude, e sem ser o da repressão. No Esporte também. Quando [o governo] anunciar o PAC 2, devemos ter uma ação forte de juventude dentro dele.

O próprio fato de estarmos discutindo sobre uma política que existe é um avanço, pois antes discutíamos sobre o que não existia. Nossa visão não é nem arrogante nem de falsa humildade. Sabemos que temos coisas para melhorar, mas temos consciência do muito que já foi feito.


UJS: O processo eleitoral de 2010 promete pautar às questões juvenis de maneira inédita na história do Brasil. Ou seja, a juventude estará no centro das atenções eleitorais. E pudera: pelos dados do TSE, são 25 milhões de eleitores entre 16 e 24 anos. Como fazer disso um instrumento para debater o aprofundamento das mudanças no país, pensando o desenvolvimento do Brasil num prazo mais longo?

DM: Primeiro, comparando com antes e vendo o que temos hoje. Mas veja: falando de alguém de 18 anos, e vai votar, ele tinha 10 anos quando Lula entrou. Tem pouca memória da chamada "herança maldita" do governo FHC. Por isso, nosso discurso tem que ser atual, sem deixar de fazer a comparação.

O potencial quantitativo da juventude não tem correspondência no parlamento, por exemplo. O protagonismo juvenil deve ser visto em todos os níveis - no potencial de mobilização, mas também nas disputas por espaços de poder.

Queremos fazer seminários e debater juventude e políticas públicas, juventude, educação e trabalho, participação e juventude, esporte, lazer e juventude, e, finalizando, discutir juventude e desenvolvimento, porque temos que debater o potencial do jovem nesse desenvolvimento.

Vamos tentar renovar o enfoque no mandato do Conselho. Fizemos o debate do jovem como sujeito de direitos e agora vamos fazer o do jovem como agente de mudança, o jovem como agente do desenvolvimento. O Samuel Pinheiro [Guimarães, da Secretaria de Assuntos de Longo Prazo] está com um plano discutindo o Brasil de 2022 - metas para o bicentenário da Independência - e lá tem metas para a juventude também. Mesmo o Plano [Nacional de Juventude] tem metas para 10 anos e estamos pensando em ampliar para 12. O discurso político precisa se transformar em ações de governo. É uma meta do Conselho no próximo período.


UJS: O Plano Nacional de Banda Larga tem sido bombardeado por supostamente ser estatizante. Na sua visão, qual o impacto da universalização do acesso á internet para a juventude brasileira?

DM: A marca da geração atual de jovens é essa. Por tudo o que promove na troca de informações, que hoje ocorre em rede e não é mais tão verticalizada, pode gerar um efeito muito grande. Você multiplica de maneira exponencial esse processo.

Será um instrumento forte no Conselho, estamos criando uma rede nacional de conselhos. É mais ágil que o poder público. Essa rede não existria se dependesse apenas de recursos humanos do governo. Pode incentivar, através da ampliação do acesso à banda larga, a educação à distância, explorar todo o potencial das redes, combater o analfabetismo digital, pois hoje [quem não tem acesso às tecnologias da informação] fica precário no mundo do trabalho. Não é só para circular informação, mas é também vetor de desenvolvimento econômico. O próximo estudo do IPEA é sobre juventude e tecnologia da informação. Estamos aguardando e queremos discutir o impacto.


Fernando Borgonovi para o Portal da UJS


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